Tânia Monteiro, Fabiana Cambricoli e Pablo Pereira, O Estado de S.Paulo
12 Setembro 2018 | 22h42
Atualizado 13 Setembro 2018 | 01h02
O candidato do PSL à Presidência, deputado Jair Bolsonaro, foi submetido na noite desta quarta-feira, 12, a uma cirurgia de emergência. A nova intervenção durou pouco mais de uma hora e terminou por volta das 23h40. Segundo médicos, o procedimento foi bem-sucedido e um novo boletim será divulgado nesta quinta-feira, às 10.
De acordo com boletim médico divulgado às 23h da quarta-feira pelo Hospital Albert Einstein, onde Bolsonaro está internado desde a última sexta-feira, a cirurgia foi feita após o presidenciável apresentar um quadro de distensão (inchaço) abdominal progressiva e náuseas ao longo do dia.
Com o aparecimento desses sintomas, os médicos decidiram realizar no início da noite desta quarta-feira uma tomografia de abdome, que evidenciou a presença de aderência obstruindo o intestino delgado e a necessidade da cirurgia. A equipe que cuida do presidenciável é chefiada pelo médico Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo.
“A cirurgia correu bem, graças a Deus, dentro do previsto. Antes, eu perguntei ao médico quanto tempo duraria mais ou menos. Ele disse que não seria muito demorado, que deveria ser em torno de duas horas, mas acabou antes disso. Foi mais ou menos uma hora de cirurgia, talvez um pouco mais. Graças a Deus correu tudo bem”, afirmou o presidente em exercício do PSL, Gustavo Bebianno, na porta do hospital. Segundo ele, Bolsonaro começou a se queixar de incômodo anteontem e, ontem, “passou o dia muito mal”.
“O maior receio nosso era a anestesia. Agora, ele retorna para o CTI porque foi um novo procedimento cirúrgico, uma nova incisão, abriram novamente o abdome dele e, de novo, a recuperação da anestesia geral é sempre complicada”, acrescentou ele.
Em mensagem publicada nas redes sociais às 23h10, Flávio Bolsonaro, filho do candidato do PSL, pediu orações e escreveu que o estado de saúde do pai “ainda é grave”. Ele voltou a escrever a 0h30; “A cirurgia de emergência acabou bem, graças a Deus!. Meu pai está pagando um preço muito alto por querer resgatar o Brasil, está literalmente dando seu sangue”.
No boletim que havia sido divulgado pela manhã, os médicos informaram a suspensão da alimentação oral por causa do surgimento da distensão abdominal. Esse inchaço no abdômen teria rompido três pontos.
Durante campanha na quinta-feira passada no centro de Juiz de Fora (MG), Bolsonaro foi esfaqueado pelo pedreiro Adelio Bispo de Oliveira e precisou ser operado na Santa Casa da cidade. No dia seguinte, ele foi transferido para o Albert Einstein, em São Paulo. A previsão inicial é que Bolsonaro só deverá retomar suas atividades no final deste mês, o que o tira de qualquer agenda de campanha de rua neste primeiro turno das eleições.