RIO — Nesta época do ano é sempre assim: o Rio passa dos 40 graus. Portanto, nada melhor do que um drinque geladinho para refrescar. A pedido do GLOBO-Zona Sul, bartenders e mixologistas revelam suas apostas para a coquetelaria durante a estação mais quente do ano.
— Nosso país tem muitos biomas e todo tipo de fruta, precisamos aproveitar. Essa diversidade nos proporciona uma variação incrível de sabores com a mesma base alcoólica — afirma Mesquita, que deu mais de 400 treinamentos este ano sobre como usar a cachaça em coquetéis.
William Barão aponta a coquetelaria Tiki como a queridinha do momento. De influência polinésia, o estilo é frutado, aromático, leva especiarias e muito gelo. Tem apresentação divertida e sabores latinos. Pode ser de cachaça ou rum e conter xaropes artesanais mais cítricos. Sua carta no Beef Bar está repleta destas opções, como o Bem Zen, com rum envelhecido, licor de cereja, cítricos, ginger e Ale artesanal.
Igor Renovato e a equipe do Garoa Bar apostaram em um cardápio interativo em formato de leque, que os clientes podem levar para amenizar o calor. Eles criaram quatro opções, que levam rum, cachaça ou vodca. Para o Be+Co, em Botafogo, Renovato optou por combinações cítricas nas quais o gim nacional é o protagonista.
O consultor Renato Tavares, responsável pela carta da Churrascaria Palace, garante que os simple mix gaseificados também vão bombar. São drinques mais simples, com dois ou três ingredientes. Assim como Mesquita, ele também aposta no rum. As duas opções são fáceis de beber e combinam bem com o fim de tarde nos quiosques da orla. A simplicidade da execução é o ponto alto para os estabelecimentos com pouco espaço e muitos pedidos.
— Como em quase tudo, a coquetelaria também se volta para o passado, e drinques clássicos, como Aperol Sprotz, Moscow Mule e gim tônica reaparecem fortes. Aliás, o gengibre sai do Moscow Mule e vai para muitos coquetéis. Também aposto no limão e na mistura de mate com maracujá — resume Tavares.