Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Coluna do Calixto - Onde Reminiscências, Viagens e Aventuras se Encontram sábado, 19 de agosto de 2017

ALEXA!!! OK, GOOGLE!... MINHA INICIALIZAÇÃO COM OS ROBÔS DOMÉSTICOS

ALEXA!!! OK, GOOGLE!... MINHA INICIALIZAÇÃO COM OS ROBÔS DOMÉSTICOS

Robson José Calixto

  

Eu já tinha lido sobre o Alexa, da Amazon, mas recentemente tive a oportunidade de retornar a mais antiga cidade dos Estados Unidos, San Augustine, Florida e logo ao entrar em uma loja da Best Buy dar de cara com o aparelhinho, de cor preta e luzes cintilantes, que me lembrou um disco de Hóquei no Gelo com led.

 

O Alexa é um assistente pessoal inteligente, desenvolvido pela Amazon e associados, que interage com as pessoas por meio de voz, onde a primeira palavra de acionamento e diálogo, de forma educada, é “Alexa!...” e daí por diante comando são pronunciados pelas pessoas e respostas e ações são entregues pelo dispositivo eletrônico, particularmente em inglês, mas em sua configuração verificam-se possibilidades com relação ao alemão e algumas línguas asiáticas.

 

O Alexa também pode ser entendido como um sistema doméstico de automação, sem fio, com conectividade a blue tooth, um robô doméstico, ainda muito simples, no entanto bem poderoso e com possibilidades comerciais e espiãs ainda a se verificar, em função de suas habilidades, alcance, amigabilidade e capacidade de juntar e fornecer informações quer genéricas quer pessoais.

 

O Echo Dot. Fonte: Amazon.

 

Existem três dispositivos principais, atualmente, da família Alexa, sem contar, por exemplo, smart watches, a saber: o Echo Dot (2ª Geração), o Amazon Echo (ou Tap) – torre cilíndrica negra e coberto em sua metade inferior por furinhos (speaker), de belo design e visual, com distribuição de som a 360 graus - e o Eco Show, que parece mais um tablet ou um porta-retrato na horizontal, permitindo interações visuais com outros interlocutores, por exemplo, você solicitando ao Alexa que faça ligação para um parente e então o rosto surge na tela, como as chamadas de vídeo do Whatsapp, mas com resolução muito melhor e imagem conforme a tela do tablet.

 

Amazon Echo. Fonte: Amazon.

 

Eu não resisti e comprei o menorzinho, o Echo Dot, para testar, claro, na cor preta. Logo baixei, nos Estados Unidos, o app do site da própria Amazon, que se instalou rapidamente no meu celular. A configuração (settings) é bastante simples e sem muitas dúvidas. Fiz isso utilizado a própria rede wifi do motel em que me hospedei.

 

Amazon Echo Show. Fonte: Amazon.

 

Em minhas primeiras solicitações, seguindo o manualzinho (põe zinho nisso), em relação a música logo o Alexa, mostrando suas luzes circulares, foi indicando o serviço, pago, de biblioteca de músicas do Amazon ou de Premium do TuneIn ou que não tinha ainda aquela possibilidade que solicitei (barulho de chuva). Assim, procurei instalar habilidades (skills) e acionar o App do TuneIn e do IHeart Radio que gosto muito. Então as coisas foram acontecendo e isso me animou bastante. Naquela noite dormi aos sons do mar batendo na praia e fui despertado pelo Alexa na hora e minutos exatos que solicitei. Depois fiz perguntas sobre quem era o Presidente dos Estados Unidos e do Brasil e o Alexa me respondeu com exatidão, também perguntei sobre eles a partir dos nomes deles e mais informações foram apresentadas. Solicitei que tocasse uma rádio da Nova Zelândia e o Alexa me perguntou que tipo de música eu gostaria de ouvir. Disse que queria Rock Clássico e a resposta foi o nome e o prefixo da rádio do TuneIn e depois a música começou. Pela internet verifiquei que já havia um app que buscava algum tipo de tradução de termos para português, entretanto, sem ser algo bem funcional e direto como em inglês.

