Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quinta, 30 de dezembro de 2021

ANO DELAS: RELEMBRE 10 ATLETAS BRASILEIRAS QUE BRILHARAM EM 2021

 

Ano delas: Relembre 10 atletas brasileiras que brilharam em 2021

O Correio apresenta a lista com as brasileiras que deixaram a sua marca no esporte durante o ano. A maioria escreveu a história que as colocaram no panteão do esporte nas Olimpíadas de Tóquio

JM
Júlia Mano*
postado em 30/12/2021 09:30
 
 (crédito: LOIC VENANCE  /  BONAVENTURE/AFP  /  ALE CABRAL/CPB)
(crédito: LOIC VENANCE / BONAVENTURE/AFP / ALE CABRAL/CPB)

Nos gramados, nas pistas, nos tatames, nas águas e nas quadras, diversas mulheres do Brasil fizeram história ao superarem seus desafios pessoais e os que surgiram com a pandemia de covid-19. A consagração de muitas veio na Terra do Sol Nascente, durante as Olimpíadas de Tóquio-2020. Até mesmo os Jogos foram marcados pela maior participação feminina. As conquistas delas reacenderam uma chama de esperança na população que enfrentou um ano difícil, além de permitir que muitas meninas pudessem se identificar com as grandes mulheres que deixaram sua marca em 2021.

Antes de abrir a lista, o Correio faz uma menção honrosa à Miraildes Maciel Mota. Neste ano, Formiga deu adeus à Seleção Brasileira. Eternizada com a camisa canarinho número oito, a jogadora se despediu durante o Torneio Internacional de Manaus, que ocorreu em novembro, e deixou um legado de coragem, força e muita determinação.

A meio-campista acumulou recordes durante a sua passagem pela Seleção. É a atleta, entre homens e mulheres, que mais esteve em Copas do Mundo (sete no total). Com a convocação para as Olimpíadas do Japão, a baiana soma a mesma quantidade de participação nos Jogos. Também é a brasileira com mais jogos com a camisa canarinho. No entanto, para além de números, Formiga foi uma importante jogadora para o desenvolvimento do futebol feminino no Brasil e no mundo, com o seu brilhantismo em campo.

 

Rayssa Leal

 

 LAKE HAVASU CITY, ARIZONA - OCTOBER 30: Rayssa Leal of Brazil stands with the 1st place trophy after winning the Womens Finals of the 2021 SLS Championship Tour: Lake Havasu at Rotary Park on October 30, 2021 in Lake Havasu City, Arizona.   Jamie Squire/Getty Images/AFP (Photo by JAMIE SQUIRE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)
LAKE HAVASU CITY, ARIZONA - OCTOBER 30: Rayssa Leal of Brazil stands with the 1st place trophy after winning the Womens Finals of the 2021 SLS Championship Tour: Lake Havasu at Rotary Park on October 30, 2021 in Lake Havasu City, Arizona. Jamie Squire/Getty Images/AFP (Photo by JAMIE SQUIRE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)(foto: Getty Images via AFP)

 

Conhecida como Fadinha, Rayssa Leal encantou a todos com o seu carisma durante as Olimpíadas de Tóquio-2020 e se tornou uma estrela do esporte mundial. Segundo o perfil Twitter Brasil, a skatista foi a 4ª atleta mais comentada do país na rede social e a única feminina na lista. A maranhense de 13 anos é também a brasileira mais jovem a integrar a delegação olímpica e a subir no pódio dos Jogos representando o país.

Rebeca Andrade

 

Baile de favela, de MC João, ganhou o mundo com a ginasta Rebeca Andrade
Baile de favela, de MC João, ganhou o mundo com a ginasta Rebeca Andrade(foto: Lionel Bonaventura/AFP)

 

Embalada pela música Baile de Favela, de MC João, na apresentação nas Olimpíadas de Tóquio-2020, Rebeca Andrade colocou o seu nome na história da ginástica artística do Brasil. Com a performance, que resultou na prata, a paulista foi a primeira brasileira a subir no pódio dos Jogos. Pouco depois, a ginasta sagrou-se campeã no salto.

