Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense segunda, 30 de dezembro de 2019

AS CORES DO RÉVEILLON

 

As cores do réveillon
 
Preparativos para a virada estão a mil, mas há quem se organize com antecedência para transmitir o que deseja para 2020 por meio da roupa escolhida para a festa. Especialistas explicam preferência pelo branco, e astrólogos dão dicas para começar o ano bem

 

SARAH PERES

Publicação: 30/12/2019 04:00

A servidora pública Tereza Araújo e a filha Alice Castro escolhem a roupa da virada pela simbologia das cores (Fotos: Ed Alves/CB/D.A Press


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A servidora pública Tereza Araújo e a filha Alice Castro escolhem a roupa da virada pela simbologia das cores


Astróloga Nidia Dias-Mendes indica cores e pedras para cada signo  
Astróloga Nidia Dias-Mendes indica cores e pedras para cada signo



A virada de ano serve, para muitos, como oportunidade de mudança. É momento de reflexão sobre as escolhas do passado e as que serão feitas para o futuro. Na Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Orixás, ou em festas pela capital federal, a cor mais comum é o branco, que simboliza paz e harmonia. Essa tradição surgiu por influência das religiões afro-brasileiras, como umbanda e candomblé. Mas há quem prefira tomar outro caminho e variar nas cores, casando os desejos de um novo ano com a simbologia de cada tonalidade (veja Significado).

Segundo Alan Oliveira, professor de comunicação social da Universidade Católica de Brasília (UCB) e doutorando de cultura afro-brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), o uso do branco, em diversas cidades do país, teve início nos anos 1970. “Podemos notar que o branco está relacionado a algumas religiões pelo mundo, além da umbanda e do candomblé. Percebemos a cor em segmentos do islamismo e do budismo, por exemplo. No Brasil, a influência é pela cultura afro, que teve as tradições construídas no nosso país”, detalhou.

De acordo com o professor, a cultura do branco no ano-novo popularizou-se, primeiramente, nas praias do Rio de Janeiro e de Salvador. “Vale ressaltar que a cor é de Oxalá e, do mesmo modo que vestimos roupas nesse tom no réveillon, isso também ocorre às sextas-feiras. Nesse último caso, por ser o dia de semana deste orixá”, acrescentou Alan.

A dentista Maria de Fátima Alves dos Santos, 50, opta pelo branco tanto pela representação de paz quanto pela relação com Oxalá. “É o que sempre visto, porque é o que eu quero para a minha vida. Além disso, é uma cor que está ligada ao divino e às minhas crenças. Então, todos os anos, uso a roupa nesse tom e peço para que todas as coisas ruins do último ano possam ir embora e, assim, eu entre mais leve na nova caminhada”, disse a moradora do Núcleo Bandeirante.

De acordo com Tata Nkince Kajamungongo, líder do centro de candomblé Abassá Ogum Tayó, em Ceilândia, Oxalá é o pai maior dentro das religiões de matriz africana, e o uso da roupa branca seria para trazer proximidade com a divindade. No entanto, o pai de santo destaca que não se trata de obrigação dessas religiões. “Nem todos os terreiros estipulam como obrigação usar essa cor. O réveillon é uma convenção mundial, a qual indica uma nova contagem e um novo momento em nossas vidas. Portanto, a pessoa pode vestir-se com a tonalidade que representa o santo da cabeça dela, com o intuito de agradar o orixá. Se você é filha de Iansã, por exemplo, pode-se vestir de vermelho na virada”, ressaltou.

Superstições
Desde cedo, Tereza Araújo, 53, começou a estudar a simbologia das cores e as energias que emanam no réveillon. Na virada de 1994 para 1995, a então moradora de Teresina decidiu se vestir de amarelo para atrair dinheiro e, consequentemente, a mudança de cidade. “Naquele ano, consegui passar no concurso da UnB para a área de assistente social e me mudei para a capital federal. Aqui, comecei outra fase da minha vida. Fiquei completamente surpresa”, relembrou a moradora de Águas Claras.

A servidora pública relatou que, há alguns anos, rompeu com a tradição da escolha da roupa conforme os planos para o novo ano. Ao passar em uma loja, avistou um belo vestido cinza e decidiu usá-lo na data festiva. “Foi uma experiência horrível, pois tive um ano péssimo. Um amigo próximo faleceu, tive problemas de saúde, terminei um namoro de longa data e, além disso, houve diversos desentendimentos familiares. Desde então, nunca mais duvidei que a cor influencia nas energias para o próximo ano”, afirmou.

Com confiança nas próprias superstições, Tereza passou a ensinar a filha, Alice Castro, sobre a simbologia e a influência das cores no ano-novo. A jovem de 20 anos seguiu os passos da servidora pública e, nos primeiros meses do ano, começa a pensar na cor que usará na virada. Em 2018, a estudante usou verde. “Usei essa cor, porque representa a esperança e, ainda, a cor do curso que desejava fazer de faculdade, que é medicina. À época, estava no cursinho e almejava muito passar no vestibular. Então, neste ano, a minha aprovação veio”, comemorou.

Alice passou para medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde estuda atualmente. Para isso, ela mora em Macaé. Nas férias, a jovem retorna para Brasília e fica na casa da mãe, em Águas Claras. “Fiz as minhas reflexões para este ano e decidi que a melhor cor seria o azul. Escolhi essa tonalidade porque quero que a serenidade e a tranquilidade dos planos que realizei em 2019 continuem em 2020”, refletiu a estudante.

A astróloga e taróloga Nidia Dias-Mendes destaca que as cores podem ser escolhidas conforme os desejos para o novo ano. “Tendo consciência dos objetos, mais se vibra energeticamente ao universo. A simbologia, por si só, é capaz disso, pois traz à tona vários sentimentos. Quem quer atrair o amor pode usar uma roupa vermelha, em tom mais intenso. Se é dinheiro, o amarelo é o mais indicado”, revelou.

Nidia também argumentou que a escolha da roupa para a virada pode ser determinada conforme o signo solar de cada pessoa. “Isso auxiliará para conseguir boas energias e alcançar os objetivos propostos para o novo ano. São cores que estão em coerência com o signo solar. Por exemplo, para o signo de câncer, um dos tons sugeridos é a prata. Isso pode proporcionar o contato com o mundo externo em vez de esconder na ‘concha’. Essas energias relacionadas com os signos também podem ser potencializadas com o uso de pedras”, detalhou a astróloga (veja Signos).
 
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