Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão segunda, 20 de janeiro de 2020

ANO DE REFORMAS

 

Ano de reformas

Para uma retomada da economia consistente, apta a gerar confiança e emprego e a aumentar a produtividade, o governo federal precisa tornar 2020 um ano de efetivas reformas 

Notas & Informações, O Estado de S.Paulo

20 de janeiro de 2020 | 03h00

Em 2019, o Congresso aprovou, mesmo sem o apoio integral do Palácio do Planalto, uma importantíssima reforma da Previdência. Mas neste ano, com as eleições municipais de outubro, será difícil que o Poder Legislativo leve adiante uma agenda reformista sem a ajuda efetiva, de negociação e coordenação, do Poder Executivo. Além disso, por óbvio, neste ano, é mais que necessário que o presidente Jair Bolsonaro e seu entourage se abstenham de produzir crises e instabilidades políticas.

Recentemente, o Estado mostrou o alto risco que as eleições municipais representam para a tramitação das reformas no Congresso. Em toda campanha eleitoral, tem-se forte pressão para postergar a discussão e a aprovação de temas considerados espinhosos, mesmo que sejam prioritários para o País. É como se todos os temas que não geram imediatos efeitos positivos perdessem urgência e relevância, dando a equivocada impressão de que os grandes desafios nacionais podem esperar. E aí está a grande ameaça para um 2020 produtivo: que o presidente Jair Bolsonaro assuma uma atitude eleitoreira, de cálculo imediatista, em cada decisão e negociação.

 De certa forma, neste ano o presidente Jair Bolsonaro terá uma verdadeira prova de fogo. O eleitor poderá avaliar se ele, ao contrário de Lula e sua trupe, é capaz de governar o País com um olhar além das eleições ou se, tal como Lula e sua companhia, veja tudo através de lentes eleitoreiras, num exercício do poder que, perseguindo exclusivamente votos, seja indiferente ao interesse público.

Não é demais lembrar que Jair Bolsonaro foi eleito pelo povo para impedir que o PT, com suas práticas, retornasse ao poder. Seria, portanto, tremendamente frustrante para o eleitor dar-se conta de que, por concessão presidencial, os maus hábitos petistas continuam de alguma forma vigentes no Palácio do Planalto.

O Congresso tem dado sinais de que precisa da proximidade do Executivo para que a agenda de reformas possa avançar. A expectativa do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-CE), é de que os principais assuntos do Congresso neste ano sejam o marco legal do saneamento e o Plano Mais Brasil, composto de três Propostas de Emenda à Constituição (PECs): a do pacto federativo, a PEC emergencial e a PEC dos fundos públicos. Mas para que isso ocorra não pode haver distanciamento – e menos ainda enfrentamento – por parte do Palácio do Planalto em relação ao Congresso.

Quanto às outras reformas, a tributária e a administrativa, o senador Fernando Bezerra alerta. “As reformas tributária e administrativa também serão aprovadas, mas, pela complexidade das matérias, talvez só tenhamos chances de concluir (a votação) no final de novembro”, disse ao Estado. A presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, Simone Tebet (MDB-MS) falou no mesmo sentido: “Há complexidade (das reformas tributária e administrativa) e há eleição. Ambas se complementam nesse caso”.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ao Estado que a agenda de reformas do governo será retomada nos próximos dias, e que a proposta de reforma administrativa deverá ser encaminhada à Câmara em fevereiro. Segundo Guedes, o presidente Bolsonaro está comprometido com as reformas. No final do ano passado, voltaram as dúvidas em relação à disposição reformista do presidente, após ter ele sustado o envio da reforma administrativa ao Congresso. “O presidente continua comprometido com as reformas. Uma coisa é o timing político, outra é o conteúdo das reformas”, disse Paulo Guedes. Este é precisamente o grande desafio de Jair Bolsonaro em 2020: não usar as eventuais dificuldades com o Congresso para se desinteressar pelas reformas. O País precisa do presidente da República trabalhando por elas.

Se o presidente Jair Bolsonaro pretende fazer de 2020 um ano de avanço econômico e social do País, será preciso não tratar esse período apenas como um ano de eleições e de campanha eleitoral. Para uma retomada da economia consistente, apta a gerar confiança e emprego e a aumentar a produtividade, o governo federal precisa ser capaz de tornar 2020 um ano de efetivas reformas.

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