Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sexta, 15 de janeiro de 2021

BRASILEIRÃO - CRUZEIRO: PROJEÇÕES APOCALÍPTICAS

Jornal Impresso

Projeções apocalípticas
 
Revivendo erros do primeiro rebaixamento e sem perspectivas de ressurgir, Cruzeiro deve amargar mais uma temporada na segunda divisão. Jogadores e o técnico Felipão exibem descontentamento com o clube

 


Danilo Queiroz

Publicação: 15/01/2021 04:00

Atletas da equipe celeste aguardam a quitação de três meses e meio de salários atrasados. Scolari sinaliza saída do comando ao fim do campeonato (Bruno Haddad/Cruzeiro
)  

Atletas da equipe celeste aguardam a quitação de três meses e meio de salários atrasados. Scolari sinaliza saída do comando ao fim do campeonato

 

 
Na última quarta-feira, no Independência, pela 34ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro foi derrotado por 2 x 0 pelo lanterna Oeste e, praticamente, deu adeus ao sonho de acesso à primeira divisão. Na visão fria da matemática, observando-se apenas os números em disputa, o time celeste cultiva remotas chances de subir. Porém, a realidade mostra um cenário bastante cruel. No horizonte da equipe das cinco estrelas, não há nenhum sinal de esperança que faça os torcedores acreditarem em uma retomada na atual temporada, ameaçando, até mesmo, a próxima, que marca o centenário da Raposa.
 
Na saída de campo, após o mais recente resultado negativo, o atacante Rafael Sóbis, um dos principais líderes do atual elenco celeste, deixou no ar uma projeção apocalíptica sobre a preocupante situação do clube mineiro. “O momento é difícil, os jogadores que estão aqui são heróis, porque tem muita coisa acontecendo. É muito difícil mesmo. As pessoas não sabem 10% do que está acontecendo. Vamos seguir lutando, honrando a nossa camisa e fazer o melhor para o Cruzeiro até o fim. Vou segurar e, na hora certa, vocês vão saber. Perdemos e não é o momento de fazer polêmica”, disse.
 
O saldo dos 10% conhecidos do problema, porém, é negativamente avassalador. A crise escancarada nos meses que antecederam o primeiro rebaixamento celeste tomaram contornos ainda mais drásticos durante a temporada que deveria servir de recomeço. Em 13º lugar, o Cruzeiro paga o preço por erros de planejamento que vão muito além da punição aplicada pela Fifa, em março, que fez o time azul começar a Série B com seis pontos a menos. A causa foi o não cumprimento de uma ordem de pagamento emitida pela entidade referente à dívida do clube com o Al Wahda, pelo empréstimo do volante Denílson.
 
Inerte, a diretoria liderada por Sérgio Santos Rodrigues acumulou erros cruciais na campanha. Atualmente, o Cruzeiro deve dois meses e meio de salários aos jogadores, além do pagamento do 13º. Em rota de choque com os cartolas na briga pelos direitos, os atletas optaram por não se concentrar antes da derrota para o Oeste. Apoiando o elenco, o técnico Luiz Felipe Scolari também não fala a mesma língua da diretoria. Contratado sob promessas de um projeto sólido, o experiente treinador viu uma realidade diferente. “O problema do Cruzeiro é mais sério do que eu imaginava quando cheguei”, constatou.
 
Por parte dos dirigentes celestes, não há nenhum sinal de prazo para resolução das questões. Para piorar, nos bastidores, as sentenças exigindo pagamentos de dívidas se acumulam. Em 2020, duas condenações chegaram a proibir o clube de registrar contratos de novos jogadores. A última delas, nesta semana, chega a R$ 2,4 milhões. Por débitos de FGTS, a União exigiu, ainda, a quitação de R$ 8 milhões até segunda-feira, sob o risco de penhora de bens. Devendo cerca de R$ 1 bilhão, o clube tornou-se o maior devedor do país e corre o risco de ter ainda mais problemas na próxima temporada.
 
“O momento é difícil, os jogadores que estão aqui são heróis. É muito difícil mesmo. As pessoas não sabem 10% do que está acontecendo. Vamos seguir lutando até o fim. Na hora certa, vocês vão saber”
 
Rafael Sóbis, atacante do Cruzeiro

 


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