A brasileira Ana Marcela Cunha conquistou, na madrugada desta sexta-feira, o título de tetracampeão na maratona aquática de 25 quilômetros em Gwangju, na Coreia do Sul. Na última terça-feita, a brasileira conquistou o primeiro lugar da prova de 5 quilômetros. A medalha é a 11ª da brasileira na história dos Mundiais de Esportes Aquáticos e o 12º em Mundiais na carreira.
A baiana levou o ouro com o tempo de 5h08m03s. A segunda posição ficou com a alemã Finnia Wunram, que chegou oito segundos atrás. A francesa Lara Grangeon levou o bronze.
A história de Ana, no entanto, é muito anterior ao ciclo de grandes conquistas, e passa também, por uma decepção na Olimpíada do Rio, onde Ana Marcela era uma das mais cotadas ao pódio na prova de 10km, única distância da maratona aquática presente nos Jogos, mas chegou apenas na décima posição
Embora seja uma atleta multicampeã em mundiais, Ana Marcela ainda carrega o peso de não ter conquistado a tão sonhada medalha olímpica, e se cobra por isso. Seja pela frustração de não ter conseguido uma vaga para os Jogos de Londres, em 2012, ou pelo mal desempenho no Rio, três anos atrás, Ana nunca escondeu que a medalha olímpica é um objetivo que ainda falta na carreira, e após o 5º lugar na Coreia do Sul, ela terá mais uma chance nos Jogos de Tóquio, no ano que vem. O pódio olímpico é o capítulo que falta na trajetória de uma alteta que desde adolescente se mostrava um prodígio nas águas abertas.
Em 2006, quando tinha apenas 14 anos, a brasileira, conquistou a medalha de ouro nas provas de 5km e 10km dos Jogos Sul-Americanos. No ano seguinte. durante o Mundial de Esportes Aquáticos de Melbourne, na Austrália, Ana Marcela chegou em 26º na maratona de 10km, e já era ali a segunda melhor brasileira na prova, atrás apenas de Poliana Okimoto, que chegara na oitava posição. No mesmo ano, após terminar em 10º no Campeonato Mundial de Águas Abertas de Sevilha, em 2007, Ana Marcela garrantiu a vaga para os Jogos Olímpicos de Pequim.
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