BARÃO DO RIO BRANCO
Crispiniano Neto
01
Peço inspiração poética
Às musas do mundo inteiro
Para falar de um grande
Diplomata brasileiro,
Bamba da Geografia
Que foi da diplomacia
Brasileira, o pioneiro!
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Seu valor excede em muito
Mina, terra, indústria e banco:
José Maria da Silva
Paranhos Júnior, homem franco
Que brincou, lutou e amou
E a História o transformou
Em Barão do Rio Branco!
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O Barão foi desses homens
Que a Natureza compôs,
Mas depois quebrou a fôrma
E o projeto não expôs...
Foi um daqueles gigantes
Que igual não houve antes;
Maior não terá depois.
04
O barão foi nosso craque
No gramado diplomático,
Foi o papa do acordo,
Foi estrategista e tático,
Negociador histórico,
Um pragmático teórico
Com um genial senso prático!
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Nasceu no Rio de Janeiro
Quarenta e cinco era o ano;
O século era o dezenove
Vinte de abril, sem engano,
O seu pai era o Visconde,
Outro nome que responde
Como grande veterano!
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Visconde do Rio Branco,
José Paranhos, seu pai
Foi Ministro da Marinha,
Diplomata no Uruguai,
Primeiro ministro honrado,
Diplomata e magistrado
Para a paz com o Paraguai!
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Seu pai também demonstrou
Ser da História, um dos bravos,
Com a Lei do Ventre Livre
Que promulgou contra os travos
Da escravidão infeliz.
Depois dele, no País...
Não nasciam mais escravos!
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Sua mãe era Tereza,
De Figueiredo Faria
Mulher de grande estatura,
Que com luz lhe educaria
Pra que ele pudesse ser
Um dos bambas do poder
Que por certo exerceria!
09
Assim cresceu o menino
Sob os cuidados dos pais
Fez no Dom Pedro Segundo,
Estudos colegiais
E prosseguiu no estudo
Procurando saber tudo
E lendo pra saber mais!
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Teve uma infância feliz
Tendo oito irmãos ao lado,
Brincando em praias e parques
E em clube conceituado,
Bibliotecas e templos
Sempre seguindo os exemplos
Do pai, Visconde afamado!
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O Barão, na juventude,
Ganhou fama de boêmio
Era um típico carioca
Que amava o bar e o grêmio
Mesmo com todo o respeito
Um rasgo de preconceito
Ele ganhou como “prêmio”
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Porém não se descuidava
De aprender com o pai.
Nas lições sobre o Brasil
Bem cedo se sobressai
E ajuda o velho Visconde
Que nos acordos responde
Pela paz com o Paraguai.
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Por estes tempos partiu
Para em São Paulo estudar
No Largo de São Francisco
Fez o seu vestibular
Mostrando o próprio cacife
E depois foi pra Recife
Pra enfim se bacharelar!
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Nestes tempos começou
Uma carreira exemplar
De escritor e jornalista
Passando a biografar
O Comandante feliz
Do Navio Imperatriz,
Na “Revista Popular”.
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Prosseguindo na imprensa
Logo ao desenho se lança.
Na Revista “Ilustração”
Que circulava na França
Fez um relato fiel
Ao descrever a cruel
Guerra da Tríplice Aliança.
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Depois que voltou formado
Foi ensinar muito cedo,
Corografia e História
Das quais sabia o segredo...
Colégio Pedro Segundo.
Lá, sucedeu ao profundo
Joaquim Manuel de Macedo.
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Deixou logo o magistério
Partiu pra o interior
Foi exercer o Direito
Demonstrando seu valor
Pra Nova Friburgo ia
Exercer com maestria
O cargo de Promotor!
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Mas não se sentia bem
Distante da capital.
O pai usou do prestígio
E num pleito eleitoral
Conseguiu fazer do moço
Pelo Estado Mato Grosso,
Deputado federal.
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No jornalismo seguiu
Demonstrando vocação
Além de escrever artigos
De grande repercussão,
Por conquistar o leitor,
Transformou-se em Redator
Do Periódico “A Nação”.
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Porém, nem tudo eram flores
Na vida de Rio Branco,
Devido ao jeitão largado
Boêmio, liberto e franco,
Melindrou dogmas e teses
E sofreu alguns revezes
Topando tranco e barranco.
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A filha de um figurão
Por ele se apaixonou.
Com ele quis se casar
Mas ele não aceitou.
Enfrentou muita dureza
Porque fora da nobreza
Seu coração se entregou!
