Primeiro, Dona Maria,
Largar de tanto vexame
E, no arrepio do vento,
Deixar o rico alimento
No caldeirão esfriar.
Cuidar em limpar a casa
Que se deu pra canjicada.
Depois da casa bem limpa,
Varrida e passada um pano,
Encobrir-se em bãe de cuia:
– Água quebrada a frieza…
…E sair de macieza
Só brilhando a sabonete,
Pra não ofuscar o lume
De tanta canjicação.
Reservar para audição
Somente um ruidozinho
De bomba estalo-bebé
De um traque, um busca-pé
E o pipoco festejado
De um foguetão distante.
Sentar num banco afundado
Com toda casa em silêncio
E abraçar, de caçoada,
O caldeirão da canjica
Assim feito um zabumbeiro
Acalentando um baião.