Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Cícero Tavares - Crônicas e Comentários quarta, 27 de março de 2024

BENÍCIO BEM, FORÇA QUE VEM DA ARTE (CRÔNICA DO COLUNISTA CÍCERO TAVARES)

 

BENÍCIO BEM, FORÇA QUE VEM DA ARTE

Dedicado ao talentoso humorista João Cláudio Moreno

 

A arte abre novos caminhos e novas oportunidades, transformando o indivíduo de dentro para fora e mostra que, independente de quem seja, estamos repletos de dons e talentos que só estão esperando aquela oportunidade para se mostrarem para o mundo.

Benício Bem é um desses artistas repletos de dons e tons musicais, que a natureza contemplou com dádivas, e que, de quando em vez, transforma tudo que é belo em arte, a expressão da subjetividade humana. Pode ser na música, na pintura, na literatura, no teatro, na dança, no desenho, nos adereços, porque a arte é democrática, requer só talento para ser clarividente. Todo mundo pode participar, não importa a idade, o gênero, a crença, a etnia. É o lugar onde artistas profissionais e amadores interagem na mesma freqüência.

De cara, uma das músicas do cantor e compositor piripiriense, Benício Bem, dentre as centena que já compôs, é, sem dúvida alguma pulsante, titulada por ele de “Geladeira” e que ele interpreta com toda a força da paixão que dilacera o coração apaixonado, mas não o prende, nem o fez jogar-se na sarjeta da solidão. Ao contrário, transforma-o no ser talentoso de Poção, resistente ao abandono amoroso. “Sinto saudade, mas eu não te quero mais porque o prazer não é melhor do que a paz,” – canta Benício sem sofrência.

Em entrevista ao apresentador Sandro Abrantes, do programa “Bom Gosto”, da TV Assembleia do Piauí, anos atrás, e o DOIS7MEIA, Benício Bem conta sua trajetória musical: Início, influência, inspiração. Bem mostra que a arte tem o poder de transformar vidas. Ela traz sensibilidade, resiliência e acalento à vida de muita gente que dela precisa, que sofre e que vê nela a verdadeira forma de alívio para as dores do cotidiano.

“Geladeira” já nasceu um clássico da sofrência. Adelino Moreira assinava em baixo. É a mistura da dor de cotovelo, do amor não correspondido, do prazer e da resistência, que ele não se deixou se abater pelo abandono. Ao contrário, deu a volta por cima, sacudiu a poeira e transformou a solidão numa festa de confete e serpentina para o coração abandonado.

Benício Bem prova, através de suas composições inteligentes, inventivas, sobretudo “Geladeira”, que a arte permite que as emoções e os sentimentos venham à tona, sendo este o seu papel na formação da sociedade: dar o sustento que ela necessita, ao garantir que a vida tenha significado.


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