Ao marcar três vezes diante do Audax, domingo, no Maracanã, Germán Cano tirou um peso das costas e trouxe esperança para o Fluminense. Além de ter interrompido uma sequência de duas derrotas seguidas, o tricolor viu seu artilheiro reencontrando o caminho das redes após viver o maior jejum de gols com com a camisa do clube. Mas não foi apenas a equipe das Laranjeiras que viveu esta situação em 2023. Três dos quatro grandes do Rio também viram as secas de seus artilheiros — além de Cano, Pedro Raul (Vasco) e Tiquinho Soares (Botafogo) chegarem ao fim nos últimos jogos do Estadual, o que pode representar um futuro melhor na competição e no restante da temporada.
Cano precisou de cinco jogos para anotar seus primeiros gols no ano. Ele abriu a “porteira” com atuação de gala: foram logo três contra o Audax. O jejum ficou para trás e ele alcança números melhores do que o início de 2022. No ano passado, quando marcou 44 gols, o argentino precisou de 481 minutos para balançar as redes três vezes. Nesta temporada, atingiu a marca em 435 minutos.
O argentino não é fundamental apenas para o Fluminense marcar gols, mas para a construção das jogadas, ao lado de Jhon Arias e Paulo Henrique Ganso, principalmente. Se está mal, é uma engrenagem do esquema do técnico Fernando Diniz que não funciona. Bem marcado, pouco conseguiu construir nas rodadas inciais, o que coincide com as atuações ruins da equipe. Em seu melhor jogo, ajudou o Fluminense a conseguir uma vitória convincente.
O domingo também foi de gols e alívio para Tiquinho Soares. O centroavante alvinegro ficou quatro jogos sem marcar até desencantar contra o Boavista, marcando duas vezes na goleada de 4 a 0, em Brasília.
Tiquinho também foi importante para o alvinegro em 2022, na arrancada que fez o clube sonhar com uma vaga na Libertadores. Não falta crédito com a arquibancada para um dos nomes de confiança do técnico Luís Castro.
Pedro Raul havia sofrido com a seca de gols, mas se livrou do jejum um pouco antes, marcando duas vezes na quinta-feira, quando o Vasco goleou o Resende.
Principal reforço da 777 Partners, grupo que adquiriu o controle da SAF do Vasco, o centroavante se tornou uma das contratações mais caras da história do cruz-maltino. Ele foi adquirido por 2 milhões de dólares (cerca de R$ 10,5 milhões), pagos à vista ao Kashiwa Reysol. E nos primeiros jogos, incluindo os amistosos de pré-temporada nos Estados Unidos, passou em branco — com direito a um pênalti perdido no caminho, na derrota diante do Volta Redonda. As pazes com a torcida foram feitas nos 5 a 0 sobre o Resende, em São Januário.