É difícil precisar se eles, de fato, criaram Brasília, ou se foi Brasília a responsável por moldá-los. A trajetória de Gilberto Salomão, Osório Adriano, Elvira Barney, Mercedes Urquiza, João Benedito da Silva, Cosete Ramos e de tantos outros pioneiros que desbravaram o Cerrado para construir uma cidade sobre o barro vermelho se confunde com a história da capital.
Aqui, fincaram raízes e, em troca, ganharam infinitas oportunidades de crescimento — deles próprios e das gerações vindouras. Oportunidades que foram agarradas por Márcia Abrahão, Lúcia Willadino, Venceslau Calaf, Vera Lúcia Santos Araújo, Daniela Teixeira, José Cruz Macedo, José Carlos Coutinho, Edileuza Fernandes, Viviane Lima. Cada um, em sua área de atuação, ajudou a consolidar Brasília e a fazer dela uma cidade que é motivo de orgulho.
Orgulho propagado para além do quadradinho pela arte de Welder Rodrigues, Hamilton de Holanda, Rosa Passos, Galeno, Tico Magalhães, Sóter, Noélia Ribeiro e Daniela Firme. Artistas que encontraram nas curvas das tesourinhas, nos parques e nos monumentos únicos um solo fértil de inspiração.
Brasília tem mesmo vocação para musa. Na efervescência de uma cidade em eterna construção, as paredes e os muros, projetados para serem predominantemente brancos e cinzas, ganham, diariamente, diversas cores nos sprays de Gurulino, Seren, Nics e Toys. Com desenhos e frases autorais, os grafiteiros buscam tocar o brasiliense, seja o nascido em terra candanga, seja o que adotou a capital como lar.
E o que não falta é gente, como Erica Tatiane da Silva, Luana Lira e Vampeta, que abraçou e foi abraçada pela cidade, e é grata por isso. Sem perder a essência de terra das oportunidades, José Roberto Leite, Andreanne Gomes Vasconcelos, Marcelo Rodrigues, Jorge Júnior, Tiago Ribeiro, Vitor Quaresma e Miguel Galvão pensam além. Com a criação de negócios inovadores, projetam uma capital cujo futuro é agora.