Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão domingo, 19 de abril de 2020

COMO PRORROGAR A VALIDADE DOS ALIMENTOS EM CASA

 

 

Evite o desperdício: descubra como prolongar a validade dos alimentos em casa

Confira dicas para que as comidas durem mais durante a quarentena do coronavírus

 

Texto e desenvolvimento: Mariana Cunha / Design, gráficos e fotos: Bruno Ponceano

18 de abril de 2020 | 10h00

Com as saídas reduzidas e restringidas à serviços essenciais, como forma de conter a disseminação do novo coronavírus no Brasil, é essencial que as compras sejam mais planejadas. Mas nem sempre o tempo da validade dos alimentos combina com a disponibilidade de saídas. O medo da escassez de produtos essenciais têm intensificado o consumo em grandes quantidades e especialistas alertam que o desperdício de alimentos pode aumentar com esse movimento.

Em uma pesquisa quantitativa sobre o retrato do desperdício alimentar no Brasil, realizada pela Embrapa em parceria com a FGV e WWF-Brasil, as famílias brasileiras desperdiçam, em média, 353 gramas de comida por dia e cerca de 128 kilos por ano. 52% dos entrevistados consideram importante haver fatura nas refeições e é fundamental para 77% deles que a comida seja fresca.

As imagens das prateleiras vazias que presenciamos ou que vimos circular nas redes sociais acabam por gerar gatilhos que fazem com que outras pessoas também consumam mais. Quem afirma é a analista de conservação do WWF-Brasil, Virginia Antonioli, que integra a iniciativa #SemDesperdício. "Tem uma série de plataformas que usam [os gatilhos] como um mecanismo para fazer as pessoas comprarem mais. Anúncios de 'últimas unidades', supermercados vazios, entre outras coisas, colocam as pessoas em um estado de stress psicológico quase que inconsciente", analisa.

Arroz, carne e feijão lideram os percentuais de desperdício nas residências brasileiras. A pesquisa nota também que alimentos como frutas e hortaliças, por exemplo, aparecem como alimentos pouco desperdiçados por uma questão monetária: as classes de menor renda consomem pouco este tipo de comida.

Estado reuniu dicas de nutricionista e demais especialistas em conservação e desperdício para saber como podemos driblar esse cenário conturbado durante a pandemia.

Mais do que nunca, as sobras são uma grande aliada neste momento. E, ainda de acordo com a pesquisa, o não aproveitamento delas é um fator que leva ao desperdício na casa das pessoas. "E agora esse convite ele é mais interessante e oportuno do que nunca, até para aproveitar melhor o tempo durante a semana ou aproveitar para fazer receitas novas, descartar o tempo pré e pós da cozinha. Aquela sobra pode virar uma pasta, uma sopa, uma salada, várias coisas. [A comida] vai durar mais e ser um aliado neste momento atípico que estamos vivendo", recomenda Antonioli.

A recomendação dos especialistas ouvidos pelo Estado é de que, ao fazer compras maiores, o ideal é priorizar os alimentos não perecíveis, que de fato duram mais tempo e dificilmente vão se estragar. A quantidade vai variar de acordo com o número de pessoas na residência, por isso é fundamental fazer um planejamento da alimentação na semana ou mês.

Ao montar o planejamento da semana, a autora do livro e blog 'Um ano sem lixo', Cristal Muniz, recomenda o exercício de pensar em todos os detalhes das refeições. "Pensa o que você comeria. Por exemplo, no café da manhã, precisa de pão ou algo para passar no pão? No outro dia, escolha uma fruta, no outro algo doce. E assim você vai estendendo para as outras alimentações. Inclua também as outras pessoas que moram com você nesse planejamento. Assim você consegue planejar para comer bem e seguir uma alimentação mais saudável", indica.

Aproveite também os dias de folga para cozinhar em grandes quantidades. Muniz aconselha cozinhar o dobro "para depois ter comida de novo". Para as pessoas que, em períodos normais na rotina, se alimentavam fora de casa, essa prática garante que você consuma todos os alimentos que comprou, além de garantir diversas refeições e diminuir o trabalho de cozinhar todos os dias.


