Em 6 de outubro, um dia antes da realização do primeiro turno da eleição presidencial, o Datafolha apurou que, se Jair Bolsonaro e Fernando Haddad chegassem ao 2° turno, começariam a disputa em empate técnico. Bolsonaro aparecia com 45% dos votos válidos e Haddad, com 43%. A diferença de dois pontos percentuais era igual à margem de erro.
Nesta quinta feira, 18 de outubro, outra pesquisa Datafolha avisou que Bolsonaro tem 59% dos votos válidos e Haddad, 41%. Nenhum figurão do instituto explicou por que a diferença subiu de dois para 18 pontos percentuais.
Na mesma pesquisa de 6 de outubro, o Datafolha animou Haddad com uma boa notícia: a taxa de rejeição do candidato do PT para o segundo turno estava em 41%, índice inferior aos 44% de Bolsonaro.
Ontem, a pesquisa mais recente do Datafolha descobriu que a rejeição de Bolsonaro baixou para 33% e a de Haddad subiu para 54%. O que aconteceu? Os magos da estatística, novamente, não deram um pio.
Não é só o PT que anda devendo uma boa autocrítica e um pedido de desculpas ao país. Os institutos de pesquisa, também.
Rejeição: 33 x 54