As conquistas na Terra do Sol Nascente marcam a superação de Rebeca. A ginasta sofreu lesão, passou por três cirurgias no joelho e, antes de Tóquio, ficou oito meses afastada. Se os Jogos tivessem ocorrido em 2020, como estavam marcados inicialmente, a atleta teria ficado de fora. Depois das Olimpíadas, Rebeca ainda conquistou o mundial no salto e foi vice nas barras assimétricas.

O esforço de Rebeca e a perseverança para continuar no esporte também foram reconhecidos pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB). A ginasta foi eleita a melhor atleta do ano durante o Prêmio Brasil Olímpico.

Bia Zaneratto

 

15/06/2019 Credito : Assessoria / CBF - Treino da Seleção Feminina no Stade Jean Jacques. A meio-campista Bia Zaneratto
15/06/2019 Credito : Assessoria / CBF - Treino da Seleção Feminina no Stade Jean Jacques. A meio-campista Bia Zaneratto(foto: Assessoria / CBF)

 

Beatriz Zaneratto foi o grande nome da Série A1 do Campeonato Brasileiro Feminino de 2021. A atacante atuou pelo vice-campeão, Palmeiras, somente na primeira fase (de pontos corridos). O tempo, entretanto, foi o suficiente para marcar 13 gols em 15 jogos e conquistar a artilharia do torneio.

A jogadora precisou deixar o Palestra quando o contrato de empréstimo chegou ao fim, em agosto. A atacante precisou retornar ao clube chinês Wuhan Xinjiyuan, onde conquistou a Superliga Chinesa.

Ao lado do atacante Hulk, do campeão brasileiro masculino Atlético-MG, Bia Zaneratto foi a jogadora que mais recebeu troféus no Prêmio Brasileirão. Foram três no total: melhor atacante; craque do campeonato; e artilheira.

Vic Albuquerque

 

 Crédito: Bruno Teixeira/Agencia Corinthians. Victoria Albuquerque
Crédito: Bruno Teixeira/Agencia Corinthians. Victoria Albuquerque(foto: Bruno Teixeira/Agencia Corinthians)

 

A brasiliense Vic Albuquerque termina 2021 com a tríplice coroa. Pelo Corinthians, a jogadora conquistou os títulos de campeã do Campeonato Brasileiro, da Libertadores Feminina e do Campeonato Paulista.

A camisa 17 ainda se sagrou a artilheira do Timão na temporada. A meia-atacante esteve em campo em 42 jogos e marcou 26 gols. Vic também foi eleita a melhor jogadora de agosto do Brasileirão Feminino e a craque da 3ª rodada do Paulistão.

Ana Marcela

 

Ana Marcela Cunha em ação no Lago Paranoá, no Campeonato Brasileiro de 2011. Atleta deve retornar à capital federal para maratona em setembro
Ana Marcela Cunha em ação no Lago Paranoá, no Campeonato Brasileiro de 2011. Atleta deve retornar à capital federal para maratona em setembro(foto: Carlos Silva/CB/D.A Press)

 

A nadadora Ana Marcela Cunha rebatizou as águas com o seu nome em 2021. A baiana conquistou a medalha que lhe faltava na maratona aquática: a reluzente dourada olímpica.

As Olimpíadas de Tóquio-2020 foram a redenção da brasileira, que não conseguiu passe para Londres-2012 e passou despercebida na Rio-2016. No entanto, a atleta desembarcou na Terra do Sol Nascente com 66 medalhas de Mundiais.

A baiana encerrou os compromissos do ano com a conquista do quinto título Mundial para a sua prestigiada estante. Na última sexta-feira (17/12), a Federação Internacional de Natação coroou Ana Marcela, pela sétima vez, como a melhor do mundo na maratona aquática.

