Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão sábado, 18 de abril de 2020

ASTROS DA MÚSICA FAZEM MEGALIVES

 

Roberto Carlos faz live 'quebra tabus' no dia de seu aniversário

O primeiro artista da MPB a fazer uma transmissão caseria na era das superlives, cantor vai mostrar dez músicas em 45 minutos fora de sua temporada natalina

Julio Maria, O Estado de S.Paulo

17 de abril de 2020 | 16h43

Sinal definitivo dos tempos, Roberto Carlos, encorajado pela operação das superlives sertanejas das últimas semanas, vai fazer a sua. A primeira live produzida de um artista clássico da MPB será neste domingo (19), às 19h45, no dia em que ele chega aos 79 anos de idade. O show terá as duas primeiras músicas exibidas pela Globo, casa com a qual Roberto tem contrato desde 1974, quando foi ao ar seu primeiro especial de fim de ano, e, depois, seguirá pelo seu canal oficial no YouTube (YouTube.com/RobertoCarlosOficial) e pelo Globoplay. 

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Roberto, em show de 2012 Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

Será um raro momento em que Roberto terá um projeto de TV fora de sua tradicional temporada natalina. O show que está sendo pensado por ele e pelo maestro Eduardo Lages desde a última quarta (15) vai contar com cerca de dez músicas e caber, ao contrário das maratonas sertanejas com até cinco horas de duração, em 45 minutos. As músicas escolhidas, segundo pessoas de sua produção, podem trazer surpresas. Roberto cogitou escolher algumas que canta raramente em seus shows. Outra surpresa será vê-lo ao piano mais do que o comum para fazer o próprio acompanhamento. Mantendo uma distância segura dentro do estúdio, só estarão com ele Lages e seu tecladista Tutuca Borba.

Com o envolvimento da Globo no projeto, os cuidados para se evitar contaminações foram reforçados. Haverá poucas pessoas no estúdio, o mínimo para o programa ser feito, e o próprio cantor escreveu pedindo para que fãs não o procurem na porta de seu prédio. “Agradeço a compreensão, e reforço que isso é para o nosso bem.” O estúdio montado por ele fica em um endereço na Urca, no Rio, a 800 metros de seu prédio. Trata-se de um antigo convento que Roberto comprou e adaptou, erguendo o estúdio na área externa e mantendo sala, quarto, cozinha e outras dependências da construção antiga.

Roberto Carlos também não deve falar sobre arrecadações para ajudar o combate da pandemia, algo que se tornou uma bandeira nas grandes lives mundiais. A Globo talvez entre com a parte das arrecadações, mas o artista tem uma postura clara com relação a ajudar o próximo, como diz sua assessoria de imprensa. Ele destina grandes quantias por mês a pessoas físicas e coletivos assistenciais, mas pede para que jamais divulguem suas ações. Acredita que o bem deve ser feito anonimamente e sem interesses midiáticos.

O confinamento tem colocado cada vez mais artistas estabelecidos diante das câmeras de celular para shows virtuais, uma frente considerada há bem pouco tempo apenas recreativa e amadora. Uma roda então começa a girar em meio à estagnação mundial, com empresas começando a se especializar em lives, equipamentos específicos evoluindo (as gigantes dos celulares não devem estar dormindo neste momento), potenciais anunciantes se atrelando a nomes sobretudo de massa (cabe aos pequenos pensar em projetos como festivais, para atrai-los com mais facilidade) e até críticos, jornalistas ou não, se especializando em resenhar lives com retornos astronômicos de audiência. Ao mesmo tempo, vem o ônus. “E quem paga a conta?”, pergunta Paula Lavigne. 

Ao pensar em uma live ainda sem data para ser realizada, com Caetano Veloso e outros artistas do Procure Saber, do qual Roberto já fez para defender as restrições na publicação de biografias e depois saiu, Paula sabe que tudo o que dá certo não pode trazer só lucros. “Como devem ficar os direitos autorais?” Por ser algo tão novo, ninguém ainda pensou que, um dia, pode ser cobrado pelo Ecad (o escritório de arrecadação e distribuição desses direitos) por veicular músicas de terceiros mesmo dentro de suas salas. Antes das lives, essa prática era protegida e poupada da lei por ser de natureza doméstica. Mas, no momento em que até Roberto Carlos, em quarentena há pelo menos 20 anos, abre sua natureza doméstica para o mundo, o leão dos direitos autorais afia as garras.

Roberto sai na frente de uma geração que não dá sinais de boa vontade com as lives até aqui. Caetano vai fazer, mas algo apenas colaborativo, com outros artistas. Gil, Chico, Gal, Milton... Ainda nenhum se manifestou. Simone, que não chegava perto de redes sociais há poucos dias, se empolgou e fará agora, ao que tudo indica, uma live por semana. Depois da primeira no domingo passado, ela anunciou nesta sexta (17) a próxima para as 18h de domingo (19), usando o conceito do playback. E olha ele de volta aí, mais uma vez, graças a quem? Às lives.

 

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Paul, em show em Londres, 2013 Foto: Philip Brown/REUTERS

Live dos sonhos terá Rolling Stones


A maior live da história está prevista para este sábado, 18, a partir das 16h (Brasília). Chamada Festival One World: Together At Home (Um Mundo: Juntos em Casa), a live das lives teve mais uma confirmação na tarde desta sexta, 17: o grupo Rolling Stones. Os shows serão exibidos pela Globo, pelo Globoplay e pelo Multishow.

O nome de Lady Gaga aparece como curadora e uma das atrações do festival. Além dos Stones, que já garantiriam uma live poderosa se estivessem sozinhos, haverá ainda Paul McCartney, Elton John, Billie Eilish e seu irmão Finneas, Lizzo, Stevie Wonder, John Legend, Chris Martin (Coldplay), Eddie Vedder, Kacey Musgraves, J Balvin, Keith Urban, Alanis Morissette, Lang Lang e Andrea Bocelli, Billie Joe Armstrong (Green Day), Burna Boy e Maluma.

Os músicos vão fazer as apresentações direto de suas casas, seguindo a orientação da entidade criadora, a ONG Global Citizen, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Gaga entrou para usar seus contatos no meio e armar uma gig estelar. Os apresentadores serão o ator Jimmy Fallon, Jimmy Kimmel e Stephen Colbert. Os shows serão entrecortados por falas de especialistas da área da saúde, comediantes e outras personalidades.

“A Organização Mundial da Saúde está comprometida em derrotar a pandemia do coronavírus com medidas científicas e de saúde pública e apoiar os profissionais de saúde que estão na linha de frente em busca da resposta”, afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Podemos ter que nos separar fisicamente por um tempo”, ele diz, “mas ainda podemos nos unir virtualmente para desfrutar boa música.”


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