Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo domingo, 30 de setembro de 2018

ÂNGELA MARIA, RAINHA DO RÁDIO, MORRE AOS 89 ANOS

 

 

 

 

 
Angela Maria — Foto: Divulgação / Murilo AlvessoAngela Maria — Foto: Divulgação / Murilo Alvesso

Angela Maria — Foto: Divulgação / Murilo Alvesso

A cantora Angela Maria, uma das rainhas do rádio, morreu aos 89 anos no fim da noite deste sábado (29), no Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo. Após 34 dias de internação, ela não resistiu a uma infecção generalizada.

A cantora será velada e sepultada neste domingo (30) no Cemitério Congonhas, na zona sul da capital paulista.

 
Morre em São Paulo, aos 89 anos, a cantora Ângela Maria
Jornal GloboNews
 
 
 
 
 
 
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Morre em São Paulo, aos 89 anos, a cantora Ângela Maria

Morre em São Paulo, aos 89 anos, a cantora Ângela Maria

O marido dela, o empresário Daniel D’Angelo, divulgou um vídeo emocionado no Facebook falando sobre a morte da cantora, que fez um estrondoso sucesso entre as décadas de 1950 e 1960.

"É com meu coração partido que eu comunico a vocês que a minha Abelim Maria da Cunha, e a nossa Angela Maria, partiu, foi morar com Jesus", disse emocionado, ao lado de Alexandre, um dos filhos adotivos do casal e de um outro rapaz.

 
Cantora Angela Maria, em foto de 19 de maio de 1994 — Foto: Gilda Mattar/Estadão ConteúdoCantora Angela Maria, em foto de 19 de maio de 1994 — Foto: Gilda Mattar/Estadão Conteúdo

Cantora Angela Maria, em foto de 19 de maio de 1994 — Foto: Gilda Mattar/Estadão Conteúdo

 

Nome artístico

 

Abelim Maria da Cunha nasceu em Macaé, no Rio de Janeiro. Ela passou a infância em Niterói, São Gonçalo e São João de Meriti. Filha de pastor protestante, desde menina cantava em corais de igrejas.

Ela foi operária tecelã e inspetora de lâmpadas em uma fábrica da General Eletric, mas queria ser cantora de rádio apesar da oposição da família.

Por volta de 1947, começou a frequentar programas de calouros e passou a usar o nome Angela Maria, para não ser descoberta pelos parentes.

Apresentou-se no “Pescando Estrelas”, de Arnaldo Amaral, na Rádio Clube do Brasil (hoje Mundial); na “Hora do Pato”, de Jorge Curi, na Rádio Nacional; no programa de calouros de Ari Barroso, na Rádio Tupi; e do “Trem da Alegria” - programa dirigido por Lamartine Babo, Iara Sales e Heber de Bôscoli, na Rádio Nacional.

Quando decidiu tentar a carreira de cantora, Angela Maria abandonou os estudos, o trabalho na indústria e foi morar com uma irmã no subúrbio de Bonsucesso.

 
Angela Maria — Foto: Jair de Assis/DivulgaçãoAngela Maria — Foto: Jair de Assis/Divulgação

Angela Maria — Foto: Jair de Assis/Divulgação

 

Era do rádio

 

Em 1948, começou a cantar na casa de shows Dancing Avenida, onde foi descoberta pelos compositores Erasmo Silva e Jaime Moreira Filho. Eles a apresentaram a Gilberto Martins, diretor da Rádio Mayrink Veiga. Após um teste, ela começou carreira na emissora.

Em 1951, gravou pela RCA Victor os sambas “Sou feliz” e “Quando alguém vai embora”. No ano seguinte, sua gravação do samba “Não tenho você” bateu recordes de venda, marcando o primeiro grande sucesso de sua carreira.

 
Cantora Angela Maria, em imagem de 19 de janeiro de 1977 — Foto: Arquivo/Estadão ConteúdoCantora Angela Maria, em imagem de 19 de janeiro de 1977 — Foto: Arquivo/Estadão Conteúdo

Cantora Angela Maria, em imagem de 19 de janeiro de 1977 — Foto: Arquivo/Estadão Conteúdo

 

Princesa e rainha do rádio

 

Durante a década de 1950, atuou intensamente nas rádios Nacional e Mayrink Veiga, como a estrela de “A Princesa Canta”, nome derivado de seu título de “Princesa do Rádio”, um dos muitos que recebeu em sua carreira.

Em 1954, em concurso popular, tornou-se a “rainha do rádio”, e no mesmo ano estreou no cinema, participando do filme “Rua sem Sol”.

 
A cantora Angela Maria — Foto: Reprodução / FacebookA cantora Angela Maria — Foto: Reprodução / Facebook

A cantora Angela Maria — Foto: Reprodução / Facebook

 

'Sapoti'

 

Encantado pela voz de Angela Maria, Getúlio Vargas lhe deu o apelido de “Sapoti”. "Menina, você tem a voz doce e a cor do sapoti", teria dito o presidente.

Ainda durante a década de 1950, vários de seus sambas-canções viraram sucessos, como “Fósforo queimado”, “Vida de bailarina”, “Orgulho”, “Ave Maria no morro” e “Lábios de mel”.

Na segunda metade da década de 1960, foi a vez de “Gente humilde” ser destaque nas paradas de sucesso.

Em 1982, foi lançado o LP Odeon com Angela Maria e Cauby Peixoto, primeiro encontro em disco dos dois intérpretes. Em 1992, a dupla lançou o disco "Angela e Cauby ao vivo", após o show Canta Brasil.

Em 1996, foi contratada pela gravadora Sony Music e lançou o CD “Amigos”, com a participação de vários artistas como Roberto Carlos, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Chico Buarque, entre outros. O trabalho foi um sucesso, celebrado em um espetáculo no Metropolitan (Claro Hall), no Rio de Janeiro, e um especial na Rede Globo. O disco vendeu mais de 500 mil cópias.


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