Aos 53 anos, Ceilândia se renova todos os dias. É certo que ainda há muito para ser feito... mais urbanização, mais segurança pública, mais lazer e entretenimento, mais qualidade de vida... Mesmo assim, a cidade é forte como os primeiros moradores que vieram em cima de caminhões e enfrentaram o frio, a lama, a falta de água e de luz há cinco décadas.
Forte como o Messias Vasconcelos, que criou uma rede de farmácias espalhadas pelo Distrito Federal e tem um carinho pela Ceilândia que viu crescer. Forte como Dona Ercília, uma lutadora desde os tempos da poeira vermelha que cobria os barracos nos tempos de seca. Criou os filhos, como o Japão (Viela 17), com orgulho, caráter e muita perseverança. Forte como Francisco da barraca Rei do Mocotó, que segue a sina trabalhadora dos pais na Feira Central.
Ceilândia é única. Uma mistura de gente, diversidade de ideias e de culturas que se mostra no sorriso das pessoas, na alegria do pessoal do Muita Treta, cronistas do cotidiano ceilandense.
É uma cidade de resistência, desde os tempos dos Incansáveis de Ceilândia. Hoje a moçada do Jovens de Expressão mantêm a força de buscar, de conquistar um espaço que é de todos. Direito que é de todos!
Ceilândia do cinema de Adirley Queiroz, do Samba na Guariba, do futebol de Robert Renan, do Ceilândia Esporte Clube, da turma que dança Charme, dos repentistas, dos artistas do rap que dominaram o Brasil... A cidade não para de se mostrar bonita por dentro e por fora.
Quem nunca viu a velha guarda do dominó no centro da cidade? Quem nunca viu uma pipa presa nas antenas da Caixa D'água? Isso é Ceilândia! As equipes do Aqui-DF e do Correio Braziliense saúdam os ceilandenses. Viva, Ceilândia!