Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo segunda, 12 de agosto de 2019

COMO MELHORAR A ALIMENTAÇÃO SEM VIRAR VEGETARIANO

 

Como melhorar a alimentação sem virar vegetariano

Segundo ONU, a dieta diária ideal seria composta por 300 gramas de verduras, 200 de frutas, 200 de cereais integrais, 250 de leite integral e apenas 14 gramas de carne vermelha
Prato equilibrado é o ideal, segundo relatório da ONU. Foto: Marcos Ramos / 31/01/2019
Prato equilibrado é o ideal, segundo relatório da ONU. Foto: Marcos Ramos / 31/01/2019
 
 
 

GENEBRA — O relatório da ONUsobre mudanças climáticas , publicado nesta quinta-feira (8), oferece dicas sobre como mudar hábitos alimentares e ajudar a combater o aquecimento global mesmo sem necessariamente se tornar vegetariano .

— Alguns regimes alimentares necessitam de mais solo e água e produzem mais emissões que outros — resumiu um de seus copresidentes, Jim Skea, ao apresentar o resumo do informe.

O documento elaborado pelo IPCC salienta, por exemplo, os benefícios de uma alimentação variada e balanceada. "Dietas equilibradas à base dealimentos de origem vegetal, como aquelas baseadas em cereais secundários [outros que não os principais, como o arroz e o trigo], leguminosas, frutas e verduras, oleaginosas e sementes, e alimentos de origem animal produzidos em sistemas resistentes, sustentáveis e com baixas emissões de gases de efeito estufa, apresentam grandes oportunidades", informa o relatório.

Esta perspectiva evoluiu ao longo das diferentes versões redigidas nos últimos meses. A versão final é fruto de um consenso político, após a análise do texto pelos Estados.

Confira:

O IPCC recomenda uma dieta em particular?

Este grupo de cientistas da ONU se encarrega de guiar as decisões que os Estados adotam sobre a questão climática. "O IPCC não formula recomendações sobre os regimes alimentares", explicou Skea.

 

"O que indicamos, com base em testes científicos, é que alguns deixam uma menor pegada de carbono".

O grupo não recomenda adotar uma dieta vegetariana (sem carne ou peixe) e menos ainda vegana (sem nenhuma proteína animal), ao contrário do que alguns meios afirmaram antes da publicação do relatório. Essa alegação foi baseada em uma citação truncada do texto, omitindo a passagem sobre "alimentos de origem animal produzidos em sistemas resistentes, sustentáveis e com baixas emissões de gases de efeito estufa".

A carne é uma questão central?

Pesquisas científicas precedentes concluíram que a produção de carne, por meio da pecuária intensiva, tem mais impacto ambiental que a de outros alimentos. "É evidente que reduzir a demanda de carne é uma forma importante de diminuir o impacto ambiental do sistema alimentar", recordou nesta quinta-feira (08) o especialista britânico, Alan Dangour, em reação a um estudo simultâneo ao informe do IPCC.

Mas o relatório da Plataforma Intergovernamental de Ciência e Política sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), publicado no início de maio, não recomendava diretamente comer menos carne. A formulação foi suavizada em relação à versão preliminar, um sinal provável da hostilidade de alguns países produtores de carne.

 

Como se alimentar no futuro?

O IPCC segue o mesmo caminho de recomendações recentes ao falar de cereais, verduras e oleaginosas. Em janeiro, um informe realizado em conjunto pela revista médica The Lancet e pela ONG Fondation EAT recomendava uma "transformação radical": reduzir pela metade o consumo mundial de carne vermelha e de açúcar e dobrar o de frutas, verduras e oleaginosas.

Segundo estes especialistas, a dieta diária ideal seria composta de 300 gramas de verduras, 200 de frutas, 200 de cereais integrais, 250 de leite integral e apenas 14 gramas de carne vermelha, ou seja, dez vezes menos do que um filé tradicional. As proteínas seriam obtidas da carne de ave, do peixe, dos ovos ou das oleaginosas.

Como se adaptar em cada país?

Estas mudanças variariam em função do país. A contribuição de proteínas animais às vezes é insuficiente nos países pobres, mas abundante nos países ricos da Europa e da América. Além disso, os hábitos alimentares também diferem.

"As práticas de produção locais e os costumes culturais influenciam na hora de escolher alimentos", lembrou Jim Skea. O informe da The Lancet levou em conta este parâmetro e estabeleceu "faixas de ingestão recomendadas por grupos de alimentos" para uma ingestão diária total de 2.500 calorias, a serem adaptadas localmente segundo "a cultura, a geografia e a demografia".


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