Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense domingo, 08 de novembro de 2020

BRASILEIRÃO: GUARDIÕES DA BELEZA DO JOGO

Jornal Impresso

BRASILEIRÃO
 
Guardiões da beleza do jogo
 
Na contramão de chutões e ligações diretas, Atlético-MG e Flamengo defendem a saída de bola com toques desde a defesa. Relatório da Uefa comprova tendência. Treinadores apontam vantagens e os riscos

 

DANILO QUEIROZ
MAÍRA NUNES

Publicação: 08/11/2020 04:00

 
 
 
 (Bruno Cantini/Atlético MG )  
Com o desembarque dos técnicos estrangeiros no país, cresce o número de times interessados em resgatar o que o futebol brasieliro zelava nos tempos românticos: a saída com toque de bola desde a defesa, em vez de chutões e ligações direta da defesa ao ataque. Estratégia reinventada pelo técnico argentino Ricardo La Volpe à frente da seleção do México na Copa do Mundo de 2006, e popularizada por Pep Guardiola.
 
Auxiliar do técnico catalão no Barcelona, Bayern e Manchester City Domènec Torrent explora o recurso no Flamengo. O gringo Jorge Sampaoli, também, no Atlético-MG. Hoje, o time carioca e o mineiro submetem a nem sempre segura opção tática aos jurados, às 18h15, no Mineirão, no principal duelo da abertura do segundo turno do Brasileirão. 
 
A Liga dos Campeões da Europa aponta que a tendência de saída com bola na base do toque está enraizada no Velho Mundo. Relatório técnico da Uefa aponta que, na edição 2019/2020, 24% das saídas foram com bolas curtas. Finalistas, PSG e Bayern são os que mais utilizaram o recurso: 45% e 42% dos reinícios, respectivamente.
 
“No total, houve seis gols marcados de movimentos que começaram com tiro de meta curto para jogador dentro da área — e 44 chutes dessas sequências de jogadas”, descreve o relatório. A saída da zaga com a bola no chão exalta a qualidade do futebol, mas pode ser fatal na perda de bola. O levantamento da Uefa mostra, ainda, que a marcação alta do adversário costuma complicar as saídas curtas. Ocasionou 1.148 erros. Desses, 217 acabaram em conclusões à meta e 30 em gols marcados.
 
Expoente da nova safra de técnicos do futebol do Distrito Federal, Hugo Almeida é um dos defensores da reposição com o controle da bola. Na visão do treinador, membro do sub-16 do Sporting de Lisboa, essa é a maneira mais eficiente de envolver o adversário, encontrar espaços no campo e progredir até o gol adversário. Porém, ele destaca que, conforme o contexto da partida, também não se opõe a utilizar lançamentos longos para aproveitar as brechas.
 
Para Hugo, a segurança em ter a bola dominada é maior do que em disputa, como ocorre nas chamadas ligações diretas. “Há um maior envolvimento e possibilidade de movimentação, desorganização e desestruturação do sistema defensivo adversário, aclarando muito mais espaços e possibilidades de chegada ao gol adversário”, opina. 
 
Risco
 
 (Alexandre Vidal/Flamengo)  
 Mesmo defensor do modelo, o treinador campeão da segunda divisão do Candangão 2018 com o Capital ressalta alguns pontos negativos de iniciar as jogadas com passes curtos. “O fato de a equipe, geralmente, estar em zonas próximas à própria meta e em situações de desequilíbrio fazem com que o menor erro cometido dê ao adversário oportunidades mais claras para marcar”, salienta. Atlético e Flamengo sofreram gols recentes em falhas na saída de bola.
 
Minimizar os erros, segundo Hugo, está atrelado ao trabalho e à confiança. “A repetição, acompanhada de feedbacks por parte do treinador e da equipe técnica, levam ao aprimoramento e à evolução na execução da tomada de decisão assertiva”, explica. Para Hugo, todo o sistema defensivo é primordial na construção de jogadas com bola no pé. “O papel não é meramente enfeite ou capricho.”
 
Vilson Tadei, técnico do Gama, se diz a favorável a tudo que é futebol bem-apresentado, “desde que o jogador tenha confiança para fazer, principalmente o goleiro, que é o desafogo nesse tipo de jogada”.
 
Comandante do bicampeão candango , ele usa o Flamengo como exemplo. “O elenco é extremamente habilidoso, experiente e com jogadores de nível de Seleção Brasileira, com muita confiança. Mesmo assim, quando pega um adversário muito bom e que marca bem, pode cometer erros.”
 
A confiança é classificada por Tadei como crucial para colocar em prática a saída de bola de pé em pé para não se apavorar com uma marcação mais alta que pressione o erro. “Agora, tudo é assim, os times marcam na linha alta. Quisera eu jogar nessa linha alta, porque eu não tinha medo”, comenta Tadei. Ex-jogador, ele atuou como meia nas décadas de 1970 e 1980, sagrando-se campeão brasileiro como camisa 10 do Grêmio em 1981. Treinador desde 1991, ele ressalta as condições dos gramados na atualidade. “O sair jogando e usar o goleiro como se usa no futebol de salão é muito legal, principalmente hoje, com gramados uniformes, que propiciam esse tipo de jogada”, observa.


18h15

Mineirão Belo Horizonte
Brasileirão  20ª rodada
Transmissão  pay-per-view


Atlético-MG 
Everson; Mariano (Guga), Alonso, Réver e Arana; Jair, Allan, Nathan, Savarino, Keno; Sasha (Marrony)
Técnico: Jorge Sampaoli

Flamengo
Hugo Souza; Isla, Gustavo Henrique, Natan e Filipe Luís; Arão, Thiago Maia, Gerson e Everton Ribeiro; Bruno Henrique e Pedro
Técnico: Domènec Torrent
 
Árbitro: Sávio Pereira Sampaio (DF)
 

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