Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense segunda, 19 de outubro de 2020

CONCURSEIROS: OS ESTUDOS CONTINUAM

Jornal Impresso

Os estudos continuam
 
Provas adiadas, bibliotecas e cursinhos fechados.
 
Em tempos de incerteza, concurseiros adaptam a rotina de preparação aos efeitos da pandemia, entre eles, o isolamento social, que fez com que a maioria das pessoas ficasse em casa

 

Thalyta Guerra*

Publicação: 19/10/2020 04:00

 

Mayara Neres conciliou os seus horários de estudos com os momentos de atenção à família (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)  

Mayara Neres conciliou os seus horários de estudos com os momentos de atenção à família

 

 

Preparar-se para concursos públicos está mais difícil devido às medidas de isolamento social impostas pela pandemia do novo coronavírus. O Correio conversou com alguns concurseiros que viram a rotina mudar por força da crise sanitária. Com bibliotecas fechadas, crianças e adolescentes em casa e home office, novas estratégias de estudos tiveram de ser adotadas.


Para a advogada Camila Fontana, 30 anos, o silêncio é essencial para um bom ambiente de aprendizagem. Antes da pandemia, ela frequentava a biblioteca da faculdade onde se formou para estudar. Agora, tendo como alternativa apenas o apartamento onde mora com mãe, pai e dois irmãos, no Cruzeiro, a dedicação diminuiu. “O barulho é o meu maior desafio, porque acabo fazendo com que todos da casa sigam meus horários. Tevê alta nem pensar, nem ouvir música alta. Não consegui manter a rotina, falhei muitos dias”, lamenta.


Para a especialista em concursos públicos, psicóloga Juliana Gebrim, manter o bem-estar emocional enquanto se estuda para concursos públicos é fundamental, sobretudo no cenário atual. “A concentração é algo que deve ser analisada com profissionais da área de saúde. Inúmeros estudantes podem ter processos ansiosos, depressivos ou até um quadro de anemia. Aí, o aluno ‘enxuga gelo’, a autoestima fica abalada e a causa não é tratada”, explica.


A arquiteta e urbanista Mayara Neres, 26, conta que a dedicação exclusiva para os estudos, por si só, é estressante. “Um dos fatores pelo qual sempre preferi estudar na biblioteca a estudar em casa, era por conseguir manter uma rotina rígida, estudar em um ambiente silencioso, propício, e ter contato com outras pessoas que compartilhavam diariamente a mesma rotina, o que tornava tudo, de certa forma, até mais leve”, avalia.


Devido às medidas de enfrentamento à covid-19, Mayara teve de redobrar o empenho para seguir com os estudos em casa, em Samambaia, onde mora com pai, mãe e irmã. “Ao passar dos meses, acabei conseguindo estabelecer uma rotina à medida que conhecia melhor os horários, mais ou menos produtivos, e que, ao mesmo tempo, adequavam-se com as obrigações ligadas à família”, conta. “O esforço para conseguir me manter concentrada com o estudo em casa é imensamente maior, esforço esse, que considero responsável por um maior desgaste mental”, analisa.


Juliana Gebrim ressalta que o ambiente ideal para o aprendizado sempre será algo individual, conforme as necessidades de cada um, mas usualmente há semelhanças entre esses locais. “Um lugar organizado, claro e arejado sempre vai ajudar. Mas, é preciso observar se esse ambiente tem barulho, se é frequentemente movimentado por familiares, porque isso vai gerar interrupções que podem prejudicar a concentração. Ouço muitos depoimentos de pessoas que estudam em casa e sofrem com as interrupções dos parentes”, aconselha.


Mayara teve a prova suspensa por mais de uma vez, no início da pandemia e novamente no mês de setembro. Em casos como esse, a psicóloga recomenda que o candidato veja o adiamento do certame como uma oportunidade. “Quando os alunos reclamam sobre o cancelamento de alguma prova, eu sempre pergunto se eles se consideram 100% preparados para aquele concurso e todos, sem exceção, sempre respondem que não. Então, minha orientação é para que eles encarem isso como uma chance para tirar dúvidas com professores, reforçar aquele conteúdo que sempre teve mais dificuldade e cuidar do emocional para essa nova etapa de estudos”, explica.
A bacharela em direito Maíra Nunes, 33 anos, está há três anos estudando para concursos públicos, e a pandemia não facilitou o processo. “Foi muito difícil manter a rotina de estudos, até por conta de alguns problemas pessoais, mas, tenho para mim, que desistir não é uma opção. Voltei aos poucos e, hoje, consigo cumprir minha rotina de forma mais estabilizada”, relata.


Antes da chegada do novo coronavírus no DF, Maíra vivia com os pais, no Guará. Por serem idosos, ela se mudou, momentaneamente, para a Asa Norte.  “A pior parte do isolamento é ficar longe da minha família e dos meus amigos mais próximos. Não poder abraçá-los é muito ruim. Mas, penso que neste momento precisamos nos distanciar para podermos nos reencontrar o mais rápido possível”, afirma.


O que esperar?
Diretor-presidente e fundador do Gran Cursos Online, Gabriel Granjeiro acredita que o ciclo de aplicação de concursos deve ser adiado para o ano que vem e afirma que os candidatos não devem parar com os estudos, mesmo que não mantenham o ritmo de antes da crise sanitária. “O importante é gerar uma frequência que seja sustentável, alguns dias pode não conseguir, mas outros sim. Com o tempo, gera hábitos, e esses, geram a rotina e os resultados”, completa Gabriel.


Até o final deste ano, segundo Gabriel Granjeiro estão previstos os editais dos concursos da Secretaria de Educação do Distrito Federal e Secretaria de Saúde, da Polícia Civil do DF e da Polícia Federal (PRF). Para o ano que vem, de acordo com a Lei Orçamentária Anual (LOA), estão previstos os editais dos concursos para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF), Departamento de Trânsito (Detran), Procon e DF Legal. “Não está garantido, mas há um indicativo”, ressalta o empresário.

Estagiária sob a supervisão de Guilherme Marinho


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