Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo sexta, 25 de setembro de 2020

CAÇA GRIPEN, DUAS VEZES MAIS RÁPIDO QUE O SOM

 

Caça Gripen voa duas vezes mais rápido que o som: conheça os detalhes

Aeronave sueca batizada pela Aeronáutica como F-39E fez primeiro voo no Brasil
 
O Gripen é o primeiro F-39E das 36 unidades que tiveram a compra anunciada em 2013. Voo inaugural entre Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina, e Gavião Peixoto, em São Paulo, durou 50 minutos Foto: Bianca Viol / Força Aérea Brasileira
O Gripen é o primeiro F-39E das 36 unidades que tiveram a compra anunciada em 2013. Voo inaugural entre Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina, e Gavião Peixoto, em São Paulo, durou 50 minutos Foto: Bianca Viol / Força Aérea Brasileira
 
 

RIO — O mais ambicioso projeto da Força Aérea Brasileira (FAB), o chamado programa F-X2, entrou na quinta-feira em uma nova fase, com o primeiro voo do Gripen NG no Brasil, batizado pela Aeronáutica como F-39E. O caça sueco, configurado apenas para testes, voou por uma hora e três minutos, após decolar no Aeroporto de Navegantes (SC), às 14h04, e pousar no Centro de Ensaios em Voo, na sede da Embraer, em Gavião Peixoto (SP), às 15h07. A aeronave, que não teve contratempos em seu primeiro teste por aqui, veio da Suécia dentro de um navio, que atracou, no último domingo, no porto do município catarinense. 

 Essa é a primeira de 36 aeronaves do contrato firmado, em 2014, com a fabricante sueca Saab para a renovação da frota brasileira, hoje composta, majoritariamente, por caças americanos F-5, fabricados na década de 1970 e operados em cinco esquadrões, distribuídos nas regiões Norte, Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Os novos caças devem entrar em operação a partir do final de 2021. O investimento da FAB é de R$ 24 bilhões, em valores atualizados, com financiamento de 25 anos. Se o cronograma de pagamentos e de produção for cumprido, todas as unidades estarão, em 2026, na Base Aérea de Anápolis (GO). 

— A partir desse momento, iniciaremos os ensaios em voos no Brasil. Já fizemos alguns na Suécia. Agora, faremos conjuntamente com a Embraer, utilizando pilotos de testes da Embraer e da Força Aérea Brasileira — afirmou o diretor do Programa Gripen, da Saab, no Brasil, Bengt Janér.

O F-39E alcança 2.400 km/h, o que representa duas vezes a velocidade do som. É uma aeronave multimissão, com funções de patrulha (ar-ar), ataque (ar-terra) e ainda com capacidade de operações contra alvos marítimos (ar-mar).

— É um caça que podemos chamar da geração 4.5 +. Ou seja, um degrau abaixo do topo. Ainda assim, podemos afirmar que é o estado da arte em termos de tecnologia em aviação — explicou Nelson Düring, especialista no setor e editor-chefe do portal Defesanet.

 O Gripen em detalhes

Como atua o avião adquirido pela FAB
MEDIDAS
Envergadura: 8,6m
Comprimento: 15,2m
ANTENAS
Fazem a interferência nos radares inimigos, impedindo que o Gripen possa sermarcado como alvo
Tecnologia
de combate
RADAR
Possui pequenos módulos eletrônicos que fazem a busca de alvos em diferentes direções, no ar, no solo ou no mar, simultaneamente e em diferentes frequências
MÍSSEIS
O Gripen pode receber mísseis de curto e longo alcance; e bombas e mísseis guiados por laser. Pode atingir alvos no ar, no solo e mar
Radares eletrônicos
Informa se o radar que o captou é de uma força amiga ou inimiga
Alerta sobre a aproximação e direção de mísseis disparados
contra o caça
Gripen
Raio de combate
Velocidade
1.300km
Salvador
Até 2.400km/h
 
BA
MT
(duas vezes do
velocidade do som)
Brasília
Distância até onde o caça pode ir, combater e voltar, tendo ainda combustível para aterrissar
Goiania
Consegui ir
de Goiania a
Salvador em
30 minutos
MG
SP
RJ
Fonte: SAAB

 

O programa F-X foi concebido há 20 anos. De lá pra cá, ocorreram atrasos e controvérsias. Em 2009, já rebatizado como FX-2, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a anunciar, durante visita do então presidente francês Nicolas Sarkozy a Brasília, a escolha pelo Dassault Rafale. A decisão não foi chancelada pela Aeronáutica. E, em dezembro de 2013, a ex-presidente Dilma Rousseff anunciou o acordo com a fabricante sueca, que tem como principal destaque a transferência de tecnologia e a produção de 15 das 36 aeronaves em solo brasileiro.

 

— A grande virtude do programa Gripen não é só gerar conhecimento, mas ter carga de trabalho. A participação da indústria nacional é decisiva. Se a indústria brasileira não fizer a parte dela, nós não recebemos a aeronave. São 62 projetos, extremamente detalhados, com transferência de tecnologia para a indústria e para o Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA). Cada um deles visa uma área diferente — explicou o presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac), da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Valter Borges Malta.

Os primeiros 13 caças serão integralmente produzidos na Suécia. Outros oito serão fabricadas na Europa e finalizados no Brasil, que participará ativamente da produção das unidades com dois lugares, que ainda não haviam sido desenvolvidas na época da assinatura do contrato.


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