Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense segunda, 22 de abril de 2019

CHUVA, ALAGAMENTO E DESTRUIÇÃO

 


Chuva, alagamento e destruição na UnB
 
 
Acompanhada de rajadas de vento, chuva forte causou estragos e apagões em vários pontos do DF, principalmente no Plano Piloto. O Minhocão, na Universidade de Brasília, ficou debaixo de água. Em 21 dias de abril, choveu 119,55% acima do esperado para todo o mês

 

Ailim Cabral
Gabriela Sales
Especial para o Correio

Publicação: 22/04/2019 04:00

 (Wallace Martins/Esp. CB/D.A Press
)  
Pistas e estações do metrô alagadas, carros danificados, tesourinhas submersas, árvores caídas, quadras inteiras sem energia elétrica. A chuva forte, acompanhada de uma ventania, causou transtornos em vários pontos do Distrito Federal no fim da tarde de ontem. Um dos pontos mais atingidos pelo volume de água foi o Instituto Central de Ciências (ICC) da Universidade de Brasília (UnB) (leia abaixo).
 
O dia do aniversário de Brasília, que começou com uma manhã ensolarada, teve o tempo alterado por volta das 15h30, quando nuvens cobriram a capital. O temporal teve início às 16h e só deu uma trégua após as 17h. Moradores receberam, por meio de mensagens de texto nos celulares, um alerta de vendaval da Defesa Civil, que alertou para riscos de raios e ventos fortes, às 17h30, quase duas horas após o início da chuva.
 
Só na tarde de ontem, choveu 26 milímetros no Distrito Federal. Com a quantidade, abril acumulou 292mm nos 21 primeiros dias, 119,55% acima do esperado para todo o mês, que tem média histórica de 133,4mm. As informações são do meteorologista Manoel Rangel, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Os ventos chegaram a 33,4km/h, categoria classificada como “vento de rajada”.
 
O meteorologista acrescentou que 2019 é considerado “um bom ano em chuvas”. Em março, o volume de precipitações também superou o esperado (211,8mm), chegando a 265,8mm. Estão previstas pancadas de chuva até quarta-feira. Ontem, o Inmet registrou 95% de umidade relativa do ar e temperaturas entre 17,8ºC e 29ºC. Hoje, a temperatura mínima será de 17ºC, e a máxima, de 30ºC. A umidade relativa do ar varia entre 95% e 40%.

 (Wallace Martins/Esp. CB/D.A Press
)  


Vias bloqueadas
 
A Asa Norte foi uma das regiões mais afetadas. Uma árvore caída bloqueou o trânsito na tesourinha entre a 208 e a 408 Norte. Outras três caíram na 411/412  Norte. Duas delas, entre os blocos N e O da 411 Norte, e uma às margens da L2 Norte, em frente ao bloco Q. Houve queda de árvore também na via W5, entre as quadras 704/705. Uma delas caiu na pista e outra em cima do muro de uma casa, mas ninguém se feriu. No Bloco A da SQN 110, um janelão de vidro despencou do 6º andar, mas também não houve vítimas.
 
Ainda na Asa Norte, as quadras 102/103 ficaram com os estacionamentos dos blocos A, B, E, F e H alagados. O volume de água obrigou motoristas a retirarem os veículos dos estacionamentos. O trânsito entre as quadras foi interditado. Houve correria. “A água subiu cerca de 1 metro, a situação foi de pânico total. Uma correria danada para salvar os carros. Toda vez que chove, a enxurrada desce toda para as quadras e fica esse transtorno”, contou a funcionária pública Helena Alves, moradora da 103 Norte.
 
A dona de casa Carla da Luz Gonçalves não teve a mesma sorte. Ela não conseguiu salvar o veículo. No momento da chuva, ela e a família estavam fora de casa. “Moro na 102 Norte. Não consegui entrar na quadra por causa do trânsito interrompido e o meu carro ficou com o assoalho todo molhado. Meu marido está viajando e nem sei o que fazer”, desabafou.
 
Agentes da Companhia de Energia de Brasília (CEB) também foram acionados para atendimento em quase metade da Asa Norte.  A CEB informou que houve queda de árvores na rede, o que comprometeu o fornecimento de energia elétrica. Ainda de acordo com a companhia, 5.352 imóveis sofreram com o apagão. A expectativa era a de que o serviço fosse restabelecido até o fim da noite.

