Lionel Messi, capitão da seleção Argentina, levantou a Copa do Mundo, o trófeu mais cobiçado do planeta, com o bisht, um manto elegante, de sede preta com detalhes em dourado, usado por líderes governamentais e religiosos, em cima do uniforme azul e branco. Esta é uma vestimenta de cerimônia, para ocasiões especiais.
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A homenagem foi feita pelo próprio Emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani, que o vestiu, no palco da cerimônia de encerramento, igualando-o aos mais poderosos homens do país muçulmano. O Emir usava manto idêntico sobre a thobe, uma camisa branca, de mangas compridas, e que vai até os pés.
Segundo o Sheikh Ali Abdouni, presidente da Wamy (Assembleia Mundial da Juventude Islâmica), o bisht é usado apenas em ocasiões especiais, como se fosse um "traje de gala", como em festas e casamentos. Explicou que o gesto do Emir foi uma "homenagem especial" ao jogador.
O Catar é uma nação muçulmana (cerca de 70% da sua população), com leis, costumes e práticas enraizadas no Islã. Assim, a população local segue um código de vestimenta rígido (aos olhos ocidentais) baseado no alcorão, o livro sagrado desta religião, considerado a palavra literal de Deus revelada ao Profeta Muhammad (Maomé), sendo esse o “último profeta enviado por Deus”, segundo a tradição islâmica.
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Essa foi a primeira Copa do Mundo realizada no Oriente Médio e que levantou questionamentos em relação às leis e costumes religiosos do país.