Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quarta, 26 de fevereiro de 2020

CARNAVAL BRASILIENSE 2020: ABRAM ALAS PARA O PACOTÃO
 
Abram alas para o Pacotão
 
Um dos blocos mais tradicionais de Brasília saiu ontem às ruas arrastando multidão a partir da comercial da 302/303 Norte. Entre protestos debochados e cheios de irreverência, as gêmeas Mel e Lis fizeram a estreia no carnaval brasiliense

 

IRLAM ROCHA LIMA
BRUNA LIMA

Publicação: 26/02/2020 04:00

 

 (Minervino Junior/CB/D.A Press)

 

 
Eram 16h25 de ontem quando a irreverência do Pacotão se espalhou pela Avenida W3 Norte. Iniciava ali, à altura da 502, o desfile do mais tradicional e anárquico bloco carnavalesco de Brasília, arrastando um número expressivo de foliões, que chamavam a atenção, entre outras coisas, pela diversidade das fantasias. Mas, isso, na realidade, era o que menos importava, pois a proposta básica do bloco — desde a fundação, em 1978 — é protestar de forma debochada contra os detentores do poder. Notoriamente de tendência esquerdista, o grupo tomou como primeiros alvos os mandatários do regime ditatorial Ernesto Geisel e João Figueiredo. Os que os sucederam, Fernando Collor, José Sarney, Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer não passaram incólumes. Lula e Dilma, porém, não foram importunados.
 
No desfile de ontem, comemorativo dos 42 anos de existência do bloco, integrantes da Sociedade Armorial Patafísica empunhavam logo à frente a faixa que trazia a inscrição: “O Pacotão não pede passagem. Passa. Na contramão”. Logo em seguida, um carro trazia um boneco gigante de Charles Preto, o eterno presidente da agremiação. Durante o percurso, ouviam-se marchinhas carnavalescas clássicas, tocadas pela Banda Podre e na voz de Helder Nascimento.
 
Já a marcha-tema de 2020, intitulada Contra o fascismo na contramão, composta por Maria Sabino, Assis Aderaldo e José Sóter, foi entoada durante a concentração, no viaduto que faz a interseção entre a W3 Norte e a W3 Sul e no encerramento, na 504 Sul. O verso inicial diz: “O Pacotão vai escrachar no carnaval/ Essa milícia e também o laranjal/ Ô Seu Queiroz que vida boa/ Só engordando a rachadinha da patroa”.
 
A movimentação em torno do bloco começou ao meio-dia na concentração que, desde sempre, ocorre entre as quadras comerciais 302/303 Norte. Ali no vai e vem das pessoas, em meio a incontáveis vendedores ambulantes, o Correio ouviu personagens ligados ao bloco e foliões. Um dos fundadores e membro do “Politiburo”, José Antônio Filho, o cartunista Joanfi, disse que a meta do Pacotão é fustigar os poderosos, “e nada melhor do que fazer nosso discurso na contramão”.
 
Para a advogada Thelma Cavalcante, 57 anos, foliã desde a adolescência, o Pacotão é o bloco da resistência, “agora mais do que nunca”. O estudante de medicina Jorge Lucas Medoz, 24, que sai no Pacotão desde 2006. vê o bloco como um símbolo do brasiliense consciente, “que insurge contra os desmandos dos políticos que detêm o poder”. Antecipando o desfile, houve a apresentação do grupo Asé Dúdu e da bateria do bloco Medida Provisória.
 
Lis e Mel desfilaram vestidas de Chiquinha, do seriado Chaves
 (Bruna Lima/CB/D.A Press
)  
Lis e Mel desfilaram vestidas de Chiquinha, do seriado Chaves
 
Estreia
 
Quem apareceu para dar o ar da graça pela primeira vez no carnaval brasiliense foram as gêmeas Lis e Mel. As meninas, de 1 ano, nasceram ligadas por uma parte do crânio e ficaram conhecidas depois de passarem por uma complexa cirurgia de separação, em abril. Desde então, as irmãs se tornaram mais parceiras, buscando uma pela outra a todo momento.
 
Animadíssimas e fantasiadas como Chiquinha, personagem do seriado Chaves, as duas corriam de um lado para o outro durante a concentração do bloco, na Asa Norte. Na última vez em que Mel e Lis sentiram a energia do carnaval, elas estavam na barriga da mãe, a servidora do Ministério da Saúde Camilla Vieira Neves, 26. Aparentemente, o gosto das crianças pela festa veio daí. “É uma emoção. Sabemos que elas estão dando trabalho, mas é porque cada uma corre para um lado, para o próprio rumo”, disse.
 
DESTAQUE
 
 (Minervino Junior/CB/D.A Press
)  
Diploma
Antes do desfile, o Correio Braziliense foi homenageado pela Sociedade Armorial e Rusticana Pacotão com certificado de “reconhecimento público pela inestimável contribuição à difusão, incentivo e preservação do carnaval brasiliense e da cultura brasileira em geral”. O diploma foi entregue ao repórter Irlam Rocha Lima.
 
 (Agatha Gonzaga/CB/D.A Press)  
ARENA LOTADA
O penúltimo dia de Carnaval no Parque, no Ginásio Nilson Nelson, e o último da folia brasiliense teve arena lotada e fãs colados à grade para receber o cantor sertanejo Wesley Safadão (foto), o pagode carioca do grupo Molejo e o som eletrônico dos Djs Bhaskar, Cat Dealers e Mojjo. O evento volta a abrir as portas no próximo sábado, último dia de festival, com shows da dupla Jorge e Mateus, do grupo Saia Rodada e do duo Chemical Surf.
 
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