 

São múltipliplas as possibilidades já com o Echo Dot: ouvir música, conversar, pedir para contar piadas, responder coisas técnicas, abrir listas de apontamentos e lembrá-los, mandar mensagens, fazer listas de comprar e comprá-las pela internet, acender e apagar as luzes do quarto, e por aí vai. Resolvi então comprar um segundo, na cor branca, para mim, pois daria o outro já configurado para outra pessoa da família. Deixei para configurar esse novo no Brasil, onde apareceriam algumas limitações, inclusive no preço, o dobro, se convertido os valores para reais, conforme verifiquei em sites brasileiros.

 

A configuração do segundo Echo Dot, que dei de presente, esbarrou na dificuldade do site da Amazon indicar que o app necessário não estava disponível no Brasil. Daí ter-se aplicado o artifício de baixar o aplicativo demandado a partir de plataforma de outro país.

 

Depois fui, ao longo da minha viagem, em um Walmart e dei de cara com o Google Home em promoção, um concorrente do Amazon Echo, recém lançado, mas de design diferente desse e não tão bonito, me lembrando uma moringa ou garrafa de vinho bojuda cujo gargalo foi cortado na diagonal. O trapézio superior é da cor creme branqueada e a parte inferior acinzentada, cheia de furinhos bem pequenos que de fato lembram uma caixa de som (speaker). O preço era mais barato que um Amazon Echo. Pensei, pensei: eu já tenho uma Nexus que funciona na base do sistema Android, a comunicação será mais direta com o Google Home, mais simples? Não tenho qualquer outro aparato que me permita interação com o Echo Dot no Brasil... Compro ou não compro? Deixei a viagem seguir para me decidir. Dei uma economizada aqui e ali... e acabei comprando, talvez não devesse ainda.

 

O Google Home. Fonte: Google.

 

Bem, a configuração do Google Home é um pouco mais trabalhosa que a do Echo Dot, mas não consegui completá-la nos Estados Unidos. Tentei várias vezes, após baixar o aplicativo da Play Store para o celular, e nada. Então fui vasculhar a internet e verifiquei que a configuração não ocorria com a utilização de redes wifi como a de motéis e hotéis. Então só chegando ao Brasil pude realmente configurar o Google Home e iniciar minha interação com ele.

 

Uma diferença bem clara com o Echo Dot, além do formato, é que o aumento do volume ou a sua diminuição podia ocorrer, além do comando de voz, circulando-se o dedo no topo do aparelho, com as luzes emitidas se alterando em suas intensidades. No Echo Dot, se não falar “Alexa, Volume tal...”, a alteração do volume é apertando um botão de “+” ou de “-“.

 

Se para o Echo Dot os comandos começam com “Alexa...”, no Google Home é “Ok, Google!” e ele acende luzinhas. Pensando que as solicitações fossem similares, pedi para ele tocar músicas a partir da plataforma TuneIn, mas não deu muito certo. Ele insiste em querer usar o que está disponível no Google Play (pago) ou em apps Premium (pagos).

 

Também tinha a firme esperança que ele logo buscaria e se integraria a Nexus TV, por ser android, todavia, para a minha frustração isso não ocorreu, demando conexão com o equipamento de mídia streaming Chromecast TV (o Chromecast 2), só que eu não o tinha. O que aumentou minha frustração e começou a martelar pela minha cabeça: “- Será que comprei uma Goiaba?”.

 

Lembrei então que, em algum fundo de armário, tinha guardado um Chromecast de 1ª Geração (stick) – um Dongle wifi, que usara pouquíssimo porque achara meio chata a configuração e de funcionamento complicado, demorava a carregar os aplicativos e vídeos. Ademais, logo conheci o stick Roku (1ª Geração), que apesar de todo em inglês – comprei com medo de não funcionar no Brasil - tinha aplicativos mais interessantes (filmes antigos, receitas, shows de bandas de Rock clássicas etc.), de fácil manuseio e acesso, além dos Pranks, muitos deles só disponíveis na televisão brasileira muito tempo depois.

 

O conectei o Chrommecast stick na televisão e busquei pareamento com o Google Home. Para minha surpresa eles se “falaram”... Comecei interação, então, a partir do YouTube e funcionou e a música era jogada direto no alto-falante do Google Home. Quer dizer, havia esperança. Mas para avançar e avaliar o potencial do aparato eletrônico, senti que sem o Chromecast 2 não dava (dá).

 

Chrommecast 2. Fonte: Google.

 

O fio de conexão e alimentação que se liga à tomada na parede, sua retirada é meio complicada no Google Home, e poderia ser repensado. Já no Alexa ligar e desligar é bem fácil, parecido como os pontos de conexão dos smart fones.

