Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)
Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.
O Globo segunda, 24 de maio de 2021
BOB DYLAN: PASSAGENS DO ASTRO PELO BRASIL INSPIRAM SÉRIE DE PINTURAS
Passagens de Bob Dylan pelo Brasil inspiraram série de pinturas
Compositor, que completa 80 anos dia 24, disse que retratou Brasil em suas pinturas porque gostava da 'atmosfera' do país
O Globo
24/05/2021 - 04:30
RIO - Criadas a partir do Statens Museum for Kunst, principal museu da Dinamarca, entre 2009 e 2010, a sequências de telas em acrílicos da "The Brazil Series" são um testemunho da relação de Bob Dylan com o Brasil. O cantor, compositor e escritor, que completa 80 anos nesta segunda, 24, conhece relativamente bem o país. Ao longo da carreira, já tocou em cidades como Rio, São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte. "Escolhi o Brasil como tema porque estive lá mais de uma vez e gosto da atmosfera", afirmou Dylan, em nota do museu.Bob Dylan se mantém eterno, assim como suas músicas
E, pelas pinturas que remetem a cenas cotidianas, sabemos que pelo menos uma coisa o marcou nesta atmosfera: as favelas. Elas aparecem em diversas telas da exposição, transformada em um livro ainda inédito por aqui. Sabe-se que Dylan costuma pintar durante suas turnês — ele também já pintou uma Asian Series, dedicadas as suas impressões dos países asiaticos.
Mas, de acordo com o curador da The Brazil Series, as obras da sequência teriam sido pintadas na própria casa do artista, nos EUA. Talvez Dylan tenha usado suas memórias do país. Talvez tenha usado fotografias como modelo. O fato é que as obras não agradaram muito os críticos da Dinamarca, que chegaram a chamá-las de "amadoras".
DYLAN EM DECISÕES JUDICIAIS
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'Subterranean homesick blues'
As cortes muitas vezes deixam de lado o testemunho de especialistas quando o assunto é de conhecimento comum. Tanto a corte estadual quanto a federal na Califórnia citaram Dylan para explicar isso: “You don’t need a weatherman to know which way the wind blows.”
Fraude contra consumidores
Em vez apresentar qualquer documentação para apoiar sua argumentação, como provar que seus veículos estavam em outro lugar naquele momento, o réu prefere usar o apelo "It ain't me, Babe".
Discriminação sexual
O Ato de Direitos Civis de 1964 foi o ponto final em décadas de debates e manobras políticas sobre várias propostas. Foi nessa época que Dylan alertou, “Come senators, congressmen, please heed the call. Don’t stand in the doorway, don’t block up the hall.”
Direito administrativo
Demandantes não podem alegar um prejuízo para os seus interesses de visualização de ursos se eles não acreditam haver ursos na área. “If you’ve got nothing, you’ve got nothing to lose.” B. Dylan, “Like a Rolling Stone,” on “Highway 61 Revisited” (Columbia Records, 1965).
Antitruste
A seguinte letra, que coloca o status de um indíviduo no universo em contexto, pode ser facilmente aplicada ao universo legal: “You may be a state trooper, you might be a young Turk/You may be the head of some big TV network/But you’re gonna have to serve somebody.”
Segundo um jornalista dinamarquês, Dylan expôs o Statens Museum for Kunst não pela qualidade de seus quadros e sim por ser um músico famoso. Outro jornal criticou o museu por "colocar os ganhos financeiros à frente da avaliação artística".
Ainda no assunto "atmosfera", Dylan parece ter se interessado também pelo carnaval do Rio, como demonstra uma de suas telas. Por sinal, o cantor e compositor chegou a fazer uma jam session com percussionistas cariocas.
UMA CANÇÃO DE BOB DYLAN POR DÉCADA, PARA EXPLICAR O NOBEL
Like a rolling stone
A canção que transformou o cantor folk Bob Dylan em um astro de rock. Mais que um sucesso pop, tornou-se o hino de uma geração que começava a se libertar das amarras da sociedade. Em 1995, 30 anos depois de ser lançada, foi gravada pelos Rolling Stones (que não têm nenhuma relação com a letra).
Tangled up in blue
Canção cubista que Dylan lançou no disco "Blood on the tracks", de 1975. O jornal "The Telegraph" a definiu certa vez como "a letra mais deslumbrante já escrita, uma narrativa abstrata de relacionamentos feita em uma mistura amorfa de primeira e terceira pessoa, juntando passado, presente e futuro".
Jokerman
De volta ao mundo secular depois de uma conversão ao Cristianismo, Bob Dylan gravou em 1983 o álbum "Infidels", com produção de Mark Knopfler, discípulo seu e guitarrista dos Dire Straits. "Jokerman" é uma das grandes canções políticas de Dylan, mirando os populistas que engambelam a população.
Love sick
Música do disco "Time out of mind" (1997), considerado a volta de Bob Dylan aos bons tempos depois de uma conturbada década de 80, "Love sick" foi escolhida pelo artista como o número a ser apresentado na festa de Grammy de 1998. Um pedaço sombrio da personalidade de Dylan, então já bem na entrada dos tempos da velhice.
Mississippi
Canção que Bob Dylan fez nas sessões de "Time out of mind", mas só gravou depois, em 2001, no disco "Love and theft". A revista "Rolling Stone" a elegeu a 17ª melhor música da década e a descreveu como "uma canção de amor que parece resumir toda a carreira de Dylan, e um clássico que está pau a pau com 'Tangled up in blue'".
Duquesne whistle
Tá certo que, nos anos 2010, Bob Dylan lançou apenas um álbum de inéditas, "Tempest", em 2012. Mas esse aceno ao saudosismo (fala de um velho serviço de trens), meio rockabilly, que abriu os trabalhos do disco tem lá seu valor. "Ouça o apito do Duquesne / soando como se fosse varrer o meu mundo pra longe", canta ele.
A história foi revelada em 2020 pelo escritor Arthur Muhlenberg em uma rede social. Em 1990, Dylan estava no Rio para tocar no Hollywood Rock e aproveitou para passear pelas ruas de Copacabana. Em uma das noites, foi abordado por uma roda de pagodeiros que tocavam para turistas e ficou fascinado pela música, especialmente pela percussão. Tanto que pediu para que Muhlenberg e a jornalista Kattherine Hilliard, que conheceu por acaso em um inferninho carioca, para que arranjasse um jam session com percussionistas locais. A sessão acabou acontecendo no estúdio do músico Chico Batera, mas de forma totalmente secreta. A gravação da fita ficou com Dylan e os empresários e até hoje nunca foi divulgada para o público.