Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Deu no Google sábado, 10 de outubro de 2020

CECIL THIRÉ SE ENCANTOU: AOS 77 ANOS, FOI JUNTAR-SE A TÔNIA CARRERO, SUA INESQUECÍVEL MÃE

 

Morre o ator Cecil Thiré, aos 77 anos

O ator enfrentava o mal de Parkinson e morreu em casa, enquanto dormia
Cecil Thiré interpretou o vilão Adalberto em "A próxima vítima" (1995) Foto: Reprodução
Cecil Thiré interpretou o vilão Adalberto em "A próxima vítima" (1995) Foto: Reprodução
 
 

O ator Cecil Thiré morreu nesta sexta-feira, aos 77 anos, de causas naturais, enquanto dormia em sua casa no bairro do Humaitá, no Rio. Filho da atriz Tônia Carrero, ele enfrentava há alguns anos o mal de Parkinson. Além de dirigir obras no cinema e no teatro, Cecil ficou marcado por seus papéis na televisão, como os vilões Mário Liberato em "Roda de Fogo" (1987) e Adalberto em "A próxima vítima" (1995).

 

 

Nascido em 28 de maio de 1943, no Rio, Cecil foi o filho único do casamento entre Tônia Carrero e o artista plástico Carlos Arthur Thiré. Desde cedo, o ator assumiu a tradição artística da família, tendo inclusive feito uma pequena participação, quando tinha apenas nove anos, no filme "Tico-tico no fubá" (1952), estrelado pela mãe. Seu primeiro trabalho profissional foi aos 18, como assistente de direção de Ruy Guerra no filme "Os Fuzis". Mais tarde, dirigiu filmes como “O diabo mora no sangue” (1968) e “O Ibraim do subúrbio” (1976).

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No cinema, Thiré esteve em 20 filmes como ator. Trabalhou com diversos diretores como David Neves ("Muito prazer", 1979; e "Luz del Fuego", 1982), Walter Hugo Cury ("Per sempre", 1991) , Fabio Barreto ("O quatrilho", 1995) e Zeliot Viana ("Bela noite para voar", 2009).

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Sua trajetória na TV começou em 1967, quando atuou em “Angústia de amar”, na TV Tupi. Contratado pela Globo em 1974, o ator atuou em mais de 20 novelas e minisséries, como "Top model" (1989), "A próxima vítima" (1995) e "Celebridade" (2004). Seu último trabalho na emissora foi no humorístico “Zorra Total”, em 2005.

 

Em "A próxima vítima" ele protagonizou uma das cenas mais marcantes da teledramaturgia brasileira no papel do serial killer Adalberto. Descoberto pelo detevive Olavo (Paulo Betti), ele tenta fugir da polícia, mas acaba morto.

— Perdemos um grande mestre, ator, professor, produtor, diretor — disse  Betti, seu colega em "A próxima vítima". —  Na televisão lançou novos nomes. Estava sofrendo ha algum tempo, descansou.

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Em 2012, o ator fez seu último trabalho televisivo na novela “Máscaras”, da Record, onde estava desde 2006. A produção lhe proporcionou o reencontro com Lauro César Muniz, criador do personagem de maior destaque de Cecil ao longo de sua carreira em novelas: o vilão homossexual Mário Liberato, de "Roda de fogo" (1986). Na trama, ele interpretava um advogado corrupto que tentava, a todo custo, destruir Renato, seu ex-cliente vivido por Tarcísio Meira.

Cecil Thire com a mãe, Tônia Carrero, na inauguração da Sala Tônia Carrero, em 2007 Foto: Marcos Ramos / O Globo
Cecil Thire com a mãe, Tônia Carrero, na inauguração da Sala Tônia Carrero, em 2007 Foto: Marcos Ramos / O Globo

A estreia como diretor de TV aconteceu no programa “Viva o gordo”, apresentado por Jô Soares entre 1981 e 1987. Cecil também dirigiu seis episódios de “Você decide”, em 1992. Em “Sassaricando” (1987), se dividiu entre ator e diretor, trabalhando com a própria mãe.

 

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Além da televisão e do cinema, o artista se dedicou longamente ao teatro. Sua primeira experiência como diretor foi em 1971, numa montagem de "Casa de bonecas", de Henrik Ibsen. Em 1975, recebeu o extinto Prêmio Molière por sua direção da peça "A noite dos campeões", de Jason Miller.

A partir de 1984, Cecil passou a se dedicar ao ensino, só voltando aos palcos dez anos depois. A longa experiência resultou no livro "A carpintaria do ator", publicado em 2013 pela Sinergia, onde o artista discorre sobre técnicas de interpretação.

'Final estava bem difícil', conta filha

Cecil deixa sete netos e quatro filhos, dos quais três são atores: Luisa, Carlos, Miguel. Em um vídeo enviado pelo WhatsApp a pessoas próximas da família, Luisa lembrou com carinho do pai e contou que os últimos momentos haviam sido “bem difíceis".

 

"Ele vai deixar muita saudade. Papai foi um cara muito importante para a arte toda. Deixou muita coisa boa, muito aprendizado. Foi professor de muita gente, tanto de cinema quanto de teatro. Lembro de eu, pequena, entrando no Teatro Fênix, ele gravando o 'Viva o Gordo', e a claque inteira vindo falar comigo como papai era querido. Por onde andou, ele fez amigos de A a Z. Que ele descanse, porque ele merece. Esse final estava bem difícil", contou a atriz.

 

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A última aparição pública de Cecil havia sido durante a cerimônia de cremação da mãe, morta em março de 2018 por uma parada cardíaca. Numa cadeira de rodas, o ator chamou a atenção pela aparência abatida. À época, seu primo, Leonardo Thierry, contou que Cecil havia perdido a capacidade de andar e já mal falava, devido ao estágio avançado da doença: “Ele perdeu a capacidade de andar e em certas horas do dia fala muito mal. Cecil ficou muito abalado com a morte da mãe. As fotos que foram feitas no velório refletem a tristeza do momento. Os pacientes com Parkinson reagem muito mal ao estresse emocional”, disse Leonardo ao EXTRA.

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Nas redes sociais, o ator foi homenageado por colegas:

“Trabalhei com Cecil em minha primeira novela, ‘Top Model’. Ele era um gentleman”, lembrou a atriz Drica Moraes, no Instagram.

O ator Marcelo Serrado também homenageou o amigo:  “Cecil foi uma das primeiras pessoas a acreditar em mim. Lá bem no começo da minha carreira fizemos juntos a peça ‘O protagonista’, eu fazia seu filho. Obrigado por tudo,” escreveu.


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