Coluna do Estadão
02 Janeiro 2019 | 05h00
O presidente Jair Bolsonaro vai rever o ato de seu antecessor, Michel Temer, que nomeou no último dia do seu governo o ex-ministro Carlos Marun para o conselho da Itaipu Binacional, com mandato até 2020. Ontem pela manhã, antes de tomar posse, Bolsonaro disse a interlocutores que não gostou da atitude de Temer, tomada no apagar das luzes e que contraria sua decisão de nomear técnicos também no segundo escalão. O cargo garantiria a Marun, articulador político de Temer, salário de R$ 27 mil para participar de reuniões bimestrais.
Plano B. Marun foi avisado de que sua nomeação deve ser anulada. Se isso acontecer, ele volta à Câmara dos Deputados para cumprir seu mandato até o próximo dia 31, quando acaba a legislatura. O ex-ministro não tentou a reeleição.
Trocando figurinhas. Apesar de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ter dado carona para outros políticos no avião da FAB, Wilson Witzel e o juiz Marcelo Bretas, da Lava Jato, vieram conversando mais reservadamente durante a viagem.
Popstar. Dos 22 ministros de Bolsonaro que ontem tomaram posse coletiva, três foram os mais aplaudidos: Sérgio Moro (Justiça), general Heleno (GSI) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).
A guerra… Populares que acompanharam a posse de Bolsonaro receberam um folheto assinado por uma entidade denominada Movimento Unidos pelo Brasil com recomendação para seus aliados vigiem a oposição. Um número de grupo de WhatsApp foi divulgado.
…continua. “Os eleitores de Bolsonaro permanecerão fiéis? Saberão se organizar para apoiá-lo contra truques sujos daqueles que não querem sair do poder? É preciso que cada um em seus Estados vigie seus deputados e senadores”, diz o folheto do movimento.