Carol Santiago

 

Maria Carolina Santiago
Maria Carolina Santiago(foto: CHARLY TRIBALLEAU AFP)

 

Maria Carolina Gomes Santiago se tornou a mulher com mais conquistas em uma única edição dos Jogos Paralímpicos. A nadadora conquistou cinco medalhas nas Paralimpíadas de Tóquio-2020, formou um pódio completo e quebrou recorde.

Na Terra do Sol Nascente, Carol Santiago foi campeã três vezes, ao subir no lugar mais alto do pódio das categorias 50m livre S13, 100m livre S12 e 100m peito SB12 (neste, quebrou recorde paralímpico). A pernambucana ainda pendurou no pescoço a prata no revezamento 4x100m livre misto até 49 pontos e o bronze nos 100m costas S12.

Beth Gomes

 

Beth Gomes conquistou a 99ª medalha de ouro do Brasil no lançamento de disco, na classe F52
Beth Gomes conquistou a 99ª medalha de ouro do Brasil no lançamento de disco, na classe F52(foto: Wander Roberto/CPB)

 

A atleta paralímpica Elizabeth Rodrigues Gomes, ou simplesmente Beth Gomes, foi um dos grandes nomes de superação das Paralimpíadas de Tóquio-2020, ao derrubar a barreira do etarismo. A brasileira dedicou a vida ao esporte e, aos 56 anos, veio a dourada conquista.

Beth sagrou-se campeã do lançamento de disco na classe F52 e quebrou recorde paralímpico ao atingir a marca de 17,62m, na primeira tentativa. A atleta tem esclerose múltipla. O primeiro surto da doença a tirou do vôlei, o segundo do basquete em cadeira de rodas.

Antes dos Jogos, a paulista sofreu o terceiro surto, que paralisou o lado esquerdo de seu corpo. Com isso, teve que ser reclassificada e deixou o arremesso de peso. No entanto, a “Fênix”, como ficou conhecida pela perseverança, se encontrou no lançamento de disco e renasceu das cinzas, assim como o pássaro da mitologia grega.

Luisa Stefani e Laura Pigossi

 

Luisa Stefani e Laura Pigossi tiveram inspiração em Minas para alcançar o feito histórico
Luisa Stefani e Laura Pigossi tiveram inspiração em Minas para alcançar o feito histórico(foto: Rafael Bello/COB)

 

Oito dias antes da abertura oficial dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a dupla, que representou o Brasil no tênis, recebeu a tão esperada ligação de que iriam participar do maior evento esportivo do mundo.

À época, Luisa e Laura sequer estavam no mesmo continente. Pigossi estava no Cazaquistão, participando de um torneio, e Stefani em casa, nos Estados Unidos.

A dupla chegou de surpresa na capital japonesa para escrever os seus nomes no rol do esporte ao conquistar a primeira medalha olímpica do Brasil na modalidade. As brasileiras batalharam até o último momento contra as adversárias russas, que saíram na frente no início do duelo. Com a virada histórica, Luisa e Laura subiram no pódio e penduraram o bronze no pescoço.

Mayra Aguiar

 

Mayra Aguiar conquista terceiro bronze consecutivo em Olimpíadas
Mayra Aguiar conquista terceiro bronze consecutivo em Olimpíadas(foto: Jack Guez/AFP)

 

A judoca entrou para a história do esporte brasileiro ao pendurar a medalha de bronze no peito nas Olimpíadas de Tóquio-2020. Com o pódio, a gaúcha se tornou a primeira brasileira a conquistar três medalhas olímpicas individuais em edições seguidas dos Jogos (Londres-2012 e Rio-2016).

A medalha conquistada na Terra do Sol Nascente teve um significado diferente: superação. Mayra passou 16 meses fora dos tatames, antes dos Jogos de Tóquio. A judoca sofreu contusão, passou por cirurgia e ainda enfrentou as consequências da pandemia no mundo dos esportes.

Na capital do Japão, a gaúcha viu o sonho dourado ir embora, na fase de classificação. Com isso, a judoca caiu na repescagem, onde conseguiu se reerguer para disputar o bronze.


*Estagiária sob a supervisão de Danilo Queiroz


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