Bruna Marquezine acredita que todo mundo tem vivido altos e baixos ao longo da quarentena. Para a atriz, o momento do mundo é de instabilidade em “vários sentidos”. “Principalmente emocional”, pontua ela. “Há dias melhores, produtivos, criativos; e há dias mais silenciosos e reflexivos. Tento sempre abraçar todos esses sentimentos e ser carinhosa comigo. Graças a Deus, continuo trabalhando, estudando, procuro manter minha cabeça ativa.
Aos 25 anos, Bruna acaba de mostrar ao mundo mais uma de suas facetas. De seu isolamento, protagonizou e assinou direção criativa da nova campanha da Colcci — marca que já teve Gisele Bündchen e Paris Hilton como garotas-propaganda. Sobre o trabalho, ela diz que ficou um tiquinho assustada ao perceber o quão difícil é a função. “Mas fiquei animada com a possibilidade de me envolver em todas as frentes”, observa a jovem, que já desfilou para a Dolce & Gabbana e foi apontada pela “Vogue” americana como uma das 14 superstars globais.
Bruna, no entanto, não se deslumbra com todo esse confete. “Nunca tive nenhuma grande ambição relacionada a popularidade. As coisas foram acontecendo de forma bem natural, orgânica. O que mais precioso, na verdade, é meu equilíbrio, minha saúde mental. Então, me policio para não ser sugada pelo ego”, comenta ela, citando Ashley Graham, Jennifer Lawrence, Gisele Bündchen, Zendaya e Rihanna como inspiração. “Pela força, personalidade, coragem e autenticidade.”
Livre, leve e solta, a atriz critica os padrões vigentes da sociedade e afirma que já sentiu prisioneira da moda. “Vivemos em uma sociedade que impõe muitos padrões extremamente machista. Existe um padrão de beleza que é imposto a mulher e quem não segue é altamente criticado. Busco ter uma relação de paz e amor com o meu corpo. Acredito no equilíbrio em geral. O principal objetivo é cuidar da saúde e depois da aparência em si. Não acho que deixa de ser importante; todas nós devemos olhar no espelho e se sentir bem. Enxergo nossa beleza como um estado de espírito. As pessoas mais atraentes que conheci, não faziam parte desse padrão imposto pela sociedade, mas tinham amor próprio. O que muda tudo.”