Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quarta, 24 de julho de 2019

BOLSONARO: SOMOS TODOS PARAÍBA - PRECONCEITO À DECLARAÇÃO DE AMOR

 


Do preconceito à declaração de amor
 
Em evento na Bahia, Jair Bolsonaro diz amar o Nordeste, região à qual se referiu pejorativamente como "paraíba", na semana passada. Presidente critica "xiitas ambientais"

 

» RODOLFO COSTA
» INGRID SOARES
» BEATRIZ ROSCOE*

Publicação: 24/07/2019 04:00

O presidente usou chapéu de vaqueiro e se disse um %u201Ccabra da peste%u201D  (Alan Santos/PR)  

O presidente usou chapéu de vaqueiro e se disse um – Sou um cabra da peste –

 



O presidente Jair Bolsonaro fez afagos ao Nordeste, ontem, e voltou a criticar os “xiitas ambientais”. As declarações foram dadas na cerimônia de inauguração do Aeroporto Glauber Rocha, em Vitória da Conquista, na Bahia. A radicalização em algumas falas e gestos de agrado em outras têm dado o tom das manifestações do chefe do Planalto em solenidades e em declarações à imprensa.

Depois de chamar os governadores nordestinos de “paraíba”, o que causou polêmica na sexta-feira, Bolsonaro procurou, ontem, “pedir desculpas”. Do jeito dele, se retratou declarando “amor” ao Nordeste e emendou com a frase: “Somos todos ‘paraíbas’”. Antes, porém, criticou o governador da Bahia, Rui Costa (PT), em postagem no Twitter, sustentando que o petista não autorizou a presença da Polícia Militar para fazer a segurança no evento. “Pior ainda, passou a responsabilidade de tal negativa ao seu comandante geral”, declarou.

Em resposta, Rui Costa provocou o presidente, insinuando que “quem é impopular e tem medo de ir às ruas, fica em seu gabinete”. “Se o evento é exclusivamente federal, as forças federais cuidem da segurança do presidente. Eu não posso colocar a PM para entrar em conflito com as pessoas que querem ver o aeroporto. (...) Quem é governante tem de enfrentar aplausos, beijos, selfies, mas, também, tem de ter o ônus de, às vezes, enfrentar protestos”, declarou, em entrevista à Rádio Metrópole. Rui Costa não compareceu à cerimônia no aeroporto.

No evento, Bolsonaro se declarou à região. “Eu amo o Nordeste. Afinal de contas, a minha filha tem em suas veias sangue de ‘cabra da peste’. ‘Cabra da peste’ de Crateús, o nosso estado aqui, mais pra cima, o nosso Ceará”, ressaltou.

O chefe do Planalto pregou união. “Não estou em Vitória da Conquista, não estou na Bahia nem no Nordeste. Estou no Brasil. Não há divisão entre nós: (divisão por) sexo, raça, cor, religião ou região. Somos um só povo com um só objetivo: colocar este grande país em um lugar de destaque que merece”, destacou. Ao fim do discurso, colocou um chapéu de vaqueiro. “Somos todos ‘paraíba’, somos todos baianos”, emendou.

Meio ambiente

No discurso, Bolsonaro também criticou “xiitas ambientais” e disse ter “repulsa por quem não é brasileiro”, ao comentar a intenção de revogar a proteção ambiental da Estação Ecológica de Tamoios, no litoral do Rio de Janeiro. “Eu tenho um sonho. Quero transformar a Baía de Angra (dos Reis) numa Cancún. Cancún fatura US$ 12 bilhões anuais. E a Baía de Angra fatura o quê? Quase zero, por causa dos xiitas ambientais, esses que fazem uma campanha enorme contra o Brasil lá fora”, afirmou.

Para Gustavo Baptista, professor de sensoriamento remoto do Instituto de Geociências da UnB, abrir uma perspectiva como essa é “dar um tiro no pé”. “A exploração do Brasil se iniciou pelo litoral, então já houve muita degradação. É uma área vulnerável, principalmente devido aos riscos que o interesse do setor mobiliário apresenta às questões ambientais”, disse. “Uma estação ecológica é definida porque tem uma preocupação importante na preservação das espécies que ali residem. Toda unidade de uso restrito tem por trás um estudo que chancela essa criação.”

*Estagiária sob supervisão de Cida Barbosa
 
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