Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sábado, 11 de março de 2023

ALIMENTAÇÃO: CIENTISTAS INVESTIGAM AS DIETAS QUE DEIXAM O CÉREBRO MAIS JOVEM

 

Cientistas investigam as dietas que deixam o cérebro mais jovem

Tecidos cerebrais de adeptos da Mind e da mediterrânea têm a concentração de proteínas ligadas ao Alzheimer equivalente à de indivíduos até 18 anos mais jovens. Para cientistas, descoberta ressalta a importância da adoção de bons hábitos contra as demências

FF
Fernanda Fonseca*
postado em 11/03/2023 06:00
 
 (crédito: Reprodução/Pinterest)
(crédito: Reprodução/Pinterest)

Pessoas que seguem uma dieta rica em vegetais verdes folhosos, bem como frutas, grãos, azeite de oliva e peixes, podem ter um risco menor de desenvolverem Alzheimer. Essa foi a conclusão de um estudo publicado na edição de março da Neurology, a revista médica da Academia Americana de Neurologia. Por meio de técnicas de neuroimagem, pesquisadores da Rush University Medical Center, em Chicago (EUA), observaram uma associação significativa entre esse padrão dietético e a presença de placas amiloides e emaranhados de tau — complicação ligada à doença neurodegenerativa — no tecido cerebral póstumo de adultos mais velhos. A hipótese é de que esses regimes consigam rejuvenescer o órgão em até 18 anos.

"A doença de Alzheimer é o distúrbio neurodegenerativo mais comum. Com tratamentos limitados para reverter a perda de memória ou a demência, entender o papel dos fatores de risco modificáveis, como a dieta, pode ter um impacto na saúde pública", afirma a coautora do estudo, Puja Agarwal, pesquisadora do Departamento de Nutrição Clínica da universidade estadunidense.

O estudo observacional acompanhou idosos desde o momento em que se inscreveram no Projeto Memória Rush e Envelhecimento (MAP) até a morte. Na iniciativa, foram coletadas informações regulares sobre hábitos alimentares e ocorrência de Alzheimer. Agarwal e colegas analisaram dados de 581 pessoas com, em média, 84 anos, sem diagnóstico de demência quando entraram na pesquisa e que concordaram em doar o cérebro após morrerem — o óbito se deu, em média, sete anos depois.

Depois de averiguar se os participantes tinham um gene ligado a um maior risco de Alzheimer e considerar fatores de risco, como idade da morte, sexo e ingestão total de calorias, a equipe constatou, na autópsia dos cérebros, que as pessoas que consumiam com maior frequência os grupos alimentares indicados pela dieta mediterrânea apresentavam quantidades de placas e emaranhados semelhantes a serem 18 anos mais jovem. No caso da Mind, essa média foi equivalente a 12 anos. "Descobrimos que aqueles que consumiam uma dieta saudável tinham menos placas amiloides e emaranhados no cérebro, que são as duas características da doença de Alzheimer", enfatiza a autora.

 

Estilo de vida

Na avaliação da autora do estudo, as descobertas sugerem que o benefício potencial de diferentes componentes dietéticos depende do consumo combinado com um padrão alimentar geral saudável. "O efeito de um único alimento ou de um grupo não impacta diretamente a patologia da doença de Alzheimer no cérebro humano", explica Agarwal.

Mas Agarwal reitera que, por mais que o estudo tenha ajudado a encontrar um dos mecanismos pelos quais a dieta ajuda a saúde do cérebro, são necessárias investigações mais profundas sobre esse fenômeno. "O mecanismo proposto é que tanto a Mind quanto a mediterrânea são ricas em nutrientes essenciais e compostos bioativos necessários para manter a saúde do cérebro, além de terem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que podem ajudar a prevenir a carga amiloide e perda neuronal", diz. "Como próximo passo, planejamos investigar outros mecanismos potenciais através dos quais a dieta pode ter um efeito protetor no cérebro, examinando sua relação com fatores vasculares cerebrais e outras patologias."


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