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Apaixonou-se por uma
Bailarina de beleza.
“Marrí Filomêne Stêvens”,
Contrariando a nobreza.
Deixou a nobre na mão
E entregou o coração
Pra belga com mais firmeza!
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E como se não bastasse
Desagradar a elite,
Inda fez mais uma coisa
Que a época não admite.
A paquera engravidou
E o escândalo se instalou
Rompendo todo limite!
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O visconde lhe impôs
Que a bailarina e atriz
Fosse embarcada à Europa
Pra ter o filho em Paris
Por isto o nobre rapaz
Perdeu a pompa e a paz
Vivendo muito infeliz.
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Na França, “Marrí” chegou,
Logo deu à luz um filho.
Mas o futuro barão
Aqui vivia sem brilho,
Lutou, pediu, padeceu,
Morar no mundo europeu
Era seu único estribilho.
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Foi assim que conseguiu
Emprego noutro país,
Instalou-se em Liverpool
Como cônsul... Mas se diz
Que tendo oportunidade
Escapava da cidade
Pra ver “Marrí” em Paris.
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Nasceram mais quatro filhos
Desta paixão forte e pura.
Durante esta fase opaca
Ao nosso Brasil procura
Estudar profundamente
E vai penetrando habilmente
Nos bons círculos de cultura.
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Até que em 83
Surge de forma sutil
Uma oportunidade
De mostrar seu varonil
Talento, saber e astúcia
Quando é mandado pra Rússia
Representando o Brasil.
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Ali provou que era o homem
Certo no lugar certeiro.
Pois ao final da missão,
Da vida mudou o roteiro,
Abrindo um novo capítulo
Tendo recebido o título
De ilustre Conselheiro.
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Um câncer roubou-lhe o pai
Lhe causando comoção.
Mas um novo mundo abriu-se
Surgindo mais promoção
E no ano da Lei Áurea
Recebeu mais uma láurea
Se transformando em Barão.
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Foi ministro na Alemanha
No ano mil novecentos;
O seu nome foi crescendo
Apesar dos novos ventos
Da recém-vinda república
Sua ilustre vida pública
Conheceu novos momentos!
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Mesmo sendo um monarquista
Fiel ao imperador,
Ideologicamente
Tido por conservador
Não teve cortados planos
Porque os republicanos
Entenderam seu valor!
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Começou logo a assumir
Delicadíssimos serviços
Diplomáticos da República,
Em casos claros e omissos
Foi mostrando competências
Pra resolver as pendências
Dos conflitos fronteiriços.
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Primeiro, A Questão de Palmas,
Um conflito com Argentina
Que pretendia tomar
Meia Santa Catarina
E mais meio Paraná
E o Barão trouxe pra cá
Toda esta terra sulina!
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Para ganhar tanta terra
O competente barão
Provou com mapas e estudos
Que era nossa a região,
Usando, em vez de confetes,
A luz d’Usi Possidets,
De Alexandre de Gusmão!
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Pelo Usi Possidets
A posse de alguma área
Não se dava por tratado
Feito em linha imaginária
Mas por uso e ocupação,
Investimento e ação
Morada e luta diária.
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Esta vitória fantástica
Fez com que o Presidente
Que era Rodrigues Alves
O chamasse urgentemente
Pra comandar com valia
A nossa diplomacia
Pois o clima estava quente.
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Outra vitória maiúscula
Que o barão mostrou firmeza
Foi contra a potente França
Pois da Guiana Francesa
Ganhamos tudo que está
Sendo hoje o Amapá,
Parte da nossa riqueza!
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Mil novecentos e dois.
Sessenta mil brasileiros
Encontravam-se no Acre,
Como fortes seringueiros.
Eram chãos bolivianos
E ingleses e americanos
Queriam ser seus parceiros.
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Era um grupo poderoso,
Um sindicato de empresas
Claramente imperialistas,
Americanas e inglesas
Queriam nos dar insônia,
No coração da Amazônia
Enfiando as suas presas!
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O conflito engrossou tanto
Que o Barão mandar barrar
Os navios dos yanques
De em nosso rio passar
A Bolívia se agitou
Seis mil soldados mandou
Para nos ameaçar.
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Foi aí que o barão
Que sempre pregou a paz
Achou que aquela ameaça
Estava sendo demais
E também mandou seis mil
Militares do Brasil
Garantirem os seringais!
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Por fim chegou-se a um acordo,
Um negócio verdadeiro
O Tratado de Petrópolis
Pra o Acre ser brasileiro.
