“Sem comando, falta rumo ao Executivo, enquanto ministros vão batendo cabeças”, escreveu o Estadão de domingo. Esquisito, não? Parece que ministros têm mais de uma cabeça. O mesmo estranhamento se observa quando o noticiário diz que “10 garotos perderam as vidas no incêndio do alojamento do Flamengo”. Nós só temos uma cabeça. Só temos uma vida. Por isso, o singular pede passagem: Sem comando, falta rumo ao Executivo, enquanto ministros vão batendo cabeça. Dez garotos perderam a vida no incêndio do alojamento do Flamengo.
A história muda de enredo quando nos referimos a partes do corpo que aparecem em dose dupla: O menino levantou a mão. O menino levantou as mãos. Os meninos levantaram a mão (cada um levantou apenas uma). Os meninos levantaram as mãos. O jogador mexeu o pé. O jogador mexeu os pés. Os jogadores mexeram o pé (cada um mexeu um pé). Os jogadores mexeram os pés.