A Argentina vai às urnas daqui a dois meses. Novo presidente será eleito. Mauricio Macri, candidato à reeleição, aparece atrás do opositor nas pesquisas eleitorais. Inflação, dólar nas alturas, salários menores que o mês contribuem para a queda da popularidade de Sua Excelência. O que fazer? Para dar alívio ao mercado, o hóspede da Casa Rosada pediu tempo ao FMI e aos credores. Quer prazo maior para pagar a dívida de 57 milhões de dólares.
“É calote”, disseram os opositores. “Não é”, jurou a equipe econômica. E daí? Enquanto batem boca, vale a dica. Não é só a iniciativa que divide opiniões. A origem da palavra calote também causa polêmica. Alguns afirmam que o vocábulo nasceu do francês culotte — nome dado às pedras que, no jogo de dominó, os parceiros não podem pôr em jogo. Outros dão nacionalidade brasileira ao trissílabo. Ele teria vindo de calo, fatia de queijo ou de melão que o vendedor oferecia ao cliente como degustação. Se o espertalhão provava e não comprava, dava calote.