Na edição do dia 25 de janeiro de 2015, o programa Fantástico, da Rede Globo, exibiu uma reportagem deprimente conduzida pelo competente repórter José Raimundo, diretamente do município de Sebastião da Laranjeira, Bahia, mostrando o drama vivido por trabalhadores rurais simples, analfabetos, que foram obrigados a entregar a metade ou o total dos valores atrasados recebidos de suas aposentadorias a advogados vigaristas, que cuidaram dos seus processos, processos esses movidos contra o INSS, nos quais os advogados, por meio de contratos criminosos, com cláusulas exorbitantes, indo muito além dos percentuais cobrados permitidos por leis, verdadeiros assaltos institucionalizados contra lavradores semianalfabetos e analfabetos.
A reportagem especial do Fantástico contou a triste história de trabalhadores rurais, gente muito humilde, sem nenhuma instrução, que esperou meses, até anos, para receber a aposentadoria a que tinha direito, mas foram roubados na sua dignidade por advogados ladrões que se apropriaram de todos os benefícios atrasados dos aposentados e por isso estão sendo processados pelo Ministério Público Federal (MPF).
Não muito longe do município de Sebastião da Laranjeira da Bahia, num município localizado na Região Metropolitana do Grande Recife (RMR), cinco trabalhadores rurais da Usina São José, em 1997, dos que se tem conhecimento, moveram ação de aposentadoria por tempo de serviços contra o INSS. Conseguiram êxitos depois de mais de treze anos de espera angustiante, mas, infelizmente, não conseguiram receber os benefícios atrasados a que tinham direito, pois o advogado que estava cuidando do processo chegou primeiro, e por meio de Procuração Pública feita em cartório pelos analfabetos e semianalfabetos, estes outorgaram poderes especiais muito estranhos ao advogado da causa, a quem deram autorização para receber junto à Caixa Econômica Federal – CEF, em nome deles, outorgantes, VALORES EM DINHEIRO, ali depositado, pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, em face de PRECATÓRIOS, originado de processo que tramita na Vara Federal, podendo, para tanto, receber, dar quitação, e tudo mais fazer em nome dos outorgantes se necessário for. Um prato cheio para o advogado bandido e sem escrúpulo agir livremente, impunemente, em nome da legalidade travestida de ilegalidade!
Pois este advogado conseguiu passar as patas em mais de duzentos mil reais dos pobres trabalhadores rurais, e até hoje eles perambulam, grogues, trôpegos por aí, a riba e a baixo, a procura de uma resposta do andamento do processo junto ao advogado, e este sem querer lhes atender, até que se descobriu que desde 2010 o advogado da causa já havia sacado toda a dinheirama dos pobres trabalhadores rurais junto à Caixa Econômica Federal – CEF, e esses continuam na miserabilidade que antes, desta vez pior: sem dinheiro, sem esperança de receber a grana já sacada, doentes, e com a certeza de que não vai haver punição ao advogado bandido. Triste país da impunidade!
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AMOR DE PICA, AMOR QUE FICA
Uma dentista, de nome Anna Mackowiak, de 34 anos, polonesa, puta da vida por ter sido abandonada pelo namorado, Marek Olszewski, que andava feliz da vida nos braços de outra, resolveu lhe aprontar uma: tempos depois de trocá-la por uma piranha, Marek Olszewski, teve dor de dente em função de um traumatismo em um dos molares e foi procurar a ex para se tratar. Acreditando que poderia manter uma relação civilizada com ela, marcou uma consulta, pois Anna Mackowiak sempre lhe cuidou muito bem dos dentes.
Durante a consulta, Anna teria realizado o procedimento de praxe: sedou o paciente e extraiu o dente ruim.
Teria, se não tivesse mudado de ideia após o procedimento cirúrgico.
Ao ver Marek Olszewski desacordado na cadeira do seu consultório, baixou-lhe o espírito de Bento Carneiro, Vampiro Brasileiro, personagem genial criado por Chico Anísio e pensou: Minha vingança será malígrina. A hora é agora de eu fuder esse fela da puta que me abandonou. E movida pelo ódio, pelo desejo de vingança, a dentista arrancou todos os dentes do ex que ficou com a boca parecendo a tabaca de Xolinha, depois do desengate cachorral.
CULTURA E HONESTIDADE
O presidente da OAB-PE, Ronnie Preuss Duarte, em artigo publicado no Jornal do Commercio do dia 13 de maio de 2017, sob o título Samurais, conta dois episódios interessantes vivenciados por ele em visita há um ano ao Japão.
Conta ele, a certa altura da narrativa que, um certo dia, foi dar uma gorjeta a um carregador de malas, e, para sua surpresa, este se recusou, dizendo ser o seu trabalho, sua obrigação, já sendo pago para fazer o que estava fazendo. Dizendo NÃO à oferta, em inglês!
Noutro caso, conta ele, um taxista que confessadamente havia errado o caminho recusou-se a receber pela corrida, dizendo haver se equivocado e por isso não poderia receber. Resultado: viajou de graça!
Segundo Ronnie Duarte, a primazia do sentimento de permanecer a uma coletividade talvez explique a força de uma nação capaz de surpreender pela velocidade com a qual conseguiu vencer enormes desafios e superar severas crises ao longo de sua história, preservando a cultura da honestidade como um bem primordial.
Diferentemente do Brasil, onde os bandidos atuam de cima para baixo, sem escrúpulos, atingindo em cheio o Poder Executivo, Legislativo (este o pior!) e o Judiciário, que possuem em seus quadros figuras de proa de fazerem inveja a Malcolm Bannister, personagem do romance “O Manipulador”, do romancista americano John Grisham, um ex advogado que começa narrando sua história de dentro do presídio, em meio a mentiras, trapaças e lógicas ardilosas de deixar Lapa de Ladrão com água na boca!