O Brasil também cedeu
E a Bolívia recebeu
Respeito, terra e dinheiro!
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E definiu as fronteiras
Do Peru com mais clareza;
Noutra negociação
Com a Guiana Francesa
E usando do seu prestígio
Definiu sem ter litígio
Com a Guiana holandesa.
12
45
E assim o nosso Brasil
Fincou marcos e bandeiras
900 mil quilômetros
Quadrados, dessas maneiras
Se encaixaram em nosso mapa
Findando assim a etapa
Das disputas de fronteiras.
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Graças ao grande Barão
Achamos nossos caminhos
Uma cerca sem arame
Seringueira, aguapés, pinhos
Respeito aos países manos...
Já são cento e trinta anos
Sem guerrear com os vizinhos.
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Com ele o Brasil ganhou
A atual dimensão,
Esse porte de gigante,
Esse jeitão bonachão
Que ao nosso mapa reveste
Com Norte, Sul, Leste e Oeste
Desenhando um coração!
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Onze vizinhos amigos,
Nada de expansionismo
A convivência pacífica,
O respeito com altruísmo,
O acerto ao momento certo
E um coração sempre aberto
Ao pan-americanismo!
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Ao chegar ao ministério
Não existia estrutura
Vinte e sete servidores
Sem maior envergadura
Verbas em pouca quantia
E uma diplomacia.
Tateando em fase escura!
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O Brasil que foi herdado
Pela Era do barão
Era pobre, endividado,
Voltado à exportação
Se ter um mercado interno,
Tendo por marcas do inferno
Latifúndio e escravidão.
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Oitenta e quatro por cento
Do povo era analfabeto,
Revoltas por toda parte,
País injusto, incompleto,
Resíduos coloniais
Império frágil, sem paz
E a República sem projeto!
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Ele, com força titânica
Se impôs pela consistência.
Fez do Itamaraty,
Reduto de inteligência,
Grande espaço cultural
Competente e triunfal...
Um centro de excelência.
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Rio Branco cresceu tanto
Em respeito e inteligência,
Em talento e honestidade,
Em vitórias e em decência
Que seu nome foi lembrado
Para ser candidatado
Ao cargo da presidência.
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Mesmo com a vitória certa
Ele não quis aceitar.
Preferiu ser chanceler
E a luta continuar
Tendo credibilidade
E a quase unanimidade
Com poucos a criticar.
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Foi de quatro presidentes
Ministro do Exterior:
Rodrigues Alves e Afonso
Pena, viram seu valor,
Com Fonseca e com Peçanha;
Tornou toda questão ganha
Fez o Brasil vencedor!
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Entre os intelectuais
Conquistou muitos amigos;
Para o Jornal do Brasil
Escreveu muitos artigos.
Foram tamanhos seus brios
Que recebeu elogios
Até de alguns inimigos.
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Foi membro da Academia
De Letras e do Instituto
Histórico e Geográfico,
Dando seu grande tributo,
Da modernidade a mecha
Pr’um Brasil que tinha a pecha
De caipira e matuto.
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Foram seus auxiliares
Escritores de mais fama
O grande Euclides da Cunha,
Mestre Domício da Gama,
Bilac, o parnasiano,
Rui Barbosa e Capistrano
De Abreu que a História aclama!
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Graça Aranha também foi
Um dos seus mais preferidos,
Machado de Assis, o gênio,
Amigo em todos sentidos,
Nabuco, grande orador,
Que foi seu embaixador
Para os Estados Unidos
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Quando ele se foi, deixou
Um país agigantado
Com as fronteiras definidas
Amigos pra todo lado
E uma cultura de paz
Que fez e que ainda faz
O Brasil mais respeitado!
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Um Brasil não agressivo
Arauto do pacifismo,
A geopolítica da paz,
Diálogo, acordo e civismo,
Doze nações irmanadas
E as raízes adubadas
Do Pan-americanismo.
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Hoje o nome do Barão
Destaca-se em toda parte:
Em rios, ruas, cidades,
Moeda, cédula, estandarte,
Livro, filme, distintivo,
Escola e clube esportivo,
Centros de cultura e arte.
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Morreu aos sessenta e seis
De idade, em alto astral,
Na sala onde trabalhava,
Na véspera do carnaval
Causando assim, de momento
Pelo seu encantamento
Comoção nacional!
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O BARÃO DO RIO BRANCO
Foi herói, foi líder, guia
Gigante da fala mansa
O PAI DA DIPLOMACIA...
Um exemplo de vitória,
Um construtor da história
Símbolo da cidadania!