RIO — Diante da reação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) às declarações do deputado Eduardo Bolsonaro(PSL-SP), que falou, em vídeo, sobre a possibilidade de fechar a Corte, o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro , disse ontem que o filho reconheceu o erro. Ao Jornal Nacional , Bolsonaro se desculpou pelo episódio.
— Isso ocorreu há quatro meses, eu não tinha conhecimento. Ele diz que respondeu a uma pergunta sem pé nem cabeça, até houve a palavra brincadeira no meio daquilo. Conversei com ele, ele reconheceu o seu erro, pediu desculpas. Eu também, em nome dele, peço desculpas ao Poder Judiciário. Não foi a intenção dele atacar quem quer que seja. E eu espero que, como todos nós podemos errar, que os nossos irmãos do Poder Judiciário deem por encerrada essa questão. — disse, pedindo que a Justiça dê por “encerrada a questão”.
Bolsonaro também enviou uma carta ao decano do tribunal, ministro Celso de Mello, para tentar desfazer o mal-estar. No documento, ele afirma que o Supremo “é o guardião da Constituição e todos temos de prestigiar a Corte”. A carta do presidenciável tenta contornar o clima criado depois que o filho dele afirmou que, “para fechar o Supremo”, bastaria “um soldado em um cabo”. A fala, gravada em julho, foi classificada por Mello de “inconsequente e golpista”.
Mais cedo, Bolsonaro disse, em entrevista ao SBT, que já havia conversado com o seu filho.
— Eu já adverti o garoto, o meu filho, a responsabilidade é dele — disse.