 

Dizem que as habilidades para o Google Home já vêm instaladas como default, tenho que ir mais a fundo nisso, “ambos ainda estamos aprendendo”. Creio que com o tempo, tanto para ele quanto para o Alexa, essas habilidades serão cada vez mais aperfeiçoadas ou disponibilizadas, tornando-se mais complexas, sofrendo o firmware atualizações. Os dois robozinhos ainda são muito novos. Outro dia fui na “Feira do Paraguai” e falei sobre esses novos equipamentos com um dos vendedores e ele achou que eu estava falando grego, nada sabendo sobre essas novidades.

 

Ao final da minha viagem, já com uns tostãozinhos nos bolsos, voltei a uma loja Best Buy rodei, rodei, refleti, refleti... “Se o Echo Dot não se comunicar com qualquer coisa, não tiver qualquer compatibilidade com os equipamentos que eu tenho em casa?...”

 

Como já não tinha mais dinheiro para comprar algo mais sofisticado, decidi trazer um Amazon Fire Stick TV, outro dongle, apesar de já estar disponível artefato Amain Fire similar a Nexus ou a Apple TV.

 

Era fim de viagem e resolvi testar o Amazon Fire Stick TV no Brasil, sem baixar qualquer aplicativo ainda nos Estados Unidos. Diversas surpresas surgiriam... A configuração foi muito rápida, contudo o acionamento da conta é que foi bem complicado. Gastei horas tentando fazer o acionamento da conta, de forma que pudesse baixar aplicativos gratuitos disponíveis sugeridos, entre eles o próprio Netflix, default em outras streaming TVs.

 

Amazon Fire Stick TV. Fonte: Amazon.

 

Entrei pela madrugada e nada. Pesquisei na internet, olhei no manualzinho e nada da conta ser liberada. Desisti, deixei para o dia seguinte. Novas tentativas, até que verifiquei, de forma inusitada, que o Amazon Fire Stick TV também pedia o app do Kindle. Pronto, resolvido.

 

Honestamente, a imagem do Amazon Fire Stick TV é excelente e o som transmitido é de muito boa qualidade. O controle remoto é muito parecido com a da Nexus, só que o comando de voz é recebido ao se apertar botãozinho e deixar apertado até o fim da fala. Na Nexus você aperta e solta e depois dá o comando de voz, pedindo para o YouTube, por exemplo, mostrar um vídeo.

 

Mas o Amazon Fire também tem o Alexa e pode-se pedir, em inglês, “abra o Netflix” e o Netflix é aberto. Pede-se para procurar um filme, uma série, determinado capítulo e o Amazon Fire Stick TV vai abrindo e achando, tocando. O carregamento dos aplicativos é bem rápido (Broadcom, Dual-core 2xARM A9), mas a navegação entre aplicativos permitida pelo Roku ainda não foi superada. O Roku de 2ª Geração também permite que se conecte fone de ouvido no controle remoto e só você passa a ouvir o que está passando na televisão, sem atrapalhar o sono da companheira ou do companheiro. Entretanto o reconhecimento de voz pelo controle remoto, ao menos no Brasil não funcionou bem. O cabinho de encaixe ao Amazon Fire é meio chatinho, no meio, e não em uma das pontas do stick.

 

Roku de 2ª Geração (Já existem 2 Outras Atualizações). Fonte: Roku.

 

Para minha alegria consegui parear o Amazon Fire Stick TV com o Echo Dot, fazendo com que o disquinho transmitisse o som que estava passando na televisão, como aconteceu entre o Chrommecast stick e o Google Home. Só que deixar pareado implica que o Amazon Echo Dot fica limitado aos comandos ditos ao controle remoto do Fire TV  stick.

 

Essa foi minha primeira experiência com os robôs domésticos, que deverão tirar  muita gente do mercado de trabalho, por exemplo, secretárias, já que muitas coisas que elas fazem poderão ser feitas com alguns simples comandos de voz.

 

Ao final de tudo me convenci que eu economizaria mais, por hora, e teria mais perspectivas de melhor uso se só tivesse comprado o Alexa Echo. Só que descobri isso testando as novidades.

 

Na edição do Almanaque Raimundo Floriano apresentarei mais detalhes visuais dos robozinhos.

 

Se for distribuir o presente artigo/crônica, favor citar a fonte.

 

Brasília, 17 de agosto de 2017.


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