Dona Pedrelina, de São Gonçalo do Rio Preto, no seio do Vale do Jequitinhonha.
Foto do retratista Tom Alves
Era o prazer de vovó
Enquanto a trempe esquentava
No velho fogão de lenha
Da comida ela cuidava
Mal saía da cozinha
Fazia tudo sozinha
Com prazer, não reclamava.
Quando mais gente chegava
Não havia reclamação
Pois, tinha lugar pra todos
Dentro do seu coração
Com imensurável alegria
Vovó do pote trazia
Mais água para o feijão.
Nunca fiz comparação
Ao sabor de sua panela
Acho até que era amor
Que vovó tirava dela
Agora resta, é verdade,
Só o gosto da saudade
De minha vovó tão bela!