Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sexta, 22 de outubro de 2021

CÂNCER DE MAMA: MAIS DE 90% DAS MULHERES CURADAS

Jornal Impresso

Mais de 90% das mulheres curadas
 
Especialista em câncer de mama destaca que resultado promissor revelado por pesquisa tem relação direta com diagnóstico precoce

 

DANIELLE SOUZA*

Publicação: 22/10/2021 04:00

Integrante titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc) e coordenadora do Centro de Oncologia do Hospital Santa Lúcia, a oncologista Patrícia Schorn afirma que a taxa de cura de pacientes com câncer de mama é superior a 90%, segundo um estudo norte-americano. No entanto, a especialista ressalta que o resultado tem relação com o diagnóstico precoce da doença. Ainda nesse tema, ela abordou a importância da realização de mamografias anuais, não apenas do autoexame; explicou a relação entre o histórico familiar e a enfermidade; e mencionou um tipo de tratamento que previne um dos principais efeitos da quimioterapia: a queda do cabelo. Confira os destaques da entrevista da médica à jornalista Samanta Sallum, ontem, no programa CB.Saúde — parceria do Correio com a TV Brasília.


 (Ed Alves/CB/D.A Press)  



Qual é sua avaliação sobre ao autoexame? Ele continua sendo importante?
Esse é um ponto extremamente importante e delicado, porque esse tempo em que o autoexame veio para a mídia e ficou foi o período em que tivemos muito mais diagnósticos de câncer de mama avançado. Por quê? Porque uma mulher que faz o autoexame está preocupada em achar uma lesão, mas ela não está capacitada para isso. E ela, na maioria das vezes e até por um estímulo da imprensa, acabou substituindo uma coisa pela outra. Passou-se a fazer o autoexame porque é uma rotina muito simples e barata, deixando de ir ao médico e de fazer a mamografia. Onde está a questão disso? A mamografia é um exame que permite a identificação de lesões não palpáveis, milimétricas. Por isso, ela é tão efetiva para a prevenção. Conseguimos ter uma redução da mortalidade para o câncer de mama quando fazemos a mamografia. O autoexame, não. A mulher que percebe um nódulo na mama, já apalpa um tumor, o qual tem, no mínimo, 1 centímetro. Existe uma diferença que chamamos de prognóstica e com valor preditivo completamente diferente entre uma lesão que tem 1 milímetro versus uma lesão que tem 1cm.

A partir de que idade a mulher deve fazer a mamografia? E com que regularidade?
O principal fator de risco é o histórico familiar de câncer de mama. Mulheres que não os tenham devem fazer a mamografia uma vez ao ano, a partir dos 40. Quando identificamos uma que tem fatores de risco, trazemos a data inicial da mamografia para os 35 anos. E vamos imaginar que uma mãe teve câncer de mama aos 38. Então, iniciamos o rastreamento (da saúde) da filha 10 anos antes da idade que a mãe teve o câncer. Nesse caso, a filha passaria a fazer a mamografia a partir dos 28.

O principal fator para desenvolvimento do câncer é a predisposição genética, ou o estilo de vida das últimas décadas acelerou o número de casos?
A maior parte dos cânceres em geral — e o de mama também — não é hereditária. A doença hereditária é essa em que a mãe passa para a filha. Mas todos são genéticos, porque dependem de um erro do DNA celular. E esse erro pode ser programado. Aí, temos a doença hereditária. E ela também pode ser adquirida. Aí, vêm os fatores ambientais, o hábito de vida. Noventa por cento dos cânceres dependem dos nossos hábitos, não da nossa herança genética. Por isso, estimulamos tanto a questão de uma alimentação saudável, de abandono do álcool, do tabaco e (da adoção) de uma prática de exercícios frequentes.

Qual seria o tratamento mais leve e o mais difícil?
O tratamento curativo do câncer de mama é a cirurgia. Acrescentamos à cirurgia, antes ou depois dela, algum protocolo de quimioterapia. Mas não é todo mundo que precisa fazer. E acrescentamos a essa cirurgia também, em algumas situações, a radioterapia. O tratamento mais doloroso ainda é a quimioterapia, sem dúvida. Porque é sistêmico. É uma medicação que entra no organismo e passa por todo o corpo. E ela diminui a imunidade, faz o cabelo cair, permite feridas na boca, diminui muito a qualidade de vida da mulher durante o período terapêutico... Aí, vem o que podemos fazer para diminuir esse mal-estar durante o período de tratamento oncológico, que realmente é o mais doloroso. Uma das coisas que considero fundamental é a autoestima de uma pessoa durante o tratamento. E, hoje, conseguimos durante o período de quimioterapia, em alguns protocolos, preservar o cabelo (da paciente). Isso se dá por meio de uma touca. Chamamos de crioterapia. É uma touca que se resfria a menos de 26°C durante a infusão do quimioterápico, e isso diminui a queda de cabelo até 80% das vezes.

Podemos falar em percentual de cura ou isso também depende da faixa etária e do tipo de câncer?
Há um dado americano, não é um número nacional: mais de 90% das mulheres se cura do câncer de mama. Mas isso vai depender do diagnóstico precoce ou não. Por que insistimos tanto na necessidade de fazer uma mamografia e cuidar da prevenção? Porque sabemos que, quanto menor for o tumor, maior é a chance de cura.

* Estagiária sob supervisão de Jéssica Eufrásio

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