Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão domingo, 03 de maio de 2020

CASABLANCA, COM SUAS FRASES ANTOLÓGICAS, MARCOU A HISTÓRIA DO CINEMA

 

Clássico do dia: 'Casablanca', com suas frases antológicas, marcou a história do cinema

Dica de Luiz Carlos Merten de hoje é o filme que ganhou os principais Oscars de 1943 e eternizou frases como 'Sempre Teremos Paris'

Luiz Carlos Merten, O Estado de S. Paulo

03 de maio de 2020 | 08h00

Era uma daquelas típicas produções em que tudo se encaminhava para que desse errado, mas, sabe-se lá por quê, terminou dando tudo certo - e Casablanca não apenas venceu os principais Oscars de 1943, como esculpiu a fama de ser um dos mais adorados filmes de todos os tempos. E pensar que a empresa produtora Warner pensava inicialmente em fazer o filme com Ronald Reagan e Hedy Lamarr. Não teria sido a mesma coisa, e nem o título, porque a história deveria se passar em Lisboa. Casablanca também é grande por seu elenco, que, a par do astro e da estrela – Humphrey Bogart e Ingrid Bergman –, reúne um dos mais perfeitos times de coadjuvantes da história. Sydney GreenstreetPaul HenreidPeter LorreConrad VeidtS.Z. Sakall e Dooley Wilson a postos, no piano, para que Rick, isto é, Bogart, lhe peça 'Play it again, Sam', e ele ataque de As Time Goes by.

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Cena de Casablanca
Cena de Casablanca Foto: Warner
 

Casablanca, durante a 2.ª Grande Guerra, é esse lugar, no norte da África aonde chegam todos os trânsfugas do nazismo, sonhando fugir para os EUA. Seus caminhos passam pelo café de Rick. É lá que o próprio Rick reencontra Ilsa, agora ligada ao líder da resistência, Victor Laszlo. Só lá pelo meio do filme um flash-back informa que foram amantes em Paris. Uma frase tão absurda que seria ridícula, se não ficasse tão sublime na voz da jovem Ilsa/Ingrid. Ouvem-se tiros de canhão, quando o Exército de Adolf Hitler invade a cidade e ela pergunta a Rick/Bogart - “Serão as batidas do meu coração?”

Casablanca é cheio de frases antológicas. Bogart - “De todas as espeluncas do mundo, você tinha de vir aqui.' Bergman - 'Não sei se terei coragem de deixá-lo de novo.' E "Sempre teremos Paris." Além, é claro, de 'Play it again, Sam', mas essa só existe na lenda. Todo o conflito do filme gira em torno da questão – com quem ficará Ilsa? Laszlo tomará aquele avião? Como reagirão os nazistas? A espelunca de Rick pode reunir a escória da Europa, mas é o melhor elenco do mundo e o local vira o centro da resistência a Hitler. Laszlo incita o público a cantar a Marselhesa, e a cena é de arrepiar. No livro O Pacto entre Hollywood e o Nazismo, Ben Urwand conta como a indústria, para não prejudicar interesses na Europa, demorou a tomar partido. Quando se uniu ao esforço de guerra, foi por meio de filmes como Casablanca que o ministro da Propaganda de Hitler, Joseph Goebbels, fazia projetar aos produtores alemães, berrando com eles. Era o tipo de filme que queria que fizessem, mas, claro, invertendo papeis, com judeus, e não nazistas, como vilões.

Apesar do triângulo entre Rick, Ilsa e Laszlo, há mais um vértice nessa história - um quadrado amoroso? O chefe de polícia Claude Rains vive mandando prender os suspeitos de sempre. Será que uma história tão conhecida ainda fornece risco de spoiler? O desfecho mostra o mais surpreendente dos casais – dos pares -, celebrando “o início de uma grande amizade”. Casablanca ganhou os Oscars de filme, direção e roteiro, esse último creditado a Howard Koch e aos irmãos Julius J. e Philip G. Epstein. Em sua autobiografia, O Filho do Trapeiro, Kirk Douglas conta como os gêmeos idênticos construíram a fama de maiores amantes de Hollywood, revezando-se, a noite toda, como se fossem apenas um, na cama das numerosas amantes. O mais incrível, segundo consta, é que nunca houve um roteiro definitivo de Casablanca. O trio escrevia na véspera as cenas que seriam filmadas no dia seguinte. O plano da Warner sempre foi manter a Bergman no escuro, sem saber se Ilsa ficaria com Rick ou Laszlo. Apesar disso, numa votação em 2006, o Writers Guild não vacilou em considerar o melhor roteiro de todos os tempos.

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