Enxurrada deixou tesourinha alagada entre a 102 e a 202 Sul: além de inundar o viaduto, a água tomou conta de todo o entorno da passagem de veículos. Mesmo problema aconteceu na passagem da 209 Norte (Hamilton Ferrari/Esp. CB/D.A Press
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Enxurrada deixou tesourinha alagada entre a 102 e a 202 Sul: além de inundar o viaduto, a água tomou conta de todo o entorno da passagem de veículos. Mesmo problema aconteceu na passagem da 209 Norte


Estação fechada
 
Na Área Central, a enxurrada invadiu a entrada da estação do metrô na Rodoviária do Plano Piloto e tomou o Shopping ID, no início da Asa Norte. A água desceu pelas escadas rolantes do centro comercial formando uma espécie de corredeira. No Setor Bancário Norte, um motorista saiu do carro com água pela metade e sentou no porta-malas para esperar ajuda. A estação metroviária foi reaberta e voltou a funcionar às 19h.
 
A chuva também atingiu outras regiões de Brasília, como Asa Sul, Lago Sul, Sudoeste, Setor de Indústrias Gráficas (SIG), Águas Claras e Santa Maria. Todas tiveram picos de energia. Na QI 7 do Lago Sul, a enxurrada invadiu algumas casas. Com pistas alagadas, os motoristas que passavam pela tesourinha da 102/302 Sul não conseguiram seguir caminho. Para conseguir desviar, alguns subiram nos canteiros ou dirigiram pela contramão. Entre a 102 e a 202 Sul, além de inundar o viaduto, a água tomou conta de todo o entorno da tesourinha.
 
Shows suspensos
Com a Esplanada dos Ministérios no epicentro do temporal, apresentações musicais da festa oficial dos 59 anos de Brasília, marcadas para começar às 16h, tiveram de ser suspensas por duas horas, atrasando a programação.
 
Livros, móveis e equipamentos eletrônicos ficaram destruídos no Minhocão da Universidade de Brasília (UnB), onde o subsolo ficou submerso (Ronayre Nunes/Esp. CB/D.A Press
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Livros, móveis e equipamentos eletrônicos ficaram destruídos no Minhocão da Universidade de Brasília (UnB), onde o subsolo ficou submerso

 

Prejuízos no ICC
 
O Instituto Central de Ciências (ICC) da Universidade de Brasília (UnB) teve corredores e salas tomadas pelas águas de uma chuva forte. Na tarde de ontem, a enxurrada transformou o térreo do prédio, conhecido como Minhocão, em um rio. O subsolo ficou submerso. As mesmas cenas vistas em 2011.
 
Ontem, computadores, documentos, cadeiras, sofás, laboratórios e até uma parede da sala dos professores caíram. “O subsolo parecia uma piscina. A água misturada com lama invadiu os laboratórios”, comentou a coordenadora do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Clarice Menin.
 
Ela e outros estudantes, assim como professores, foram ao ICC na tentativa de ajudar a salvar alguns dos materiais usados nas aulas de graduação e pós-graduação. A reitora, Márcia Abrahão Moura, e o prefeito do câmpus, Valdeci da Silva Reis, também estiveram no Minhocão.
 
Márcia não quis dar entrevista, mas Valdeci comentou os danos. “Temos um problema de drenagem que força a água para cá, o que não significa que não estamos tomando as precauções. A gente tem limpado os bueiros e as saídas da água, temos feito o possível”, disse.
 
O prefeito reforçou que o plano era deixar os espaços em boas condições de uso para que os estudantes pudessem retornar para a instituição hoje: “Fechamos o registro geral para evitar vazamentos e mobilizamos toda a equipe de limpeza para dar uma geral.” A UnB deve fazer um balanço dos estragos neste segunda-feira.
 
Colaboraram Ronayre Nunes e Sarah Peres (especiais para o Correio)

Três árvores caíram na 411 Norte, entre os blocos N e O, às margens da L2 ( Isa Stacciarini/CB/D.A Press
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Três árvores caíram na 411 Norte, entre os blocos N e O, às margens da L2

 



Voos alterados
Durante o temporal, pousos e decolagens foram suspensos no Aeroporto Internacional de Brasília, que operou por instrumentos. Cinco voos sofreram alterações de horário e ficaram atrasados, porém, por volta das 17h, a visibilidade das pistas melhorou e nenhuma operação chegou a ser cancelada.
 
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