Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo quinta, 30 de abril de 2020

ALFREDO HITCHCOCK - 40 ANOS DE MORTE

 

Alfred Hitchcock: 40 anos de morte. Crítico indica filmes disponíveis em streaming

De obras-primas do realizador ao documentário que mostra sua entrevista a François Truffaut
 
'Pisicose' Foto: Divulgação
'Pisicose' Foto: Divulgação
 

Sinônimo de suspense, Alfred Hitchcock (1899-1980) se consagrou como um ícone da cultura e, apesar de morto há 40 anos, continua sendo, no mundo, o diretor mais citado por outros cineastas. Sua influência não fica restrita a certos gêneros, chegando ao drama, à ação e mesmo à comédia. Isso porque Hitchcock conhecia a necessidade de trafegar com desenvoltura por essas diferenças para obter do público a reação desejada em cada sequência milimetricamente pensada. O diretor, que afirmava que “o problema não está no clichê, mas em saber como usá-lo”, sabia como ninguém usar os clichês de cada gênero e a importância da imagem para o cinema. Abaixo, uma lista de filmes para entender a mente do gênio.

 
James Stewart e Kim Novak em cena de "Um corpo de cai" Foto: Divulgação
James Stewart e Kim Novak em cena de "Um corpo de cai" Foto: Divulgação

É considerado, em inúmeras listas de especialistas, o melhor filme de todos os tempos, numa disputa acirrada com “Cidadão Kane”, de Orson Welles. Segundo o diretor Martin Scorsese, “um perfeito e profundo estudo sobre a obsessão humana, num ritmo que lembra os filmes de arte europeus”. Now.

‘Psicose’

O divisor de águas entre os filmes sobre assassinos em série traz uma combinação genial de conteúdo e estilo. A cena do chuveiro está entre as dez mais influentes da história do cinema, já que Hitchcock conseguiu transformar um banho em algo tão assustador que, depois de “Psicose”, muita gente passou a trancar a porta do banheiro. Telecine, Now, Google Play e Apple TV.

‘Janela indiscreta’

Cena do filme 'Janela indiscreta', de Alfred Hitchcock Foto: Reprodução
Cena do filme 'Janela indiscreta', de Alfred Hitchcock Foto: Reprodução

O mestre do suspense sacramentou a palavra voyeur na cultura pop ao colocar um fotógrafo tomando conta dos vizinhos quando fica preso em casa por causa de um acidente. Uma influência para programas como o “Big Brother Brasil”. Looke, Google Play e Apple TV.

‘Os pássaros’

Um dos filmes mais alegóricos e abstratos de Hitchcock, que aqui bebe da fonte de “Moby Dick”, de Herman Melville, mas para abordar temas como a culpa, o castigo, o caos e a tensão sexual, entre outros. Telecine, Now, Looke, Google Play e Apple TV.

‘Intriga internacional’

O filme pode ser comparado aos blockbusters de hoje, guardadas as devidas proporções, já que o diretor investe na fórmula do homem que cai por acaso na armadilha da Guerra Fria com a elegância de sempre. É Hitchcock fazendo um comentário sobre a paranoia com o comunismo. Looke, Google Play, Apple TV, Oldflix.

 

‘Disque M para matar’

Esse projeto expõe a pretensão de se cometer o crime perfeito, e Hitchcock faz uso do 3D para colocar o espectador dentro da trama. Looke, Google Play, Apple TV, Oldflix.

‘O homem que sabia demais’

Nos anos 50, a atriz estrelou comédias, musicais e melodramas, incluindo o thriller de Alfred Hitchcock, “O Homem que Sabia Demais” (1956). Uma das canções do filme, “Que Será, Será” — com a qual Doris especialmente se identificava — ganhou um Oscar. Foto: Reprodução

 

Nos anos 50, a atriz estrelou comédias, musicais e melodramas, incluindo o thriller de Alfred Hitchcock, “O Homem que Sabia Demais” (1956). Uma das canções do filme, “Que Será, Será” — com a qual Doris especialmente se identificava — ganhou um Oscar. Foto: Reprodução

Aqui vemos o diretor fazendo um remake de seu filme homônimo de 1934, e a ação ganha mais destaque para abordar um dos seus temas preferidos: o homem comum pego numa conspiração internacional. Ao mesmo tempo, é inesquecível ver Doris Day cantando “O que será, será”. Now, Google Play.

‘Festim diabólico’

Um belo exercício de experimentação de linguagem e uma obra-prima em técnica, na qual Hitchcock entrega o que seria um filme sem cortes. Ele trata nas entrelinhas da vaidade e de uma relação homossexual ambígua. Telecine Google Play e Apple TV.

‘Ladrão de casaca’

Destino. Grace Kelly e Cary Grant em cena de "Ladrão de casaca", de 1955: atriz conheceu o príncipe Rainier na época das filmagens, em Mônaco Foto: Divulgação 23/05/1987
Destino. Grace Kelly e Cary Grant em cena de "Ladrão de casaca", de 1955: atriz conheceu o príncipe Rainier na época das filmagens, em Mônaco Foto: Divulgação 23/05/1987

É o filme mais romântico, elegante e glamoroso de Hitchcock, em que o diretor britânico demonstra o quanto um longa sobre um ladrão pode ser sofisticado. Amazon, Telecine, Google Play, Microsoft, Apple TV.

‘Rebecca, a mulher inesquecível’

Inspirado no best-seller de Daphne du Maurier, Hitchcock demonstra que um filme pode acrescentar novos valores a um livro famoso. O longa marca a estreia dele em Hollywood, quando o produtor mão de ferro David O. Selznick (de “...E o vento levou”) ficou com o Oscar de melhor filme, mas Hitchcock ficou sem o prêmio de melhor diretor. Pior para a Meca do cinema. Now, Looke, Oldflix.

 

‘O terceiro tiro’

O mestre do suspense faz rir com o corpo de uma pessoa para explicar o MacGuffin: dispositivo do enredo, na forma de algum objetivo, objeto desejado, ou outro motivador, que o protagonista persegue, muitas vezes com pouca ou nenhuma explicação narrativa. É Hitchcock usando o humor negro para dar uma aula divertida de cinema. Telecine.

‘Hitchcock e Truffaut’

O brilhante documentário, lançado no Festival de Cannes de 2015, capta parte da famosa entrevista de Alfred Hitchcock a François Truffaut em 1962. É uma ilustração do lendário livro em que Truffaut conversa em detalhes sobre todos os filmes do cineasta britânico. O documentário, dirigo por Kent Jones, tem a participação dos diretores Wes Anderson, Olivier Assayas, Paul Schrader, Arnaud Desplechin, David Fincher, James Gray, Richard Linklater, Kiyoshi Kurosawa, Martin Scorsese. Now.

* Mario Abbade é crítico de cinema do GLOBO.


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