Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo segunda, 07 de junho de 2021

CONHEÇA A DIRETORA DA PRIMEIRA ESCOLA CHINESA INTERNACIONAL DO RIO, RECÉM-ABERTA EM BOTAFOGO

 

 

Conheça a diretora da primeira escola chinesa internacional do Rio, recém-aberta em Botafogo

Natural de Pequim, a pedagoga Yuan Aiping, que mora na cidade há 24 anos, fala sobre o ódio contra asiáticos: 'Professores são alvos de insultos'
Yuan Aiping Foto: Ana Branco/Agência O Globo
Yuan Aiping Foto: Ana Branco/Agência O Globo
 
 

A pedagoga chinesa Yuan Aiping, de 59 anos, não poderia imaginar o que o destino a reservava quando, a caminho dos Estados Unidos, decidiu incluir o Rio no roteiro, para distrair a mente e encher os olhos antes de uma temporada de estudos. “Fiquei tão encantada pela cidade que nunca mais fui embora”, conta. O ano era 1997 e a especialização em línguas programada nos EUA foi adiada para sempre. “Desde pequena tinha o sonho de morar perto do mar, em um lugar de clima e pessoas quentes”, lembra Yuan, que é de Pequim. “Ao me deparar com a beleza da Praia de Copacabana, decidi ficar”, diz. Determinada, conseguiu um visto e ingressou na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para aprender português. “Em seis meses, dominei o idioma.”

A forte conexão com a cidade — “sou a chinesa mais carioca que existe” — fez com que ela se tornasse, nos últimos 24 anos, uma ponte entre as duas culturas. Em 2004, fundou o Centro Cultural China-Brasil, com filiais em Xangai e Pequim, dando aula de mandarim para brasileiros e de português para chineses, além de ter publicado mais de 20 livros, didáticos e de turismo. “Comecei a carreira com quatro alunos. Hoje, pelo Centro, já passaram mais de 40 mil”, comemora. Não à toa, Yuan ocupa o cargo de diretora-geral da Escola Chinesa Internacional, que abriu as portas em fevereiro deste ano, em Botafogo. “Já existiam as escolas Americana, Britânica e Alemã. Precisávamos de um espaço para disseminar a cultura chinesa”, afirma. “Nosso objetivo é proporcionar um ensino de referência internacional no Brasil, em um ambiente trilíngue (mandarim, português e inglês)”, emenda.

Yuan na Escola Chinesa Internacional Foto: Divulgação
Yuan na Escola Chinesa Internacional Foto: Divulgação

Ela lembra do choque cultural que sentiu nos primeiros meses de Rio. “A nossa cultura é muito fechada. E, quando saí de lá, o país ainda era bastante pobre”, conta. “Ao chegar, fiquei escandalizada, por exemplo, com revistas com fotos de mulheres nuas, penduradas nas bancas. Isso na China daria cadeia”, compara. Mas, de lá para cá, muita coisa mudou. “Na minha época, enxergávamos os estrangeiros como monstros. Hoje, a China é uma potência, está bem mais aberta e absorvendo muito o que vem de fora.”

 

Mãe de Liu Si, de 31 anos, ela conta que a filha permaneceu na China com o ex-marido e, atualmente, cursa um MBA em Finanças nos Estados Unidos. “Sofri muito com a distância, mas sem o meu sucesso profissional no Brasil, ela não teria tido tantas possibilidades, como estudar fora.”

Totalmente adaptada ao lifestyle carioca, Yuan não abre mão de pedalar, todos os domingos, seis quilômetros pela orla da Barra, onde mora, é Mangueira de coração, escola de samba pela qual já atravessou mais de uma vez a Avenida, e coleciona amigos pela cidade. Sobre namorados “from Rio”, despista sem alterar a voz: “Me casei com o meu trabalho.”

 


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