Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo sábado, 13 de outubro de 2018

CASAMENTO DE JUDEU COM MUÇULMANA CAUSA REBULIÇO NA TERRA SANTA

 

Casamento secreto e proscrito pela lei causa rebuliço na Terra Santa

Bodas entre uma jornalista muçulmana e um ator judeu levantam um vendaval entre radicais dos dois lados em Israel
 
 
Lucy Aharish e Tsahi Halevi durante o casamento em Hadera, Israel Foto: Meggie Vilensky / REUTERS_11_10_2018
Lucy Aharish e Tsahi Halevi durante o casamento em Hadera, Israel Foto: Meggie Vilensky / REUTERS_11_10_2018
 
 

JERUSALÉM - Nem chupá, tenda dos casamentos judeus, nem sharia, a lei islâmica. Na união realizada na quarta-feira em Israel, não havia símbolos religiosos. As bodas entre a jornalistamuçulmana Lucy Aharish, 37, e o ator e cantor judeu Tsahi Halevi , 43, aconteceram em segredo, para evitar que fanáticos de ambos os credos tentassem boicotar uma união mista , proscrita pela lei e tachada de profana.

Nada impediu o triunfo do amor entre a mais famosa apresentadora árabe-israelense de TV e o cantor e coestrela da série “Fauda”. Mas nem a fama do casal serviu para livrá-los do assédio das redes sociais, de ameaças veladas de maldição lançadas por um ministro judeu ultrarreligioso ou de ataques de radicais.

"Nós assinamos um acordo de paz", brincou o casal no convite. A comunidade árabe-israelense de onde vem Lucy, que representa um quinto da população, é herdeira dos palestinos que permaneceram dentro do Estado judeu.

Em Israel não há casamento civil. O Estado só reconhece a validade dos laços celebrados sob os ritos do rabinato, do Islã ou cristãos. Para a maioria judaica da população, os contratos nupciais estão nas mãos de rabinos ultraortodoxos, que obrigam as mulheres a respeitar o consentimento do marido para se divorciar. Sem via civil, casamentos inter-religiosos são raros. Dos 58 mil celebrados em 2015, apenas 23 eram entre árabes e judeus. Aharish e Halevi mantinham uma relação em segredo há quatro anos.

Assimilação de judeus

Lucy Aharish foi premiada há três anos pelo governo israelense como um modelo de integração para cidadãos árabes, enquanto setores de sua própria comunidade palestina condenaram suas atividades por favorecerem a “normalização da ocupação”. Agora ela também está sujeita a ataques de radicais judeus, por ter violado um tabu cultural e religioso.

Para escapar dos vetos, muitos israelenses se casam no exterior, em particular em Chipre. O Estado reconhece sem restrições esses casamentos civis, e a próspera comunidade homossexual israelense também se beneficiou disso. O casal optou por uma alternativa: uma cerimônia privada na qual um documento de união de fato é selado diante de um advogado e depositado num registro público.

Críticas e felicitações ainda circulam com veemência nas redes sociais. Frente a mensagens apocalípticas, uma crescente maioria parece celebrar a união de Lucy e Tsahi com mensagens sinceras de “Mabruk!” e “Mazel Tov!”, transmitindo felicidade e boa sorte aos pombinhos.


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