CAMPONESA, CAMPONESA
Cruz e Sousa
Camponesa, camponesa,
Ah! quem contigo vivesse
Dia e noite e amanhecesse
Ao sol da tua beleza.
Quem livre, na natureza,
Pelos campos se perdesse
E apenas em ti só cresse
E em nada mais, camponesa.
Quem contigo andasse à toa
Nas margens duma lagoa,
Por vergéis e por desertos,
Beijando-te o corpo airoso,
Tão fresco e tão perfumoso,
Cheirando a figos abertos.