Corinthians segura empate com São Paulo e mantém tabu em jogo com arbitragem polêmica
Foto: Alex Silva/ Estadão
Por Marcos Antomil
14/05/2023 | 18h03Atualização: 14/05/2023 | 19h47
Partida na Neo Química Arena pelo Brasileirão também ficou marcada por cantos homofóbicos que interromperam o clássico por alguns minutos
Corinthians conseguiu segurar o ímpeto do São Paulo neste domingo e manteve o tabu de nunca haver perdido para o rival na Neo Química Arena. Pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro, o placar ficou empatado em 1 a 1 em um jogo marcado por decisões polêmicas da arbitragem e a interrupção da partida por alguns minutos por causa de cantos homofóbicos.
Com o resultado chega a três jogos sem vencer em seus domínios e deixa a torcida preocupada pelo baixo desempenho. O time soma o quinto ponto no Brasileirão e segue na luta contra a zona de rebaixamento. Já o São Paulo chega a nove pontos e perde a chance de encostar nos líderes.
Para um time em crise, especialmente no futebol brasileiro, um clássico pode ser um divisor de águas para o bem ou para o mal. Apesar de jogar diante de seus torcedores, o Corinthians começou o duelo com o São Paulo da pior forma possível. Logo aos 14 minutos, Michel Araújo abriu o placar em bela jogada de transição, com passes de pé em pé até chegar na área para o uruguaio finalizar e inaugurar o marcador. Calleri também deixou o seu no primeiro tempo, mas o gol foi anulado por falta em Fagner, causando protesto dos jogadores são-paulinos.
Pressionado e saindo atrás no placar pelo quinto jogo consecutivo, o Corinthians não conseguia se encontrar em campo. O jogo ficou travado fisicamente com disputas mais físicas levando a arbitragem a distribuir cartões. Na bola parada, o lado alvinegro tentava se aproximar da meta rival, tendo Gil como alvo para os cabeceios.
Nos acréscimos, alívio para os donos da casa. Wesley desafiou Rafinha na grande área, foi levemente empurrado e a arbitragem assinalou pênalti, bastante contestado pelo time do São Paulo. Na cobrança, Róger Guedes balançou as redes e deixou tudo igual. Autor do gol tricolor, Michel Araújo saiu de campo na etapa inicial com fortes críticas à arbitragem e disse que o Corinthians estava atuando com 12 jogadores.
Róger Guedes comemora gol de empate do Corinthians em Itaquera. Foto: Alex Silva/ Estadão
No segundo tempo, o jogo caiu de intensidade, ficou mais equilibrado e as chances de gol se tornaram mais escassas. Ao longo do clássico, repetidas vezes foram ouvidos cantos homofóbicos vindos da torcida alvinegra. A insistência fez o árbitro paralisar o jogo por poucos minutos e um aviso foi colocado no telão do estádio pedindo o fim dos cantos discriminatórios. O volume das ofensas aumentou, mas o duelo foi retomado mesmo assim.
Depois dos 30 minutos, o São Paulo conseguiu se impor mais no clássico e fez o Corinthians recuar. Os visitantes exploravam a posse de bola como mecanismo para se recolocar na dianteira, mas a falta de velocidade atrapalhava a definição das jogadas. Luxemburgo, promoveu alterações e deu oportunidade aos jovens do elenco para tentar dar nova energia ao time. Adson chegou perto de fazer o gol da vitória, mas a igualdade persistiu no placar. Ao final, a torcida corintiana repetiu protesto contra o presidente Duílio Monteiro Alves.
No meio de semana, os rivais têm compromissos pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Na quarta-feira, às 20h, o São Paulo entra em campo na Ilha do Retiro para enfrentar o Sport. Mais tarde, às 21h30, o Corinthians pega o Atlético-MG, no Mineirão.
CORINTHIANS x SÃO PAULO - FICHA TÉCNICA