Durante o evento, o maestro Felipe Prazeres apresentará concertos de Bach, ao lado de Marco Catto, Marcus Ribeiro e Rodrigo Favaro. O artista selecionou cinco cidades para admirar a arte barroca nacional.
Ouro Preto
“A Igreja São Francisco de Assis, de 1766, é uma das principais do barroco mineiro, projeto do Aleijadinho, de quem também possui diversas esculturas. O teto da igreja, de Mestre Ataíde, evidencia a intensa atividade musical: exibe anjos que tocam violas, flautas e outros instrumentos musicais. Já tive a oportunidade de tocar nessa igreja, e a acústica é espetacular. Na cidade, também destaco o Museu da Inconfidência, que abriga o Panteão dos Inconfidentes.”
Tiradentes
“A Igreja Matriz de Santo Antônio é um ícone do estilo. A construção começou em 1710 e foi finalizada em 1752. É belíssima, com muito ouro. Em frente a ela fica o relógio de sol, construído em pedra sabão e outro atrativo da época. O órgão da igreja, transportado de Portugal para o Brasil em 1788, é um dos mais importantes instrumentos históricos do país, em perfeitas condições de uso após minucioso restauro.”
São João Del Rey
“A viagem de Tiradentes até São João del-Rei, com o trem da Maria Fumaça, também é uma viagem no tempo. A estação é bem conservada, e dá para imaginar um pouco como era a cidade na época colonial.”
Paraty
“A Igreja de Santa Rita não tem um estilo barroco rebuscado, mas o charme está na simplicidade, com diversos elementos do barroco-rococó. Na igreja, funciona o Museu de Arte Sacra de Paraty. Outros destaques são a Casa da Cultura, que fica num imóvel construído no século XVIII, e o Chafariz do Pedreira, todo em mármore branco, de 1851, para abastecer de água a cidade.”
Olinda
“A cidade tem vários representantes da época. A Igreja de São Sebastião, de 1686, é uma delas, de estilo rococó. A Paróquia do Carmo, a primeira igreja da Ordem dos Carmelitas da América Latina, também. Ela tinha o maior sino da cidade, mas que foi retirado pelos holandeses para transformar em armamento. Por fim, não dá para sair sem passar pela Basílica e pelo Mosteiro de São Bento, construções das mais bonitas da cidade. A talha dourada no altar é linda. E vale a pena ouvir o cântico do ofício divino.”