Brasileiro de ginástica, que começa nesta terça-feira, aproxima Rebeca de atletas do infantil

O evento começa hoje e se estenderá até domingo. A entrada é gratuita, mas com necessidade de retirar ingresso para sexta, sábado e domingo via plataforma digital. Em menos de uma hora, todos os tickets se esgotaram.

O Sportv transmite as disputas do fim de semana. A TV CBG (dias 17 e 18) e o Canal Olímpico (20, 21 e 22) também exibem o evento.

Esse será o primeiro evento nacional da ginástica artística no Brasil após o sucesso da modalidade nos Jogos Olímpicos de Paris. Além de Rebeca, a competição contará com Julia Soares e Lorrane Oliveira, que em Paris foram medalha de bronze em equipe, Arthur Nory, também bronze na Rio-2026 (solo), Caio Souza e Diogo Soares, ambos finalistas olímpicos.

 Segundo o Flamengo, Flávia Saraiva, recém-operada do ombro direito, e Jade, “para preservação de sua preparação física”, não disputarão o torneio, mas estarão no ginásio com o atleta do clube.

Essa é a principal competição nacional da ginástica artística, que premiará os melhores do individual geral, das disputas por aparelhos e também as equipes. O formato da competição é diferente se comparado ao Troféu Brasil, uma competição por aparelhos.

Na categoria adulta, estarão em ação 90 atletas, e um total de 13 clubes, entre eles Flamengo, Pinheiros, Grêmio Náutico União e CEGIN (forças do feminino) e Minas Tênis Clube, Pinheiros (forças no masculino).

Segundo Henrique Motta, diretor esportivo da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), a proposta da entidade era levar o torneio para fora do eixo-Rio -São Paulo, para o Nordeste.

– Nosso calendário passa pelas cinco regiões do país porque é isso que queremos, levar a ginástica ao maior número de pessoas possíveis, levar nossas estrelas para popularizar cada vez mais a ginástica. Estar em mais regiões significa criar novas oportunidades. Por isso temos um calendário alinhado entre clubes e seleção para que isso seja possível. – explicou Motta, que brinca sobre o sucesso da modalidade: – Vamos precisar fazer competições em estádios de futebol.

Motta observa que, além do olhar para o desenvolvimento da modalidade, a entidade tem priorizado competições em que o adulto compete junto com o infantil:

–Ver nossas estrelas de perto é um estímulo para meninos e meninas, que podem se enxergar nos mesmos lugares. E isso também facilita a logística e o investimento dos clubes – comenta.

Lorena dos Santos Silva, de 10 anos, está empolgada com o fato de que vai ver Rebeca de perto. Disse que nem acreditava que isso poderia acontecer:

– Nossa, ela me inspira muito, eu sou apaixonada pela ginástica e quero continuar fazendo isso até eu não poder mais. E é importante para mim porque quero chegar lá na frente e poder contar a minha história, tudo. Também quero ser uma ginasta importante e que inspira que nem a Rebeca – falou a ginasta do Centro Olímpico, de São Paulo, que vai competir em todos os aparelhos. – Eu estou muito animada de poder vê-la de perto. Nem imaginei que poderia estar aqui.

Esse também foi o entendimento de Helena Dias Zanoni, de 12 anos, do Jurerê Sport Center, quando perguntada sobre competir ao lado de Rebeca. Ela falou que considera importante ver a melhor ginasta do Brasil bem do perto:

– Participar do campeonato em que a Rebeca estará é muito gratificante... É importante porque aqui eu vejo a concentração dela, as posturas dela, os exercícios dela para quando for a minha vez eu falar: “Eu estar pronta para dar o meu melhor” – comentou a ginasta que também vai se apresentar em todos os aparelhos.

Adriana Alves, coordenadora do Comitê Técnico de Ginástica Artística Feminina, considera que o momento não poderia ser mais propício para a realização deste Brasileiro. E avalia que o formato escolhido para o cronograma do evento, que se inaugura com disputas da categoria infantil, foi um grande acerto.