Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quinta, 16 de abril de 2020

COMPANHEIRO DOS DIA DE SOLIDÃO

 

Companheiro dos dias de solidão
 
 
Em tempo de isolamento social, os animais de estimação têm sido ótimos parceiros de quarentena e tornado o dia a dia dentro de casa mais divertido

 

» Juliana Andrade

Publicação: 16/04/2020 04:00

Única companhia de Nathália Luna nos dias de quarentena, Minduim tem sido um alento para a dentista
 (Ed Alves/CB/D.A Press)  

Única companhia de Nathália Luna nos dias de quarentena, Minduim tem sido um alento para a dentista

 


O distanciamento social ainda é a principal forma apontada por especialistas para combater o avanço do coronavírus. Com decretos e recomendações, muitos permanecem em casa e adiam os encontros com amigos e familiares. E é neste momento que os animais de estimação têm se mostrado mais importantes do que nunca. Se antes, eles já eram os amigos mais fiéis dos tutores, agora não é diferente. Em meio à quarentena, os pets tornam os dias de isolamento mais divertidos e ocupados.
 
Minduim, o dachshund da dentista Nathália Luna, 34 anos, é a única companhia dela nas últimas semanas. Com a quarentena, o cachorro ganhou a presença da tutora 24 horas por dia. “Ele está muito grudado em mim, dorme junto, fica se encostando.” Porém, não foi apenas Minduim que ganhou com a nova situação. Morando sozinha, Nathália garante que o animal deixa os dias de isolamento bem mais leves. “Ele tem evitado que eu fique maluca. É difícil ficar sozinha, sem conversar, sem abraçar. Pelo menos, eu posso abraçá-lo, apertá-lo, brincar”.

Para Diego e Caroline Egídio, Fera tem sido essencial para manter a rotina de casa (Arquivo Pessoal)  

Para Diego e Caroline Egídio, Fera tem sido essencial para manter a rotina de casa

 

Com a advogada Danielle de Castro, 37, não é diferente. Ela até tem a companhia do marido, mas é o cachorro, Chico, quem deixa a rotina do home office mais tranquila. “Está sendo muito engraçado. É como se estivesse o conhecendo melhor. A demanda de trabalho é grande, mas ele me distrai um pouco”, conta. Danielle se diverte ao ver a rotina diária do cão de perto. “Quando a comida acaba, ele vai para o lado do armário e fica lá. Chico tem toda uma rotina, e eu não presenciava isso. Agora estou vendo, e isso me distrai”, ressalta.
 
A psicóloga Andréa Chaves explica que o humano é um ser de relações, e a presença dos animais diminuem a sensação de solidão causada pela quarentena. “O animal te tira dessa sensação de inércia, proporcionada pelo isolamento”, diz. Além disso, a distração e a responsabilidades que os pets trazem ajudam a controlar a ansiedade e o estresse causados pela ociosidade, segundo a psicóloga. Para Andréa, este é o momento de aproveitar a presença dos pets. “O isolamento social não precisa ser um distanciamento afetivo. Eu posso treinar meu afetos com os animais, e este período de quarentena é de fato para a gente desfrutar e alinhá-lo à nossa evolução, no sentido de valorizar a companhia do animal, da família ou de uma simples ida ao parque”, destaca.

 

"Chico tem toda uma rotina, e eu não presenciava isso. Agora estou vendo, e isso me distrai"



Danielle de Castro, advogada

Rotina
Outro benefício apontado pela especialista é em relação à rotina. Os animais demandam horários e tarefas, algo importante para o bem-estar das pessoas ociosas em casa. “O ser humano sente falta disso. O nosso cérebro precisa de um pouco de acomodação. Essa vida sem saber o que vai acontecer aumenta a nossa carga de estresse. Pensar em uma rotina, que é algo que os animais nos obrigam a fazer, é muito importante", ressalta a psicóloga.
 
A advogada Caroline Egídio, 29, por exemplo, é obrigada a ter uma programação com o yorkshire Fera. “Ele está sendo essencial para manter uma rotina. Em casa, a gente se perde um pouco, acaba dormindo muito. Com o animal, eu tenho obrigações com a alimentação e os banhos.” Além das tarefas com o pet, as brincadeiras têm contribuído para o bem-estar dela e do animal. “A gente diminuiu os passeios, então fico brincando para ele não acabar entediado, pois ele também é um ser vivo e precisa de atenção.” 

 

"O Scooby exige muita atenção, e estar dentro de casa com ele é diferente"



Eliane Raye, empresária

Cuidados
A empresária Eliane Raye, 50, também tem visto os dias de quarentena ficarem mais leves com a presença de Scooby, sua única companhia durante o isolamento. Para ela, os momentos em casa aproximaram ainda mais os dois. “Eu nunca fiquei com ele o tempo todo. Eu saía de manhã e só voltava no fim da tarde”, justifica. Para ela, o animal está sendo seu conforto emocional. “O Scooby exige muita atenção, e estar dentro de casa com ele é diferente”, comenta. A tutora já está preocupada com o fim da quarentena. “Precisei ir à farmácia e, assim que saí, já ouvi os latidos dele”, conta. 
 
A mudança na rotina dos donos também impacta na dos animais, segundo a veterinária Valéria Cunha. “Precisamos tomar cuidado, principalmente com o aumento de petiscos e guloseimas, que normalmente eram dados apenas no fim de semana. Em excesso, podem causar aumento de peso, problemas hepáticos ou alergias”, enfatiza. 
 
Em relação ao retorno aos postos de trabalho e o consequente distanciamento dos animais após a quarentena, a dica é fazer algumas adaptações: “Para gatos, existem produtos como o feliway (versão sintética do ferormônio felino FR), que trazem sensação de segurança e bem-estar aos felinos. Com os cães, temos as opções de day care, onde eles podem gastar energia e socializar com outros cães”, orienta. Outra opção são os brinquedos interativos. Os objetos ocupam os pets na ausência dos donos.
 
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