Em destaque a atriz Ariana DeBose, ganhadora do Oscar de melhor atriz coadjuvante 2022
Comenta-se a exaustão a nova versão moderna de AMOR SUBLIME AMOR (2021), novo filme do magno diretor americano Steven Spielberg, refilmagem do clássico musical de (1961), WEST SIDE STORY, dirigido por Robert Wise e Jerome Robbins, filme musical mais premiado da história do cinema, tendo ganhado 10 Oscars, 3 Globos de Ouro e 2 Grammys em 1962, e outros.
Inspirado em Romeu e Julieta, obra mais popular de William Shakespeare e, provavelmente, a história clássica do amor proibido mais conhecida do mundo. Tanto é verdade que essa tragédia romântica é uma das campeãs de adaptação para as telas. O que pouca se sabe é que essa peça de Shakespeare, no que lhe diz respeito, é adaptada de um conto italiano, traduzido em versos para o idioma inglês, que posteriormente recebeu um tratamento em prosa. Ambas as versões serviram de base para a peça shakespeariana…
Existe uma lenda urbana segundo a qual Romeu e Julieta realmente existiram, viveram e morreram em Verona, oriundos de famílias inimigas, e que tinham idade bastante precoce para os padrões atuais – algo em torno de apenas 13 anos, o que justificaria suas ações precipitadas e a paixão avassaladora, que não mede conseqüências.
No filme de Robert Wise e Jerome Robbins, à semelhança do que acontece na peça, o longa-metragem apresenta Tony, antigo líder da gangue de brancos anglo-saxônicos chamados de Jets, apaixonado por Maria, irmã do líder da gangue rival, os Sharks, formada por imigrantes porto-riquenhos. O amor do casal protagonista floresce entre o ódio e a briga das duas gangues e seus códigos de honras, tal qual a desavença histórica entre os Capuletto e os Montechio mostrada em Romeu e Julieta.
Já em Amor, Sublime Amor (2021) do diretor Spielberg, narra a rivalidade juvenil que se passa na Nova Iorque dos anos de 1957. As gangues Jets, estadunidenses brancos, e os Sharks, descendentes de porto-riquenhos, são rivais que tentam controlar o bairro de Upper West Side. Maria (Rachel Zegler) acaba de chegar à cidade para seu casamento arranjado com Chino (Josh Andrés Rivera), para o qual ela não está muito animada. Quando numa festa a jovem se apaixona por Tony (Ansel Elgort), ela precisará enfrentar um grande problema, pois ambos fazem parte de gangues rivais: Maria, dos Sharks; Tony, dos Jets. Nessa história, inspirada em Romeu e Julieta, os dois apaixonados precisarão enfrentar a tudo e a todos se quiserem celebrar esse romance proibido.
Tratando-se de Spielberg, era esperado que seu Amor, Sublime Amor, fosse tão grandioso quanto emocionante, mas o que ele entrega ao público é realmente um dos seus melhores filmes dos últimos anos – e a prova de que, ainda que estejamos em uma fase de refilmagens vazias, pirotécnicas e sem propósitos, ainda existem motivos para revisitar grandes clássicos.
Amor, Sublime Amor conta com uma direção impecável de Steven Spielberg, o que não é de se estranhar, e se torna ainda mais atrativa pelos trabalhos visuais. Enquanto os latinos exploram as cores mais quentes e cheias de vida, os norte-americanos aparecem em tons mais sóbrios, frios, como se fosse uma representação dos sentimentos negativos não só em relação aos seus rivais, como também a indivíduos de diferentes etnias.
Com propostas de mudança, o filme preenche a adaptação original e dá potência à emblemática história também sobre ódio. Assistir a Amor, Sublime Amor, dirigido magistralmente por Spielberg, é não ficar com saudade do primeiro devido à sua atemporalidade. A atuação magistral da atriz Ariana DeBose, ganhadora do Oscar de melhor atriz coadjuvante, depois de ter recusado fazer o papel de Anita por quatro vezes, paga um saco de pipoca.
a) Trailer Oficial Legendado
b) Crítica: uma estatueta maior
C) Spielberg conta por que escolheu adaptar ‘Amor, Sublime Amor’ como seu primeiro musical