CONSERVAR

Veja dicas de como armazenar seus alimentos de forma adequada

Agora que compramos diversos legumes, frutas e folhas, basta conservá-las no congelador e estarão a salvo de contaminações, certo? Vamos por partes. A nutricionista Natália Utikava explica que manter certos alimentos no congelador pode levar a uma pequena perda de vitaminas quando mantidas nesta condição por muito tempo, além de aumentar o risco de contaminação por microorganismos como bactérias e fungos. "Para alimentos congelados, o tempo de armazenamento pode variar conforme a temperatura média do freezer, podendo variar entre 10 a 90 dias", afirma.

Entretanto, a nutricionista ainda considera interessante a praticidade que o congelamento pode trazer no dia a dia. Para isso, é essencial que os alimentos estejam protegidos e embalados de uma maneira apropriada. As embalagens devem ser próprias para isso, tanto para quem vai congelar ou descongelar em microondas. "Se as embalagens forem de plástico, preferir as opções BPA-free, que são livres de bisfenol A, devido às associações entre a exposição prolongada a esse composto e distúrbios hormonais e neurológicos". Caso sua embalagem não disponibilize essa informação, o melhor é não arriscar: prefira aquecer os alimentos em recipientes de vidro, panelas de cerâmica, vidro ou inox.

Lavar os alimentos antes de colocá-los na geladeira pode fazer com que algumas comidas estraguem mais facilmente. Porém, a higienização é essencial neste momento de pandemia. Para isso, o ideal é higienizar com hipoclorito de sódio e água e seguir o tempo indicado na embalagem do produto.

Inclua neste momento de limpeza as opções leguminosas, como feijão, grão de bico, lentilhas e ervilhas. Segundo a nutricionista, "são fontes de proteínas vegetais interessantes e que precisam ser deixadas de molho por cerca de 12 horas antes do preparo na panela de pressão".

Separamos todas dicas das especialistas ouvidas na matéria em uma lista dividida por categorias. Confira:


PROTEÍNAS

É fundamental que as carnes não sejam fatiadas antes de congelar, pois isso facilita a proliferação de bactérias. Caso queira retirar da embalagem do mercado, insira a carne em uma embalagem grande ou em um saco reutilizável, como ilustramos abaixo.

NÃO CORTE A PROTEÍNA ANTES DE ARMAZENAR NO CONGELADOR

 

GUARDE A CARNE EM GRANDES RECIPIENTES OU SACOS REUTILIZÁVEIS

 

EMBALAGENS COM ISOPOR SÃO PRÓPRIAS PARA USO NO CONGELADOR

FOLHAS

Antes de qualquer coisa, higienize com hipoclorito de sódio e água pelo tempo indicado na embalagem do produto. Escorra a água e seque bem a folha com papel toalha ou pano de prato limpo.

Para fazer as folhas durarem mais sem congelar, basta separar um pote grande e um pano ou folhas de papel toalha. Intercale camadas de papel ou pano e as folhas soltas por cima, assim, as verduras não murcham e podem durar cerca de 5 dias na geladeira.

SEPARE AS FOLHAS

 

LAVE-AS COM ÁGUA E HIPOCLORITO DE SÓDIO

 

EM UM POTE, INTERCALE AS FOLHAS COM UMA CAMADA DE PANO

VEGETAIS E FRUTAS

Compre legumes e frutas em maior quantidade e consuma primeiro os alimentos mais sensíveis, como brócolis, tomate, folhas, morango, goiaba, entre outros.

Caso opte por congelar os vegetais crus, é importante fazer o processo de branqueamento. Coloque os alimentos em água ou cozinhe no vapor por cerca de 3 a 5 minutos. Depois, troque por água fria para pausar o cozimento. Dessa maneira se preservam os nutrientes e a textura.

LAVE OS VEGETAIS, SE POSSÍVEL, COM HIPOCLORITO

 

COLOQUE-OS NA PANELA PARA COZINHAR DE 3 A 5 MINUTOS

 

CONGELAR EM POTES DE VIDRO, SILICONE OU PLÁSTICO BPA-FREE

SECOS E NÃO PERECÍVEIS

O ideal é sempre guardar em potes de vidro, mesmo que não faça compras a granel. Esse é um jeito de evitar pragas como carunchos e moscas, que podem furar os sacos de alimentos e depositar ovos. Dá pra reutilizar potes grandes de molho, palmito, azeitonas, sucos, ou caso já tenha algum em casa.

RETIRE O ALIMENTO SECO DA EMBALAGEM

 

INSIRA EM UM POTE DE VIDRO E ARMAZENE EM LOCAL PROTEGIDO

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