Bares, shoppings e restaurantes do DF têm apostado no serviço de brinquedoteca para que pais e mães fiquem mais à vontade nos estabelecimentos. A reportagem do Correio conversou com a Associação Brasileira de Brinquedoteca (ABBri), que explicou a importância dos responsáveis observarem pontos como a segurança, os brinquedos, o monitoramento, o tamanho e as condições do espaço, na hora de escolher uma área infantil adequada para os filhos.
No que diz respeito ao número de profissionais por criança, a diretora da instituição afirma que o espaço pode seguir o que está descrito na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). "Para uma brinquedoteca escolar ou comum, com crianças que não necessitam de atenção especial e na mesma faixa etária, um brinquedista pode atender uma quantidade maior", destaca.
Segundo as normas, a organização da área kids deve ser feita com objetivo de proporcionar brincadeiras livres e espontâneas as crianças. Segundo a ABBri, essas medidas contribuem diretamente para um desenvolvimento sadio em todos os aspectos como físico, sócio afetivo e intelectual.
Para criação de espaços recreativos, as regras seguem os mesmos moldes da abertura de uma empresa. Os interessados poderão se cadastrar como microempreendedor ou como microempresa. Em ambos os casos, recomenda-se adotar a classificação no CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas): 9329-8/99 - Atividades de recreação e lazer.
Taynah conta que a brinquedoteca tem que oferecer todos os cuidados para ela se sentir tranquila com os filhos. "Segurança nos brinquedos, segurança no controle de entrada e saída das crianças e boa higienização", afirma. Após essa certificação a mãe do Heitor, do Estevão e do Isaac aproveita para comer com calma. "É muito bom saber que vamos aproveitar o momento de forma leve e que no momento certo, elas estarão conosco à mesa também.
Gerente da SimSalabim, Alexia Nascimento enfatiza como é feita a seleção de novos funcionários do espaço kids. "Quando contratamos as pessoas levamos isso muito a sério e escolhemos aqueles que têm respeito e amor por crianças. Afinal, não é somente uma criança, mas um ser humano que em desenvolvimento, que precisa de atenção, precisa ser ouvido e respeitado", diz. Segundo ela, muitas crianças choram porque não querem ir embora do local e, sim, desejam ficar mais.
Alexia destaca que a SimSalabim realiza muitos procedimentos para segurança das crianças, como não utilizar brinquedos perigosos e a realização de cadastros individuais dos pequenos. Outra medida de segurança é a presença constante de recreadores no espaço kids. "É muito importante para nós ter um adulto ali que possa brincar com a criança, mas também que possa cuidar dela para ela não se machucar", enfatiza Alexia.
Juciene Diel, 59 anos, gaúcha, radicada em Brasília, é avó da pequena Julia Neri, 2, e conta que leva a netinha para brincar sempre, porque aproveita para cair na diversão. "Ela se diverte muito com as outras crianças. Mesmo com a gritaria e agitação das crianças, gosto de levá-la para se entreter, pois acabo brincando e me divertindo junto", conta Diel.
O empresário destaca alguns pontos de segurança que o espaço dispõe. "Temos piso emborrachado, brinquedos com toda segurança sem perigo de machucá-las e monitoras para ajudar e acompanhar os filhos dos clientes", afirma. Segundo Thales, a responsabilidade e o zelo são de extrema importância. "Cuidamos de pessoas o tempo todo e é uma alegria poder cuidar das crianças também", relata.