Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Música Nordestina domingo, 30 de outubro de 2016

ARY LOBO, O HOMEM DO SPUTNIK

ARY LOBO, O HOMEM DO SPUTNIK

Raimundo Floriano

 

Ary Lobo: morador da Lua

 

                        Gabriel Eusébio dos Santos Lobo, o Ary Lobo, cantor e compositor, nasceu em Belém do Pará, a 14.8.1930, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, a 22.8.1980, aos 50 anos de idade.

 

                        Era soldado da Aeronáutica, quando se apresentou em programas de calouros da Rádio Clube do Pará. Por essa época, fez parte do conjunto Namorados Tropicais, quando conheceu o então compositor Pires Cavalcanti que, além de influenciar sua maneira de cantar, convenceu-o a mudar-se para o Rio de Janeiro.

 

                        Na capital fluminense, entrou em contato com o pianista e compositor Gadé, que o levou para a Rádio Mauá, onde começou sua carreira como cantor regional nordestino.

 

                        Lançado em disco pela dupla Gadé/Valfrido Silva, gravou na RCA Victor vários discos 78 RPM, e um LP intitulado Aqui Mora o Ritmo, com A Mulher Que Vendia Siri, de Severino Ramos e Alias Ramos e Garoto do Amendoim, de B. Lobo e Manoel Moraes, sendo as músicas mais tocadas:

  

                        Em 1962, ainda na RCA, gravou o LP Ary Lobo, incluindo duas composições suas, Moça de Hoje, com Jacinto Silva e Eu Vou Pra Lua, com Luiz de França, que obteve estrondoso sucesso, dominando todas as paradas. No ano seguinte, lançou o LP Poeira de Ritmos, incluindo Quem Encosta em Deus Não Cai, de João do Vale, José Ferreira e Ary Monteiro, e Escada da Glória, de Adoniran Barbosa e Edmundo Cruz. 

  

                        Sempre na RCA Victor, lançou os LPs Ary Lobo e Seus Grandes Sucessos,em 1964, destacando Último Pau-de-arara, de Venâncio, Corumba e J. Guimarães, e Vendedor de Caranguejo, de Gordurinha; Zé Mané, em 1965, com Cheiro de Gasolina, de Severino Ramos e Barros de Oliveira, e Madame Paraíba, dele e Dílson Dória; Quem É o Campeão, em 1966, com a faixa-título dele e Luiz Boquinha; Ary Lobo e Seus Maiores Sucessos, em 1971, com Evolução, de J. Cavalcanti, Lino Reis e Aguiar Filho, e Paulo Afonso, de Gordurinha.

  

                        Sua discografia contabiliza, além de fonogramas em 78 RPM, 9 LPs.

 

                        Meu acervo contém 121 faixas representativas do seu trabalho. Ele compôs mais de 600 títulos, gravados por ele e outros intérpretes, sempre defendendo ferrenhamente a música nordestina de raiz. 

 

                        De estilo semelhante ao de Jackson do Pandeiro, e voz parecida, cantando ritmos variados, como baião, xote, coco, samba, frevo, samba-canção, arrasta-pé e toada, teve sua época de ouro nos Anos 1950 e 1960, retratando sempre a vida e os costumes do Nordeste, às vezes em números divertidos, como Cheiro de Gasolina e Madame Paraíba.

 

                        Seus maiores sucessos, Eu Vou Pra Lua, Súplica Cearense, de Gordurinha, e o Último Pau-de-arara, permanecem dominando até os dias correntes, merecendo constantes regravações pelos mais importantes forrozeiros deste país.

 

                        Para mostrar-lhes um pouco de seu trabalho, escolhi estas cindo faixas:

 

                        Cheiro de Gasolina, baião de Severino Ramos e Barros de Oliveira:

 

                        Eu Vou Pra Lua, baião de Ary Lobo e Luiz de França:

 

                        Último Pau-de-arara, baião de Venâncio, Corumba e J. Guimarães:

 

                        Súplica Cearense, toada de Gordurinha:

 

                        Vendedor de Caranguejo, baião de Gordurinha:

 


quinta, 04 de julho de 2019 as 17:19:36

antonio carlos marques
disse:

grande ary lobo, ele se foi e deixou suadades. era um grande cantor


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