A derrota do Bragantino fez o Flamengo entrar em campo com a consciência de que, caso vencesse o Grêmio no Sul, chegaria à segunda colocação e, a seis pontos do Botafogo, jogaria a pressão para cima do rival. Mas o que aconteceu foi o oposto. Com um apagão na segunda etapa, o rubro-negro sofreu três gols em dez minutos, foi derrotado por 3 a 2 e caiu para o quarto lugar.
Já o Grêmio, que vinha de jejum de quatro jogos sem vencer, voltou ao G6 com 47 pontos.
Mas aos poucos Renato Gaucho conseguiu fazer com que o Grêmio melhorasse. Com um esquema de três zagueiros, o treinador deixava um fixo e outro na sobra de Pedro, e permitia que outro, geralmente Bruno Alves, subisse para apertar os meias. A estratégia até funcionou, mas a falta de poder ofensivo limitou o tricolor.
Com o jogo truncado, o Flamengo conseguiu chegar ao gol em contra-ataque. Cebolinha recebeu aberto pela esquerda, levou a melhor em duelo com Geromel e, com um pouco de sorte após bote de Villasanti, deu lindo corte em Grando e Kannemann e abriu o placar.
Mas o que parecia tranquilo ser um jogo tranquilo para o Flamengo se tornou uma enorme dificuldade com as alterações feitas pelos dois treinadores. Logo no intervalo, Tite sacou Pulgar para entrar com Éverton Ribeiro, e depois colocou Bruno Henrique e Gabigol em campo. Já Renato Gaúcho desfez o esquema de três zagueiros e colocou os jovens Ferreirinha, André e Nathan.
Em uma de suas primeiras jogadas em campo, Bruno Henrique errou passe no meio e deu nos pés de Villasanti. O meia tocou para Ferreirinha que, após tabelar com o paraguaio, saiu cara a cara com Rossi para empatar a partida.
Já no fim, Luiz Araújo diminuiu e marcou o segundo do Flamengo de cabeça, mas já não havia tempo para mais nada. O rubro-negro sofreu a primeira derrota sob o comando de Tite.